Capítulo 2 | Batida de Carro

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S/N LEWIS CASTRO

Sabe quando a gente só quer chegar em casa? Tomar um banho, por uma roupa confortável e dormir era meu maior desejo, mas infelizmente graças ao trânsito caótico de São Paulo isso não será possível. Decidi por ligar o rádio, estava tocando algumas músicas desconhecidas por mim, mas envolventes. Não tinha nada que eu podia fazer então me encostei no banco e fechei os olhos por alguns estantes.

Ao lembrar dos meus óculos de descanso para melhorar minha vista me inclinei para pegar na minha bolsa, assim que coloquei os óculos no rosto senti o impacto na traseira do meu carro fazendo com que eu batesse a testa no volante pois estava inclinada massageando minhas têmporas.

— Que merda, porra! - Coloquei a mão na testa vendo que sangrava. Desliguei o carro, retirei a chave e destravei cinto de segurança pegando minha carteira e celular, logo sai do carro e indo ver o estrago no carro e ver quem bateu nele. - Ta de brincadeira velho! - Disse vendo o estrago na traseira do carro, me virei para olhar o carro de trás assim que vi alguém sair dele. - Nunca vi bater em um carro parado porra, comprou a carta? Não sabia que você pagava dois IPVA não! - Uma moça ruiva belíssima veio desesperada até mim. - Moça pelo amor de Deus você tava fazendo o que pra acontecer isso?

— Me desculpa por favor, a culpa foi totalmente minha. Eu pago o que for preciso só me perdoa. - Disse pondo uma mão no rosto e percebi que ela chorava.

— Ei moça também não precisa ficar assim, vamos apenas ligar para nossos seguros ok? - Que seguro o que, o carro é do meu irmão, mas essa mulher não ta bem. Quando a vi se curvar para o chão como se fosse cair agi no impulso a segurando em meus braços e abraçando ela. - Ei olha pra mim. - Ela ergueu a cabeça na minha direção. - Respire comigo ok? Inspire do 1 ao 4 e expire retirando todo ar que tem ai comigo ta bom? Vamos lá. - Comecei a contar enquanto ela me olhava fazendo o que eu pedi, funcionou e assim que ela ia se separar uma mulher com roupa do Samu apareceu.

— Olá, meu nome é Mirela e me informaram que teve outra batida aqui trás, vejo que cortou a testa vamos até a ambulância dar uma olhada? - Indagou se aproximando.

— Ei olhe para mim, vai com ela, você também tem um arranhão, vou fechar seu carro. - Argumentei com a ruiva, e sai para o carro branco dela. Tirei a chave da ignição, peguei seu celular que estava no banco e rapidamente o tranquei. Indo em direção à onde a ambulância seu celular ascendeu, mas o ato de ver a mensagem pela barra de notificação foi tão inocente que nem percebi, vi a mensagem recente e uma de alguns minutos atras de uma tal de Luísa falando que uma Dayane realmente tinha a traído, imediatamente associei isso ao acidente.

— Aqui está suas chaves e seu celular, Mirela eu vou precisar levar ponto? Acho que o corte não foi grande. - Perguntei depois de entregar a desconhecida suas coisas.

— Provavelmente não precisará mesmo, vamos apenas limpá-lo e fazer um curativo tudo bem? - Assenti vendo-a indicar um lugar para me sentar.

— Vocês estão aqui por outro acidente, não é? - Ela concordou passando algo no meu corte. - O que aconteceu? Eu tentei fazer o desvio para outra rua, mas quando vi já tinha passado da entrada.

— Uma batida também, mas foi mais grave, o motoqueiro veio com excesso de velocidade e ultrapassou o sinal vermelho indo parar debaixo do ônibus. - Arregalei os olhos pois entendi que não sairia dali nem tão cedo, olhei para a ruiva ao meu lado e segurei sua mão.

— Não se preocupe vamos resolver isso, o carro nem é meu mesmo, ele vai ficar parado por um tempo, mas vou ficar sem carro para ir pro trabalho já que estou sem o meu. - Ela me olhou com os olhos brilhando. - Aliás meu nome é S/n Castro. - Estiquei minha mão que a mesma retribuiu apertando, sussurrei mais próxima dessa vez. - Mas não o Castro do Caio Castro mão de vaca. - Rimos juntas e a vi se virar de lado para falar comigo.

— Meu nome é Carol Biazin. - Se apresenta mais tranquila.

— É um prazer Carol, não nessas circunstâncias é claro, mas de qualquer forma. - Dei de ombros olhando de canto de olho já que estava pondo curativo.

— Me deixe me desculpar pelo carro, eu posso levá-la para o trabalho e não, não sou psicopata. - Argumenta rindo. - Me deixe se redimir de alguma forma, realmente posso ser sua motorista. - Disse com diversão fazendo uma expressão engraçada.

— Sabia que isso é exatamente o que psicopatas diriam? - Entrei na onda. - Mas realmente não precisa, saio cedo de casa e não quero dar trabalho. Posso usar a minha moto, mesmo não sendo recomendada para roupas sociais. - Ri, por mais que minha moto esteja parada a algumas semanas acho que dá pra ir. - Pode me passar seu número caso o seguro precise entrar em contato? - Era mentira, eu só queria o número dela, o que foi? Ela é linda, com todo respeito.

— Claro. Quando ela terminar seu curativo você vai voltar para o carro? - Concordei digitando o número do WhatsApp que ela me mostrava.

— Sim, vou voltar, por quê? - Questionei salvando seu número e mandando oi.

— Pode me fazer companhia? - A olhei e sorri.

— Posso, posso sim, até porque não sairemos daqui tão cedo e seria bom conversar com você, sabe, saber que não é uma possível psicopata mesmo. - Brinquei e rimos junto com Mirela que terminava de fazer meu curativo. 

— Aqui seu Óculos S/n, se possível limpe mais uma vez antes de deitar-se. Vou escrever uma pomada boa para você usar e já te libero. - Ela foi mas não demorou a voltar me entregando o papel com os remédios que vou precisar.

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DEIXO CLARO QUE NADA NESSA FIC É REAL, TODAS AS SITUAÇOES, OPNIOES DOS PERSONAGENS E SUAS ATITUDES NAO SAO REAIS!

CAP REVISADO / CURTAM E COMENTEM

Um tapa na bunda, um beijo na boca e uma abraço!!! 

BJSS

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