-| 𝑨𝒅𝒐𝒍𝒆𝒔𝒄𝒆̂𝒏𝒄𝒊𝒂 𝑫𝒊𝒈𝒏𝒂

CAPÍTULO 1: Mais um dia comum?!

𝑵𝒂𝒓𝒓𝒂𝒅𝒐𝒓.
𝐬𝐞𝐠𝐮𝐧𝐝𝐚 𝐟𝐞𝐢𝐫𝐚, 7𝐡
📍𝑐𝑎𝑠𝑎 𝑑𝑒 𝑠𝑒𝑜 𝑐ℎ𝑎𝑛𝑔𝑏𝑖𝑛.

𝐔𝐦𝐚 𝐚𝐝𝐨𝐥𝐞𝐬𝐜𝐞̂𝐧𝐜𝐢𝐚 𝐝𝐢𝐠𝐧𝐚, tá aí uma coisa que nosso companheiro, Seo Changbin não tem nem um pouco. Na verdade, Changbin nunca teve uma 𝐯𝐢𝐝𝐚 𝐝𝐢𝐠𝐧𝐚... Talvez em sua primeira infância ele tenha tido alguma idéia do que era uma vida feliz, repleta de prazeres e conforto.

Seo passa por tantos problemas, dentro de casa, fora de casa, dentro de si mesmo, e fora de si. Digamos que em cada canto ele tem um problema diferente. Seja por discussões, brigas, episódios violentos, ou simplesmente por impressões, primeiras impressões que marcam a vida de uma pessoa para sempre.

As vezes, o próprio menino se pergunta, "Por que eu ainda continuo com isso?", dando a entender, ou tentando entender, o porquê de tudo isso, de ainda continuar, de ainda lutar com garras e dentes por tudo, por si mesmo, pelo seu irmão, sua irmã, sua mãe, seus amigos, até mesmo pelo seu pai... Acredita-se que ele ainda tenha esperança de um dia, tudo voltar ao "normal"... Sabe? O normal?! O pior, e que, Changbin nem sabia o que era esse normal.

[...]

- Omma!! Sou eu, abre a porta, por favor...- Seo falava com uma voz cansada, porém desesperada para ver a porta do quarto dos pais se abrindo.

- Changbin, é você mesmo?- Ryunjin fala do outro lado da porta

- Sou eu sim... Abre, ele não está mais aqui- Changbin fala batendo a destra na porta, com o punho fechado, enquanto a canhota da apoio para a cabeça encostada na porta.

Ouve-se móveis sendo arrastados, chaves, a maçaneta girando, e a porta se abrindo. Quando Seo teve visão do quarto, seu nariz ficou vermelho, e seus olhos marejaram, mas ele não chorou. Sua mãe estava recolhida no canto da cama, parada em posição fetal, de olhos abertos, olhando para o nada... Marca de mãos no braço, testa sangrando, marcas de cinto nas pernas. Já sua irmã, estava com uma toalha enrolada no corpo, marcas de suas próprias unhas no braço, rosto inchado, e olhos marejados, percebe-se também hematomas em seus ombros e coxa.

- Entra, ta frio... - Ryunjin fala, dando espaço para o irmão passar fechando a porta atrás dele.

- Cadê ele? - Changbin pergunta. Seu com a esperança de achar seu irmão bem, seguia Ryujin até o banheiro, onde ele desvia o olhar e se atenta na mãe.

- Eu não sei...- Ryunjin fala saindo do banheiro com um roupão, se sentando na ponta da cama. Com o rosto preucupado e choroso, a menina soluça algumas vezes.

- Puta merda!- Changbin fala colocando a mão no rosto, ou por reflexo, expressão de preocupação, ou por uma tentativa de esconder seu choro.- Se troque.- Seo fala passando as mãos no rosto e olhando pra irmã.

- Vamos a escola hoje?- Ryunjin pergunta na esperança de receber um sim.

- Vamos, e talvez eu tente achar ele...

Ryunjin apenas assentiu, foi no armário buscando uma roupa para si, olhou para sua mãe que agora dormia, aquela era a única hora que sua mãe tinha paz.

Quando Changbin estava indo no armário, ele ouviu uma porta se fechando, e passos rápidos na escada. Assim que Seo e sua irmã se viraram para a porta, Beomgyu abre a porta, com o rosto inchado pelo choro, marcas roxas em seus braços e pernas, apenas de calça e ofegante.

- Eu consegui fugir... Pelo menos dessa vez...- Gyu, como chamam Beomgyu, falou com voz chorosa, fechando a porta do quarto e se jogando na cama.

Seo foi em direção ao irmão mais novo, o abraçou forte. No que o menino começou a chorar, Ryunjin, já trocada, chega e ajuda a consolar seu irmão.