Alissa, a estranha

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[N/I] Oiiiii?? 1K?? Sério??? MEU DEUSS!! Gente eu fiquei muito feliz quando vi esse número de leituras, para alguns pode parecer pouco, mas para mim que no início não tinha a expectativa nem de 10 lerem... É fantástico, ainda mais considerando o fato que não tenho mais postado com a mesma frequência de antes, enfim... Gostaria de agradecer muito aos leitores que acompanham a fic desde o primeiro capítulo, e aos novos leitores também, espero que estejam gostando de ler, tanto quando gosto de escrever, sejam bem - vindos! Capítulo novinho para vcs :)


- Tudo bem! ok, Eu... - começou ele relutante - Eu aceito a sua ajuda! - Concluiu sua frase com um suspiro, finalmente dando-se por vencido.

Antes que você viaje pelo mundo das ilusões, essas palavras não vieram de Andrew ( eu bem que gostaria que fossem, mas... não, não foi ele). Novamente, cá estou na sala de espera do consultório de Andrew (como o prometido, não irei atrapalhar suas consultas), Megan estava procurando nos canais aleatoriamente por algum programa de TV que ajudasse á dissipar ao menos um pouco o tédio que se instalava no local.

Missão falha, já que ela optou por uma novela ( que na minha humilde opinião.... era terrível)

Aparentemente, a mocinha trama ( doce, gentil, e perfeita), gostaria ajudar o rapaz (que acho que seria seu par) com algum problema e... blá, blá, blá,blá,blá.

O fato é que após muita insistência (por parte dela) , e um acordo entre os dois (proposto por ele) de que seria um empréstimo, ele aceitou a tal ajuda, e disse as palavras que todos queriam (ou não) ouvir. Como eu disse antes... terrível.

Eu não sei dizer o que era mais enfadonho : Se a novela, toda a programação de fim de tarde, ou ter que esperar por Andrew. De novo, o sofá já me incomodava, e os ponteiros do relógio pareciam adorar a minha inquietação e por essa razão se moviam mais lentos que o habitual.

O Som da maçaneta girando foi como música para os meus ouvidos, o hino da minha liberdade... ( ta, agora eu exagerei), mas se tem uma coisa que tem que está na lista "coisas que a Alissa odeia", a número três ( atrás apenas de " ser ignorada" e " ser tratada como algo que não existe") está " esperar".

Seja por coisas simples como em filas, até as mais complexas como esperar pelo Andrew em salas extremamente entediantes.

Ao sair, Ele se despede de Megan com um " Até amanhã", e ela apenas acena a cabeça respondendo um " Até, Doutor!", se pondo de pé, logo em seguida apoiando a bolsa no ombro e saindo do local.

Duvido muito que Andrew tenha escutado a resposta de Megan, já que sua voz saiu tão baixa e envergonhada, quase como um sussurro.

Seguimos em silêncio até o estacionamento em direção ao carro de Andrew. Ele desativa o alarme e em seguida entra.

- Por que não me surpreendo com a sua falta de cavalheirismo em não abrir a porta para uma dama? - digo assim que me sento ao seu lado no banco do passageiro.

- Em primeiro lugar, você não é bem uma dama, é uma mal educada que invade apartamentos, e incomoda as pessoas em seu ambiente de trabalho -ele argumenta, pontuando nos dedos cada tópico - Em segundo, eu sabia que você atravessaria o carro e entraria de qualquer forma mesmo, e foi exatamente o que fez - liga o carro e segura o volante - e em terceiro... O que você está fazendo? - pergunta ele se referindo ao meu ato de pôr cinto de segurança.

- Segurança em primeiro lugar! - recito - E você deveria fazer o mesmo.

- É claro que eu vou usar o cinto- coloca o cinto de segurança e nos guia para fora do estacionamento do hospital, seguindo para uma avenida movimentada - O que eu não entendo é você precisa usar, caso ocorra algum incidente, você pode simplesmente se transportar para sabe- se lá de onde veio, mesmo que você permaneça no carro, não se machucaria, você no mínimo atravessaria as ferragens ilesa, além do mais se você possui todos esses poderes mágicos, um par de asas e só eu consigo te enxergar, ou você é fruto da minha imaginação, ou ...

Não deixei que completasse a frase.

- Eu não estou morta!

- Ah é? E como pode ter tanta certeza? - Paramos em um semáforo.

- Sei lá Andrew! Eu só sei!

- Mas se acredita, deve ter algum motivo.

O encaro por alguns segundos, o suficiente para que o sinal ver acender e o carro voltar a se movimentar.

-Eu sinto as coisas - digo

- Que tipo de coisas? - pergunta ele atento ao trânsito.

- Tudo... ou quase tudo! eu não sei como explicar.

- Tente ser mais clara.

- Quando você fala sobre a minha capacidade de atravessar objetos por exemplo, você acha que eu simplesmente atravesso e nada acontece nos milésimos de segundos do processo?

- Bom, sim! - diz ele, enquanto o carro entra em outra avenida com o fluxo de carros maior, em um início de congestionamento. Andrew suspira cansado

- Continue, você ainda não respondeu a minha pergunta - ele disse.

- Como eu disse eu sinto as coisas, quando atravesso os objetos, ou até mesmo pessoas, eu sinto suas texturas, temperatura , formas, e por diversas vezes consigo ver como são por dentro. Se me concentrar bem, posso tocá- las sem que minhas mãos atravessem tudo - explico.

E é verdade, não sinto frio ou fome como os outros.. mas neste momento, sentada no carro de Andrew, estou concentrada por isso não atravessei o carro ao me sentar e fiquei no asfalto. Isso é algo simples, que se aprende ao longo da "vida de cupido" por assim dizer, no início foi complicado, mas agora já estou tão habituada que na maioria das vezes não noto quando faço. Meio louco!

- Isso não prova nada - Andrew afirma

- Mas é nisso que eu acredito.

Ele me encara por tanto tempo que fico meio envergonhada. E então, ele tenta tocar meus cabelos, mas sua mão atravessa a lateral da minha cabeça, assustando - o um pouco fazendo com que ele recolha a mão. O movimento brusco me fez ficar meio zonza mas logo passa.

- Você sentiu isso?

- Sim - respondo massageando o lugar onde antes a mão de Andrew estava - Foi meio incômodo, valeu!

- Desculpa - ele diz - Mas a culpa é toda sua, você não se concentrou, já que minha mão atravessou sua cabeça.

- O que você queria? Ficou me olhando um tempão como se eu fosse uma aberração.

Quando ele estava prestes á me responder, buzinas e xingamentos vindo dos carros atrás do carro de Andrew chamaram sua atenção.

Só então, ele percebeu que estávamos parados esse tempo todo, Andrew voltou á seguir os demais carros á frente e então me respondeu:

- Na minha opinião, você é uma aberração.

- Eu não sou... - comecei á falar mas, fui interrompida pela imagem da causa do congestionamento.

Logo á diante, dois carros completamente destruídos, além da polícia que analisava o local do acidente, uma ambulância estava estacionada, alguns enfermeiros prestavam os primeiros socorros em uma das vítimas, enquanto a outra era levada ensanguentada em uma maca até a ambulância.

Não consegui terminar minha frase, um nó se formou em minha garganta, e ao olhar aquela cena, um frio passou pela minha espinha.

Agora, Andrew já seguia na velocidade normal para o caminho que o levaria até seu prédio, já era possível enxergá-lo meio distante.

- Você é muito estranha!

É, Talvez eu seja mesmo....


[N/F] Bem, é isso! Minhas férias estão chegando, e finalmente vou poder postar pontualmente (yay!),não se esqueçam dos meus likes viu? kkk agora bjus por que tenho que almoçar, e só para não perder o costume "COMENTEM, CURTAM, DIVULGUEM, ME MANDEM UM SINAL DE FUMAÇA" e Até a próxima! xoxo

P.S: perdoem os errinhos ;)


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