Capítulo 3

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" O Sonho "

SOPHIA FIER NARRANDO

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SOPHIA FIER NARRANDO

UMA NOITE escura e sombria, e eu corria desesperadamente pela floresta, segurando firmemente um lampião enquanto meus passos ecoavam no chão de terra batida. Eu estava aterrorizada e não sabia o que fazer. Algo parecia estar me perseguindo, e eu não tinha ideia de onde estava ou para onde ir.

De repente, eu ouvi um grito sinistro ecoando pela floresta, e meu coração acelerou ainda mais. Foi quando eu vi uma figura se aproximando. Era uma mulher e sua aparência assustadora. Eu tentei fugir dela, mas ela me segurou pelo braço e disse: "Você precisa encontrar o livro na enfermaria".

Eu acordo respirando ofegante, e o suor descia sobre a minha testa, e uma dor de cabeça imensa começa aparecer. Não é a primeira vez que tenho esses sonhos estranhos. Isso acontece desde dos meus 10 anos de idade.

Eu fiquei confusa e assustada. Eu não sabia o que ela queria dizer, mas sabia que precisava fazer o que ela disse. Eu decidi seguir as instruções dela e fui em direção à Tommy da cidade. Quero encontrar a resposta do porque eu tenho esses sonhos. Mas para isso, eu preciso pegar o livro.

—— Tommy! —— digo e ele vira de frente para mim e vejo ele pálido. —— Você tá bem? ——

—— Você tá bem, Sr.Slater? —— um menino de óculos fala.

—— Tô. Por que vocês não começam? Finquem a bandeira. Eu já vou indo, está bem? Vamos lá, Shadyside! Vamos! —— Tommy fala e ele vira para mim novamente. —— Aí, caramba... Minha cabeça tá latejando. A Srta.Lane me acertou em cheio. A Mary é mais forte do que parece. ——

—— Percebi. Você precisa descansar? —— digo.

—— Não. Não, estou bem. Do que precisa? —— Tommy fala.

—— Preciso da chave da enfermaria. —— digo.

—— E porque você precisa da chave? —— Tommy fala confuso.

—— Eu... Esqueci. Eu esqueci a minha blusa da guerra de cores lá dentro. —— minto.

—— Tá bom. —— diz e pega a chave do bolso. —— Tome cuidado, depois me devolve. ——

—— Pode deixar. —— digo.

Quando cheguei lá, eu encontrei o livro e começei a folheá-lo. Foi quando eu percebi que o livro continha informações sobre a vida de Sarah Fier. E quem estava no meu sonho era a Sarah.

Percebi que Sarah Fier tinha aparecido em meu pesadelo por uma razão. Eu precisava ajudar Sarah a limpar seu nome e provar que ela era inocente. Eu sabia que seria uma tarefa difícil, mas estava determinada a ajudar Sarah.

Eu coloco o livro em volta da blusa da guerra de cores, e fui até o meu chalé. E vejo Ziggy com um balde de tinta vermelha entre suas pernas. E eu vejo as palavras escritas na parede onde a cama de Ziggy fica.

—— Uau, eu gostei da decoração. —— digo.

—— Não fui eu. —— diz.

—— Sheila? —— deduzo.

—— O Coronel Mostarda. —— Ziggy fala e eu olho o balde de tinta.

—— Parece sangue. —— digo.

—— Eu não tinha um porco, então... —— fala.

—— Carrie, A Estranha. Legal. —— digo.

—— Você leu Carrie? —— pergunta.

—— Li. É meu segundo livro favorito depois de A Hora do Vampiro. Ainda assim, acho que pintar é um pouco tedioso. —— digo.

—— Desculpe. Você tem uma ideia melhor? —— diz sarcástica.

—— Tenho. —— digo orgulhosa.

[...]

Eu pedi para que um menino entregasse um papel para a Sheila onde estava escrito "Me encontre no banheiro. Ass: Will". E eu e Ziggy colocamos flores na porta do banheiro e velas dentro do banheiro. E agora estávamos escondidas em uma cabine.

—— Uau, Will. Podia ser na sua beliche, mas até que gostei. —— Sheila fala indo para a cabine onde tinha o balde cheio de insetos. Ela olha para cima, nós duas puxamos a corda e saímos correndo e trancamos ela no banheiro. E vamos até a sala de insetos e répteis enquanto rimos.

—— Ela parecia um sapo. —— Ziggy fala e grita a imitando. —— Foda-se a tinta. ——

—— Foda-se a tinta. —— repito.

—— Quem é você? —— Ziggy fala olhando para mim.

—— Sophia Fier. Muito prazer. —— estendo a mão e ela aperta.

[...]

Ainda era 17hrs, e nós fizemos um jogo de perguntas.

—— Última pergunta: Por quê você é tão falsa? —— Ziggy fala e eu riu.

—— O quê? —— falo rindo.

—— Você parece ser uma pessoa tão certinha, estudiosa, patricinha. Mas na verdade adore coisa de terror, insetos e répteis, é bem corajosa e atrevida, e gosta da garota estranha de Shadyside. —— diz.

—— Pra começar, Carrie A Estranha e A Hora do Vampiro são bem populares. Segundo, não posso gostar da menina estranha. —— digo e ela me olha confusa. —— Como eu vou conhecê-la se ela vive fugindo das minhas perguntas? Vamos voltar para as perguntas fáceis? ——

—— Tá bom. Por acaso... Beijarei a menina estranha? —— Ziggy fala.

Quando Ziggy terminou de falar, eu a olhou nos olhos e sorriu. Foi então que aconteceu. Me aproximei e beijei Ziggy, enquanto segurava sua cintura e ela minha nuca. Um beijo suave e doce, que fez o coração de Ziggy bater mais forte. Ela retribuiu o beijo, e ali, naquele momento, tudo fez sentido. Continuamos se beijando, explorando nossos corpos e sentimentos. Era como se finalmente tivessem encontrado algo que sempre estive procurando.
Até que ouvimos o barulho do sino tocar, anunciando o início da guerra de cores. E nós duas nos separamos e eu olho para ela.

—— Eu tenho que ir, tenho que fazer algo. —— digo me afastando.

—— O quê? —— Ziggy fala curiosa.

—— Pode ser muito perigoso. —— digo.

—— Eu não ligo. —— fala.

—— Lembra do livro que vimos na enfermaria? —— ela concorda. —— Tive mais um dos meus sonhos estranhos, e esse dizia para seguir o mapa que tem nesse livro. ——

—— E quem no sonho pediu para você fazer isso? —— Ziggy fala.

—— A Sarah Fier. —— digo.





























RUA DO MEDO 1978 (Ziggy Berman + Sophia Fier)Onde histórias criam vida. Descubra agora