Capítulo Um

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Levantei-me com cuidado. Já se passava das quatro horas da manhã. A loira ao meu lado dormia tranquilamente, seu rosto delicado e feminino a deixava ainda mais bela.

Rapidamente recolhi minhas roupas espalhadas por aquele quarto de motel, as vestindo logo em seguida.

Saí do local indo novamente de volta para minha vida monótona. O clima estava frio e o dia nem havia começado. As pedras das ruas me impediam de andar mais rápido, tendo em vista que meus saltos enganchavam em alguns espacinhos entre elas.

As casas, ainda que grande parte com arquitetura colonial, eram bem cuidadas nesta parte da cidade, localizadas próximas a igreja.

Finalmente cheguei em residência. Destranquei a porta principal, adentrando logo em seguida.

Verifiquei o relógio, cinco e quinze
da manhã. Cheguei na hora.

Praticamente corri para cozinha, peguei uma panela e coloquei a água para ferver, já preparando o café da manhã para meu "querido" marido.

— Bom dia, Bem. - a voz rouca de Eduardo ecoou no ambiente, enquanto o mesmo descia as escadas, já vestido para o trabalho.
— Bom dia, querido.- Ele se aproximou dando um selinho em meus lábios. A boca seca dele e sua barba por fazer pinicavam meu rosto. Isso me incomodava profundamente.

Quase que imediatamente me lembrei da loira de ontem. Seu corpo era tão macio que parecia derreter sob meus dedos. O corpo e os toques dela eram simplesmente divinos.

flashback

Meus dedos bolinavam seu interior, dentro e fora, dentro e fora. A mulher abaixo de mim arfava quando eu a atingia com mais força.

Céus! Como eu sentia falta de uma boa transa. Seus seios grandes e sua pele bronzeada a deixava incrivelmente sensual.

Me deliciei naquelas montanhas suculentas, chupando e apertando com força os bicos rosados, intumescidos pela excitação. Seus olhos castanho claro atingiram uma coloração escura quando finalmente atingiu o orgasmo.

fim flashback

— Simone. - meu marido me chamou.
— Oi.
— Estava falando com você. Parece distraída, querida. Aconteceu alguma coisa? Dormiu bem?

Respirei fundo antes de responder.
— Está tudo bem sim, obrigada amor. Só estou um pouco cansada.

Era uma meia verdade. Realmente eu estava exausta, afinal, praticamente não dormi noite passada. Se dormi alguma coisa, foram apenas alguns minutos.

— Você deveria descansar, meu amor. Está se esforçando muito ultimamente. Sua saúde tem que estar boa para carregar nosso futuro filho.

Meu estômago embrulhou apenas com a ideia de ter um filho com Eduardo. Ser mãe não me assustava, mas o pensamento de estar com ele e ter um filho dele, me fazia questionar todas as minhas escolhas de vida.

Quando nos conhecemos ele não era bonito, mas não era tão horroroso como agora. A partir do momento em que nos casamos ele começou a ficar desleixado. De início relevei, entretanto, com o passar dos dias foi piorando.

Sua alimentação era péssima e a ausência de exercícios era visível. Sua pele era terrível e seu cabelo começou a cair, o deixando com apenas poucos fios ralos na cabeça.

Apesar disso, ele era um bom marido. O carinho compensava o sexo horrível. Por sorte, nunca engravidei.

Esse pequeno detalhe causava certo burburinho pela cidade. Afinal, já tínhamos três anos de casados.

Recolhi a louça suja, a colocando na pia.

— Hoje iremos para a igreja?- perguntei a ele, tentando acabar com o silêncio.
— Sim, daremos boas vindas à nova família que chegou na cidade.
— Tudo bem.
— Já vou para o trabalho.- disse enquanto pegava sua maleta médica.

— Certo. Adeus, querido.- dei um beijo rápido em seus lábios.

Finalmente teria um tempo só para mim. Subi até nosso quarto, eu necessitava de algumas horas de sono.

Retirei minhas roupas, as substituindo por uma camisola simples. Desembaracei meu cabelo, praticamente me jogando na cama em seguida.

Não sei quantas horas eu dormi, mas acordei com Eduardo falando para eu me arrumar. Saí da cama contra a minha vontade de continuar dormindo. Tirei minha roupa e fui até o banheiro, tomando apenas uma ducha rápida.

Me sequei e escolhi um vestido azul, que ultrapassava cerca de dois palmos do joelho. Peguei um casaco, pois ultimamente o clima tem estado muito frio.

Desci as escadas, sob o olhar admirado do meu marido.
— Você está maravilhosa, amor!
__ Obrigada. Vamos?
— Vamos.- Ele respondeu e estendeu o braço para eu segurar.

Peguei seu braço e caminhamos rumo à igreja.

Chegando lá, fomos apresentados para a família. O casal era adorável, muito simpáticos. A mulher parecia tem uns quarenta anos de idade, tinha cabelos castanhos claros e olhos castanhos. Seu marido era loiro e tinha olhos azuis, denunciando sua descendência alemã.

Quase infartei quando vi quem era a filha do casal.

Madame Tebet Onde histórias criam vida. Descubra agora