"Eu sei que você vai abrir um Correios, por ser algo público não gera imposto...mas os lucros serão 90% meus.", Apuh sorri observando o rosto triste de S/N, o rapaz abaixa a cabeça e acena. As lágrimas voltando a escorrer pelo rosto levemente vermelho. Apuh puxa o rapaz para dentro do gabinete e fecha a porta, as gotas da chuva pingando no carpete vermelho. S/N estremece sentindo o corpo gelado da chuva. "Não chore, S/N...eu estou fazendo isso pelo bem de Topcity, para que arruaceiros não descumpram as regras da cidade."
Apuh solta a mão do rapaz e passa a mão no cabelo dele. S/N levanta a cabeça, o nariz vermelho. "Apuh...meus móveis, roupas e tudo estão na minha casa.", S/N esfrega o antebraço nos olhos, limpando as lágrimas. O prefeito se afasta com um grande sorriso orgulhoso, os olhos pretos brincalhões encaram o olhar melancólico e curioso que S/N estava lhe dando.
"Na minha casa. Você terá que comprar tudo de novo...se tiver dinheiro.", Apuh ri alto segurando a barriga, o prefeito pisca com um olho e lambe os lábios observando o rosto sério de S/N. O rapaz cruza os braços irritado e desvia o olhar. O amor que S/N tinha sentido a alguns meses atrás estava se esfriando rapidamente, o sentimento romântico sendo substituído por raiva e desgosto. "Mas agora, S/N...".
Apuh segura no queixo do rapaz e levanta um pouco, os olhos pretos encarando os olhos c/o de S/N. O construtor respira fundo tentando manter a calma pela aproximação do prefeito, a respiração presa na garganta. Apuh ri baixo, a outra mão segura na cintura do rapaz e puxa para mais perto do corpo.
"Quem é o líder da Revolução?", Apuh sussurra esfregando o polegar no queixo do menor. S/N franzi a testa, ele não sabia quem era o líder. Talvez fosse Jazz? Ou então Lg? Ele não sabia, S/N nunca se preocupou em saber quem era o líder da Revolução, ele apenas queria acabar com a paleta de cores. Mas bem, tentar acabar com ela resultou nesse exato momento.
"Eu não sei. Eu apenas fui convidado e ninguém falou nada sobre o líder.", S/N diz batendo a mão com força na mão do prefeito, o fazendo soltar o queixo. Apuh estreita os olhos para S/N, o prefeito estava desconfiado que S/N estivesse mentindo para ele. "E mesmo que eu soubesse nunca falaria para você. Eu estava enganado, você não mudou nada, continua o mesmo ganancioso de sempre!".
"Ganancioso? S/N, estou apenas cuidando da cidade. Mas o que você faria se estivesse no meu lugar e outra pessoa estivesse no seu? Você não faria a mesma coisa que eu fiz? Obrigar a essa pessoa a pagar a dívida...ou você seria corrupto o suficiente para 'esquecer' essa dívida, quebrando uma lei?", Apuh cruza os braços, o sorriso crescendo, percebendo S/N abaixar a cabeça. Ele sabia que estava certo, a lei foi lida para todos antes de Apuh assinar. Todos tinham concordado com isso, até mesmo S/N.
S/N morde os lábios, ele não sabia o que fazer, ele não tinha mais casa e nem dinheiro suficiente para comprar materiais. Ele estava em uma corda bamba e Apuh estava assistindo na plateia, esperando o construtor cair. "Eu...onde vou morar?".
"Vou destruir sua casa e deixar a vista mais bela para o lago... você vai morar comigo, trabalhar para mim e...", Apuh coloca a mão no queixo pensativo, os olhos olhando de baixo para cima as roupas do rapaz. O prefeito lambe os lábios e se aproxima, S/N sente um calafrio percorrer o corpo pelo olhar do ruivo. O rapaz dá alguns passos para trás e bate as costas na porta. "Pode demorar o tempo que for no banho.".
Apuh sorri e beija a bochecha do menor, S/N sente pequenas borboletas ferverem no estômago. Os lábios levemente rachados causando arrepios pelo corpo do menor. S/N balança a cabeça tentando afastar os sentimentos pelo ruivo. Apuh se afasta um pouco, o doce toque da pele de S/N fazia o prefeito ficar nas nuvens. Mas ele não podia perder a compostura para um fora da lei, como S/N.
"Vamos discutir sobre seu Correios.", Apuh entrelaça os dedos com os do rapaz e puxa, passando pelas grades de madeira. S/N analisa o grande mapa da cidade, alguns papéis adesivos colados ao lado de setas, com alguns rascunhos em caneta neles. Apuh aponta para o segundo quarteirão da cidade. "Eu estou pensando em colocar ele perto do novo terreno que Ralls comprou. Não fica muito perto do bairro da Brotheragem para ofuscar o serviço e não fica longe do centro da cidade. As pessoas podem ir a pé."
Apuh explica movendo o dedo indicador pelas ruas, mostrando o trajeto que as pessoas iriam fazer para chegar ao edifício. S/N acena com a cabeça prestando atenção, o menor balança a cabeça pensativo. Apuh com certeza estava brincando com ele, brincando com os sentimentos. Fingindo se preocupar, mas na verdade ele só queria o lucro e companhia. S/N sente o estômago revirar com os pensamentos, ele não queria ser tratado como uma boneca, ser obrigado a fazer coisas que ele não queria.
"Apuh...onde vou colocar os lucros?", S/N pergunta com uma voz trêmula. Ele não queria entregar 90% dos lucros para Apuh, ele não ficaria com nada se a renda fosse baixa. Apuh sorri e puxa o rapaz novamente, o prefeito olha para cima orgulhoso enquanto sobe as escadas. S/N sorri, talvez ele conseguisse roubar os lucros dependendo da segurança dos cofres.
"Eles ficam aqui, no meu gabinete.", Apuh sorri soltando a mão de S/N. O sorriso do rapaz aumenta, percebendo ser simples baús guardando uma quantia grande de dinheiro. O construtor se aproxima, os olhos brilhando pensando nas várias possibilidades de furto de cada mês. S/N toca no baú, era de Dan, ele levanta a tampa, a quantidade de diamantes faz o rapaz ficar de boca aberta. Ele sabia que Dan estava se empenhando em ser o mais rico, mas S/N não fazia ideia que Dan tivesse tanto dinheiro assim em pouco tempo.
S/N estremece de frio, a temperatura corporal abaixando rapidamente por conta das roupas molhadas. O rapaz fecha o baús e pisca algumas vezes sentindo algo quente sendo colocado em seus ombros. O construtor olha para baixo, o paletó vermelho ficando um pouco grande no corpo dele. "Obrigado...", S/N cora de leve agarrando com força o paletó, tentando se aquecer mais. O rapaz respira fundo, o cheiro do perfume adocicado enchendo as narinas do menor. "Apuh...por que você está com cheiro do meu perfume?!'.
Apuh ri baixo e abraça a cintura do rapaz por trás, ele inclina-se, apoiando a cabeça no ombro de S/N. O menor sente as bochechas esquentarem, ele não queria acreditar que Dan estivesse certo. Eles não fizeram sexo, S/N não queria acreditar. "Era o único perfume que encontrei no seu banheiro.", Apuh ri baixo esfregando o nariz no pescoço do rapaz. S/N sente as pernas bambas. Dan estava certo.
S/N levanta as mãos e bate com força no rosto, as bochechas vermelhas de vergonha. Apuh levanta uma sobrancelha e sorri. "Eu estava bêbado, não conta.", S/N geme de frustração, o rapaz morde a língua percebendo o que havia falado. Apuh rir alto se afastando, o prefeito puxa o rapaz pela cintura.
"Você está bêbado agora?", Apuh pergunta com uma voz sedutora. S/N se encolhe negando com a cabeça, o rapaz vira ficando de frente para o prefeito. S/N abaixa as mãos lentamente, os olhos observando as feições suaves do prefeito. Apuh levanta uma sobrancelha inclinando-se, o sorriso sedutor observando S/N desviar o olhar. "Somos namorados agora...não tem porquê ficar tímido, S/N.".
Apuh inclina-se, as mãos acariciando a cintura do menor. S/N fecha os olhos passando as mãos pelo peitoral vestido do prefeito. Os lábios levemente rachados beijando gentilmente o pescoço do rapaz. S/N geme baixo sentindo os lábios, o rapaz levanta a cabeça deixando o pescoço exposto. Apuh aperta a bunda do menor, os dentes puxando a pele sensível do pescoço. S/N geme baixo o nome de Apuh, as mãos tocam nos botões da blusa social. As borboletas fervilhando no estômago do rapaz.
S/N morde os lábios, ele não podia se entregar para um corrupto como o Apuh. Ele ainda estava bravo com o prefeito pelas proibições. Mas talvez...ele pudesse se divertir um pouco, deixar a raiva de lado por algum momento. S/N balança a cabeça, o que ele está pensando?! Dormir com o rapaz que estava lhe forçando a serem namorados? S/N suspira e abaixa a cabeça, o rapaz abre a boca para falar, mas o barulho da porta batendo com força na parede assusta os dois rapazes. S/N abre os olhos e se afasta, as borboletas desaparecendo.
"Apuh! Você queria falar comigo?!"
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[HIATO] Contrato || M!S/N x Apuh Topcraft
Fanfiction"Apuh, eu não tenho todo esse dinheiro! O Foka... ele vendeu a ovelha dele por 2 blocos e a Ayu vendeu a lula dela por 3 blocos, eu não sabia que eles tinham dívidas.", S/N diz com uma voz desesperada, as lágrimas escorrendo silenciosamente pelo ros...