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Wallace Texeira


Assim que a moça descer do trem, enfio a mão dentro do lixo e pego o saquinho de salgado que a mesma tinha acabado de jogar fora.

Me sento ao lado do Victor que olhar os salgados na minha mão, parto em pedaço iguais.

Victor: Onde você arrumou?

Eu: No lixo.

Encaro o pedaço de salgado em minha mão antes de enfiar na boca e comer o Victor fez a mesma coisa.

Victor: Odeio ter que comer o resto que a gente achar no lixo.

Eu: Com o dinheiro que conseguir hoje, acho que vai dar para comprar algo pra gente poder comer.

Victor: Guardar o teu dinheiro, Wallace, eu não vou poder colaborar.

Eu: Não se preocupe com isso, Victor. A minha mãe disse que conseguiu comprar umas coisas ontem, então, vamos jantar na minha casa.

Conseguimos vender toda as balas na hora de pico, agora estamos recolhendo os lixos recicláveis com duas bolsas enormes.

Estamos recolhendo pelas estações de trem e quando chegarmos em bangu a gente vai descer e andar até senador.

Entramos novamente dentro do trem e nos sentamos deixando as bolsas de lado.

Victor: Olhar que garota linda.

Dois fodidos secando uma mina qualquer dentro do trem.

Eu: Meninas igual á ela, nunca daria mole pra gente.

Analiso a menina da cabeça aos pés, ela e branquinha dos cabelos lisos e longos a mina está de short jeans de lavagem clara e um cropeed rosa e nos pés usava um chinelo rosa.

Victor: É bonita, mas eu ainda prefiro as cacheadas... - me analisa - ela não iria dar mole pra tu, o pai aqui - aponta pra si mesmo - é gostoso.

Eu: O pai dela está nos encarando - desvio olhar - parar de olhar menor, vai levar outra coça já, já. - Victor fechar os olhos rindo.

Tuninho: Coe, rapaziada. - se achega até a gente - tempão que não vejo vocês, estão fazendo corre onde?

Victor: Estávamos pela pista, tuninho.

Tuninho: Conseguiram vender tudo?

Se sentar na minha frente assim que o banco fica vago.

Victor: Graça a Deus, sim.

Tuninho: Sortudo vocês, mesmo em hora de pico, quase não vendi.

Eu: Quanto está o fofura?

Tuninho: Faço um real pra você.

Eu: Vê pra mim uns quatro. - pego duas notas de dois reais.

Entrego uns dos sacos de fofura de churrasco ao Victor, ele com um sorriso enorme no rosto e logo me agradece.

Troco algumas palavras com o tuninho que logo nos mostra uma foto de sua filha que acabou de nascer.

Victor estende a mão pra mim e pego uma mão cheia de fofura, não vou comer os que comprei para Letícia e a minha coroa.

Tuninho: Tô indo lá, boa sorte!

Eu: Igualmente, parceiro.

Victor: Esse treco de expôr é muito bom.

Levo até a boca o fofura, é papo reto isso é muito bom. Melhor ainda por não ter vindo do lixo, não é sempre, mas as vezes gasto com essas bobeiras.

CHEFE DO CRIME PERFEITO [M] Onde histórias criam vida. Descubra agora