默读/Silent Reading by Priest [PT. BR]- Book 5

CAPÍTULO 142 - Edmond Dantès XIII

CAPÍTULO 142 - Edmond Dantès XIII

O Segundo Hospital, meia hora antes...
Tao Ran estava todo envolto em talas e bandagens, deitado de costas e fixo na cama, um tufo de cabelo ainda obstinadamente espetado na cabeça; a imagem era um tanto engraçada. Quando Xiao Haiyang veio vê-lo, o quarto do hospital estava muito animado. A filhinha de Yang Zhengfeng, Yang Xin, e Chang Ning estavam lá. 

Tao Ran estava internado há alguns dias e já conseguia falar algumas palavras, mas gaguejava - a princípio o médico responsável ficou muito nervoso, suspeitando que isso fosse um sintoma de uma lesão no cérebro, e o havia enviado para uma rodada de exames. Mais tarde, ele descobriu que o problema não era com seu cérebro, mas com a jovem. Se Chang Ning não estivesse lá, ele poderia falar fluentemente. 

Com Chang Ning lá, até Xiao Haiyang de alguma forma sentiu que não seria apropriado ficar muito tempo. Ele se sentou por alguns minutos, determinado que Tao Ran não estava em perigo, então saiu junto com Yang Xin. 

“Xiao dage,” Yang Xin o chamou. Por causa de Yang Zhengfeng, Yang Xin automaticamente se sentiu familiarizado com qualquer um que usasse um uniforme; eram todos irmãos mais velhos. 

Xiao Haiyang, que não estava acostumado com isso, respondeu um tanto desconfortável. 
Yang Xin balançou o telefone. “Encomendei algumas caixas de frutas e bebidas para serem entregues na porta do hospital. Você pode me ajudar a movê-los? Quero entregá-los nos postos de enfermagem, aqui onde está Tao-dage e ali onde está minha mãe.”

 
Enquanto Xiao Haiyang era bastante fraco e desacostumado ao trabalho manual, ele não podia facilmente recusar o pedido de uma garotinha. Ele só podia seguir silenciosamente Yang Xin para atuar como porteiro. 
Bebidas e frutas eram coisas pesadas. Após os poucos passos necessários para chegar da porta da frente do hospital ao departamento de internação, Xiao Haiyang sentiu que seus músculos lamentavelmente escassos estavam prestes a estalar. Todas as veias de seu pescoço se destacaram enquanto ele tentava recuperar o fôlego; naquele dia de inverno, ele estava coberto de suor quente. 

Observando essa exibição, Yang Xin realmente se desculpou e o ajudou a aliviar um pouco do peso. “Vamos trapacear e pegar um atalho.—Ah, Xiao dage, como você pode pegar bandidos assim?” 

Xiao Haiyang não pôde poupar atenção para responder; ele estava tão exausto que não conseguia recuperar o fôlego. 
“Eu ouvi alguém comentando sobre isso quando fui ao refeitório pedir comida para minha mãe esta tarde… Ei, espere um minuto!” Yang Xin estava sentado em uma caixa de bebidas. Ela pareceu perceber algo. De repente, um pouco nervosa, ela baixou a voz e perguntou: “Xiao dage, você não está mantendo isso em segredo, está?” 
Xiao Haiyang a encarou por dois segundos, então de repente saiu correndo e correu. 

Yang Xin saltou. “Xiao dage!” 
Xiao Haiyang virou a cabeça e gritou para ela: “Espere aqui, não corra!” 
De onde veio a notícia de que Yin Ping ia sair da UTI? 
Quem estava espalhando boatos? 
Por que? 

Havia policiais à paisana patrulhando do lado de fora da UTI e, mais longe, o pessoal de Fei Du estava por perto. Por causa da posição especial de Yin Ping, o hospital providenciou para que um policial criminal ficasse de plantão vigiando o quarto do hospital, onde pessoal não médico normalmente não era permitido fora do horário de visitas; eles usavam roupas de proteção e faziam turnos 24 horas por dia. 

Ainda faltava meia hora para a mudança de turno. O policial criminal que vigiava lá dentro já estava sozinho há três horas e meia; ele não podia deixar de se sentir um tanto desmoralizado. 

Este foi um trabalho muito doloroso; não havia absolutamente nenhuma chance de conversar ou jogar no seu telefone. Você usava roupas de proteção e uma máscara facial; não importava não conseguir recuperar o fôlego, você também tinha que ficar quieto, fingindo o máximo possível que era um wallflower, não atrapalhando o trabalho do pessoal médico. Na terceira vez que o policial penal olhou para o relógio, estava com muito pouco oxigênio. Era inconveniente bocejar enquanto usava uma máscara facial. Ele sentiu que suas pálpebras mal podiam suportar a força da gravidade, quase caindo no chão. 
Alguém entrou. O policial que mal conseguia manter os olhos abertos olhou para cima, depois abaixou a cabeça desapontado — a pessoa que havia entrado era uma auxiliar de enfermagem, não seu colega vindo para trocar de turno.