A notícia

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No dia seguinte...

O amanhecer no Thousand Sunny foi um pouco indesejado para alguns dos tripulantes que se dedicaram a madrugada inteira na busca pela resposta. Principalmente para a navegadora do navio, que já estava sendo muito pressionada pelos seus Nakamas.

Nami fez algumas pesquisas, inspecionou de cabo a rabo cada um de seus mapas geográficos e não pregou os olhos por um segundo sequer. Naquele momento, o copão de café foi o seu fiel escudeiro durante todo o tempo. Outros dos Mugiwaras também se prontificaram para ajudar, contudo na realidade, quase ninguém seria muito útil para desvendar o mistério.

-No Novo Mundo é mais complicado ter precisão quando se trata de previsões climáticas. Nos últimos meses, nós presenciamos muito sol e clima demasiadamente quente e seco. Em teoria, neve e precipitações pluviométricas seriam improváveis de acontecer... A prática só funcionária caso não estivéssemos no Shin Sekai.

-E o que faremos? -Indagou o capitão parecendo muito intrigado, que na realidade não estava entendendo bulhufas de nada.

-Geralmente no mar, a direção que a água percorre é a que os ventos fazem, então se continuarmos seguindo os ventos podemos acabar andando em círculos ou desviar do nosso destino. O nosso foco é encontrar uma ilha com neve densa, assim como foi descrito ontem. Então precisamos seguir as correntes marítimas! Em tese, é seguir o caminho de correntes quentes, e se opor a correntes frias. -Explicou a ruiva, mexendo as mãos conforme o que dizia. -Isso pode dar muito certo ou muito errado.

-Enquanto isso nós continuaremos a olhar sobre frequências de rádio em den den mushis. -Comentou Franky entusiasmado, se referindo a ele e ao Usopp.

-Na perícia criminal é comum encontrar casos de sequestros que ocasionaram em chalés abandonados e num ambiente escabroso, como na montanha. É fácil camuflar provas e de difícil acesso para investigadores, principalmente se levarmos em conta grandes nevascas. -Comentou a morena, assustando alguns dos Nakamas. Tirando os portadores de Haki, ninguém havia percebido sua presença ali.

-Obrigada, Robin. Pode descansar agora. -Diz a navegadora já empurrando a companheira em direção da porta da biblioteca.

-Mas... Ainda não acabamos. Posso ajudar em outras questões...

-Robin-chan, não pode se esforçar demais e nem se estressar! -A pequena rena interviu, cruzando os pequenos cascos. Gravidez era novidade para o médico, então ele não sabia muito bem como lidar com a situação.

-Eu gostaria de ser útil na investigação. -A morena suspirou, ela odiava quando as pessoas se dirigiam a ela com o olhar de pena... E era exatamente isso o que seus companheiros estavam fazendo neste momento.

-Robin é forte, não vai morrer se passar virada por uma noite. Se ela acha que consegue ficar o dia todo bem, é ela quem vai decidir isso. -Foi a vez de Zoro se pronunciar. Ele mantinha um olhar e um tom de voz sério.

Ninguém quis se intrometer nesta discussão, e quem já estava inteirado não tinha coragem de prosseguir. Nico Robin não era feita de vidro, isso era fato, o problema era a tal da "virose"... O ambiente se tornou desconfortável para TODAS as partes, a arqueóloga decidiu por conta própria se retirar e deixar os outros Nakamas se preocuparem com o caso da noite anterior.

Frustrada, Robin se dirigiu a cozinha para tirar a barriga da miséria. Com o auxílio de uma faca, ela começou a descascar com certa destreza algumas batatas para fazer um prato inusitado. Ao invés de colocar as batatas dentro da panela fervente, foi posto as cascas com bastante cautela.

-Casca de batata com wasabi, shoyo e gergelim? -Supôs Zoro ao adentrar a cozinha poucos minutos depois de Robin. Os ingredientes em cima do balcão sugeriram qual seria o prato a ser preparado. -Que tipo de gororoba é essa?

Parabéns, você vai ser papai!Onde histórias criam vida. Descubra agora