Asas

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Dessa vez não cortaram minhas asas,
Arrancaram minha cabeça;
Meu eu,
Eu fiz de tudo para pararem,
Porém quanto mais pedia,
Mais perdia.

Minha consciência,
Meus sonhos,
Minhas esperanças,
Minha felicidade,
Meu eu,
Mais verdadeiro e puro,
Se perdeu no completo breu.

Receio nunca mais o encontrar,
Igual a minha cabeça,
Que aprodeçe no fundo da terra.

Ah! Mas o que eu faria para te-la,
O que eu faria para a recolocar no lugar,
O que faria para ser como antes,
O que eu faria para poder a calar.

Quem sabe assim não a tivesse perdido,
Ainda a teria aqui comigo,
Como um belo troféu.

Poemas rochosos e pedregulhos graciososOnde histórias criam vida. Descubra agora