starboy | vegaspete

dois.

Vegas estava sério enquanto mantinha os olhos cravados no homem alto e bem posturado ao lado de Korn. Certo, aquele era o secretário dele, Time, como Kinn havia mencionado na noite anterior quando ele retornou para casa depois de passar a noite inteira trancado em um dos quartos do cassino com Pete Phongsakorn.

Vegas já sabia que Pete era uma das cabeças por trás dos negócios do pai, o garoto parecia sempre muito nem aí para nada e quem o via de longe, podia jurar que ele apenas gostava de usufruir do dinheiro que o pai produzia. Mas não. Pete era extremamente inteligente e ambicioso, Vegas tirou a conclusão quando conversaram nos intervalos entre uma foda e outra.

"Eu já ouvi falar de você pelo seu pai e por Kinn, mas realmente nunca tivemos a oportunidade de nos conhecermos. Uma pena." Vegas disse em um desses momentos, o que não era uma mentira. Korn sempre falava orgulhoso do único filho que o ajudava a administrar tudo alegando já estar ficando velho demais para isso ou Kinn sempre citava o amigo do seu Che que gostava de atrapalhar sempre que ele ia ao cassino para vê-lo.

Vegas só não imaginava que seria mais um a ser enfeitiçado por Pete, o estrelinha de Las Vegas. Mas ele tinha algo, o Theerapanyakul não sabia se eram os olhos com aqueles cílios longos ou se era a bochecha rosada com covinhas ou se era o sorriso largo e olhos pequenos que o haviam prendido desde o primeiro segundo em que viu Pete parado no bar com o amigo ao lado.

"Ali, aquele é o filho do Korn. O garoto seminu." Riu quando Kinn comentou se referindo a roupa aberta demais, mas Vegas apenas o observou de cima a baixo, demorando alguns segundos a mais no piercing brilhante. Oh, ninguém o havia avisado que o garoto era simplesmente a personificação de Afrodite.

Vegas passou a língua nos lábios, voltando para a realidade à sua frente. Time agora o encarava de volta com as sobrancelhas arqueadas enquanto Korn continuava falando sobre o contrato.

— Eu concordo. Com tudo — Vegas desviou o olhar para o homem mais velho e sorriu.

— Ótimo, irei lhe enviar tudo por e-mail e você pode mandá-lo assinado — Korn disse arrumando os óculos sobre o nariz.

— Perfeito, Sr. Phongsakorn. Você sabe que sempre gostei de fazer negócios com você, é um passo muito maior do que estamos acostumados, mas tenho certeza que iremos colher bons frutos — Vegas estendeu a mão para que o mais velho a apertasse e assim o fez.

— Eu também agradeço, Vegas. Você é um jovem muito promissor — o homem sorriu largo, as mesmas covinhas de Pete surgiram nas bochechas do mais velho.

— Senhor, com licença. Sr. Pete está ligando — Time os interrompeu, estendendo o celular. Korn pediu um minuto para Vegas e pressionou a tela do celular.
— Oi, querido — o mais velho sorriu. — Estou com Vegas, mas já terminamos por aqui — pausa. — Eu precisarei ir buscar alguns caça-níqueis que levamos para a manutenção, mas posso pedir para Time buscar você e levá-lo para casa — algo se remexeu dentro de Vegas quando o secretário lambeu os lábios e sorriu minimamente. — Não volto pra casa cedo, então você pode ir ao cassino com o Time essa noite. Não precisarei dele até lá. Tchau, querido. — Vegas suspirou, ele pôde notar a empolgação de Time ao escutar que buscaria e deixaria Pete em casa, além de passar o restante do dia com ele e isso o incomodou.

Que diabos?

— Time? — Korn chamou.

— Sim, senhor. Estou indo agora, onde ele está? — o homem se prontificou, olhando para Vegas pelo canto dos olhos.

— Na casa de Tay, o arquiteto. Pete foi conversar com ele sobre o novo projeto na ala C do cassino, além da boate que ele pretende levantar em alguns meses — o secretário assentiu. — Vou ligar para o motoris...