Revanche

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Uma historia entre 2 ou 3 capítulos com uma pegada mais sexual que minha outra fanfic. Espero que gostem, não sou muito acostumada em escrever esse tipo de fanfic, mas sinto que Clarena merece uma assim. Qualquer reclamação ou sugestão recebo com carinho. 

Boa leitura.   

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"Eu tenho necessidades, Clara." Theo grita. Eu agradecia pelo Rafa ter saído com a namorada e não precisar presenciar aquela situação mais uma vez. "E olha só para você..." ele aponta em minha direção, sinto as lágrimas que eu tentava segurar finalmente saindo de meus olhos e rolando por minha face. Lá vinha mais uma rodada de humilhação. "...você não me excita mais, Clara, você se descuidou e engordou. Eu sinto pena de você, não tesão."

Eu não sei o que deu em mim ou o que ocorreu segundo antes, só sinto minha mão direita latejar e uma marca avermelhada se formar no rosto de Theo.

"Sai" eu digo quase em um sussurro

"Clara, você me bateu, sua maluca" Ele me olha surpreso, eu nunca tinha encostado um dedo nele antes mesmo com todas as coisas que ele me falava quase diariamente.

"Sai daqui" vou o empurrado até a porta do quarto enquanto choro de ódio "sai daqui AGORA, Theo! Antes eu faça pior". as palavras saem de minha boca em uma tonalidade que nem eu mesma reconhecia

Ele ergueu os braços em forma de rendição, eu o havia assustado o suficiente para ele não conseguir nem ao menos reagir. Só naquele momento que ele provavelmente percebeu que sua traição me afetou mais que o normal.

"Vou para um hotel hoje, ok. Te deixarei sozinha aqui para pensar sobre o nosso casamento e de como podemos fazer com que ele funcione outra vez. Mas lembre-se, só depende de você, meu amor" ele passou por mim e foi até nosso quarto pegar algumas mudas de roupas. Não demorou nem 10 minutos e o ouvi sair de nossa casa, se ele falou mais alguma coisa eu não sei, não consegui prestar atenção em mais nada além de suas palavras anteriores.

Só depende de mim? De mim? Euzinha que sempre fiz de tudo para o nosso relacionamento dar certo, até mesmo me contentar a virar uma simples dona de casa sem vida e dependente de marido. Eu que sustentei essa droga de casamento por vinte anos e tudo o que ganhei foi humilhação e agora chifres! Chifres duplos, inclusive! Como, como ele ousou me trair ainda por cima com a minha melhor amiga, ou melhor, ex melhor amiga agora.

A raiva irrompe meus sentidos e vou até a cozinha. Sigo até a mini adega de Theo e faço questão de pegar os vinhos mais caros que tinha ali. Abro as quatro garrafas e beberico uma por uma. O desgraçado tinha bom gosto para vinhos, isso não se podia negar, pena que eu os usaria para outra coisa.

Agarro duas garrafas em cada mão e vou até o nosso quarto. Para em frente a uma moldura que ele fez para uma camisa de um time de futebol qualquer que ele tinha há anos. Se não me engano, havia um autógrafo do seu ídolo nela. Uma pena então.

Dou cinco passos para trás, prendo uma das garrafas que eu segurava com a mão direita no meu braço esquerdo e arremesso a garrafa solitária na moldura que se quebra com o impacto da garrafa nela manchando a camisa que outrora era branca em um vermelho escuro. Me aproximo da camisa agora arruinada jogada de qualquer jeito no chão e derramo o líquido das outras garrafas nela.

O show ali acabou, agora era hora de eu me divertir em outro lugar.

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Há anos eu não pisava em uma casa noturna, eu não sabia nem que ainda tinha coragem de entrar em uma. Eu nem ao menos sei onde estou, só peguei o primeiro endereço que apareceu e pedi um carro para lá.

Caminho em direção ao bar, eu precisava de algo forte que me fizesse esquecer por algumas horas que minha vida e meu casamento são uma grande porcaria.

"Algo forte, por favor"

A bartender sorri para mim e logo me traz uma bebida azulada com algumas pedras de gelo em formato circular.

"Primeiro pedido é por conta da casa" Ela dá uma piscadela "Aproveite a noite, gatinha"

Me sinto um pouco envergonhada pela forma que ela me tratou, mas logo tento tirar aquilo da cabeça, pois deve ser somente um jeito habitual de tratar os clientes daquele lugar.

Me viro em direção a pista de dança prestando melhor atenção naquele lugar e finalmente percebo algo que não tinha percebido quando entrei, não havia homens ali.

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Por uma noite | ClarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora