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- Acorda, garota! Tá com pau no ouvido? - minha irmã me acorda me balançando

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- Acorda, garota! Tá com pau no ouvido? - minha irmã me acorda me balançando.

- Mais 5 minutos... - resmunguei abrindo meus olhos, e percebo que ainda tô dentro do taxi.

Mas a gente ainda não chegou nessa merda? Tudo isso pra um ensaio de duas horinhas? Sinceramente.

- A gente tá chegando. Aproveita e ajeita esse seu cabelo, tá um horror - a garota diz rindo, retocando sua maquiagem enquanto se olhava num pequeno espelho portátil cheio de glitter.

- Ao invés de você retocar essa sua maquiagem você devia é retocar esses 6 dedos da sua raiz preta, que tal "loirinha"? - falo com deboche e ela me olha com reprovação.

- Vai se fuder.

- Por que não vai você, loira oxigenada?

- Meninas, não precisam se matar aí atrás. - o motorista fala rindo olhando para o retrovisor - Não querem chegar na destinação vivas?

- Sim, senhor... - falei alto, mas com vergonha no tom de voz.

- Tá vendo sua rapariga? Teve que levar bronca até do taxista! - a loira fala sussurrando, mas como se estivesse gritando comigo.

- Eu juro que se a gente não tivesse dentro do taxi eu arrancava esse seu tufo que você chama de cabelo. - retribuí no mesmo tom.

- E... aqui estamos - o motorista estaciona o carro lentamente.

- Muito obrigada, senhor! - a loira entrega o dinheiro da corrida e agradece com um sorriso no rosto, logo abrindo a porta do carro.

- Toma - eu estico minha mão com uma nota de 10 dólares pro motorista - É por aguentar a gente esse caminho inteiro.

Saio do carro e fecho a porta levemente, tentando não fazer muito barulho - ao contrário de Vanessa, que fechou a porta igual um cavalo.

Andamos um pouco até chegar na porta do estúdio, batendo.

Dentro de alguns segundos somos recepcionadas pelo garoto com dreads, piercing na boca, boné branco na cabeça e roupas mil vezes maiores que ele. Esse sem dúvidas, era Tom. Quando ele abre a porta, consigo ouvir sons de bateria e mais alguns instrumentos.

- Oi, Tom! - a loira o cumprimenta com um abraço, e ele a abraça de volta.

Eu ouvi falar muito sobre Tom Kaulitz - praticamente nada de bom. Parece que é um mulherengo safado, dorme com todas e vai provavelmente me chamar de "gata" ou "gatinha" em alguns segundos.

- Eaí, Nessa. Quem é a gatinha?

Que surpresa!

- Ah, essa é minha irmã. Desculpa por não avisar antes, mas era urgente. Eu não tinha como deixar ela sozinha em casa por ela ser menor de idade, já deixei ela uma vez e o vizinho quase denunciou eu e minha mãe pra polícia. Espero que não seja um problema. - ela se explicou, e Tom parecia nem prestar atenção direito.

- Que isso, claro que não é um problema. Como se chama? - ele pergunta olhando pra mim, brincando com seu piercing com a língua.

- Samantha - respondo, oferecendo um aperto de mão e ele retribui o ato.

- Tom. Vem meninas, vamos entrar. - Tom diz com um sorriso malicioso quase imperceptível, mas eu percebi. Nós entramos e ele fecha a porta atrás da gente.

Em nossa frente, tem um palco baixo, mas ainda com distância do chão. O baterista que continuava tocando até agora, olhou para nós e parou de tocar pra vir nos cumprimentar.

- Oi, Nessa. Como cê tá, biscate? - o baterista disse descendo do palco, indo abraçar minha irmã.

Mas que droga, não vai ter um homem feio nessa banda? Vou ficar fazendo o que durante o ensaio inteiro, babar neles? Vou rezar pro próximo que aparecer ser feio pra eu ficar um pouco mais à vontade.

- Não sou sua mãe pra ser biscate! Mas eu tô bem, e você?

- Tô bem. E ela, quem é? - ele diz, se virando pra mim com um sorriso grande no rosto.

- É minha irmã, Samantha - minha irmã responde e ele logo me oferece a mão para me cumprimentar.

- Sou o Gustav. É um prazer te conhecer.

- Quem chegou? - uma voz grossa masculina interrompe, e logo viro meu olhar.

Deus, me ajuda. A banda tem 4 e 3 deles já são gatos. O garoto estava saindo do banheiro enquanto ajeitava sua blusa, colocando-a mais pra baixo. Ele tinha cabelo castanho liso e médio, e o cabelo dele brilhava. Ele era atraente e... braçudo. Balancei levemente minha cabeça pra sair dos meus pensamentos quando escuto Tom falar.

- Nessa e Sam chegaram - Tom respondeu, enquanto o moreno abraçava minha irmã.

Sam? Eu dei intimidade pra esse garoto e não tô sabendo?

- Sam? - o moreno pergunta, andando agora em minha direção.

- Sim, é minha irmã mais nova. Não pude deixar ela em casa sozinha, é uma longa história.

- Oi, me chamo Samantha - ofereço minha mão para um aperto e ele retribui, me dando um sorriso sem os dentes.

- Sou Georg. Quantos anos você tem pra não poder ficar sozinha em casa?

- Tenho 17. Faço 18 em alguns dias, aliás - falo como se fosse uma informação importante por impulso.

Parabéns, Samantha. Agora ele vai pensar que eu tô preocupada se nossa relação que nem existe é pedofilia.

- Bom saber - ele diz depois de dar uma risadinha pelo nariz - As meninas estão esperando por você lá no quarto, Nessa. Bill está lá também - Georg diz após virar a cabeça pra minha irmã.

- Ok! - a loira responde com um grande entusiasmo, já que ansiava ver suas colegas de banda - Já volto com elas.

Quando vou dar um passo pra seguir minha irmã, sinto uma mão me impedindo, segurando meu braço com facilidade.

- Você fica.

☆ ALL MINE | Georg ListingOnde histórias criam vida. Descubra agora