Shadow | VegasPete

NINE| the lovers

Hey! Antes tarde do que nunca!

Boa leitura e perdoem os erros!

A festa de comemoração pelo segundo herdeiro Theerapanyakul se estendeu durante toda a noite. Haviam fotógrafos e repórteres na frente do prédio registrando a chegada de membros importantes da sociedade e figurões políticos, muitos vindos de outras cidades e até mesmo de outros países. Khun Korn organizou tudo perfeitamente bem, a segurança havia sido reforçada desde o início do dia, e cada caixa que entrou e saiu do complexo foi minimamente revistada, assim como cada carro foi inspecionado antes de seguir para garagem interna para garantir que não haviam bombas ou qualquer coisa.

O salão principal está cercado de subordinados, e P'Chan tem repassado os relatórios pelos fones de ouvido com a checagem de perímetro a cada quinze minutos, assim a rotatividade dos guardas-costas aumenta e a chance de algo sair errado diminui. Eles receberam membros do clã italiano Cosa Nostra e alguns afiliados da Yakuza, todos cordialmente balançando suas bandeiras brancas enquanto permanecem dentro do território tailandês, embora a inimizade hostil e perceptível não tenha se dissipado no ar como uma nuvem de poeira deveria fazer.

Khun Tankhun está animadamente conversando com um convidado inglês, filho de um político importante, talvez um ministro ou algo assim, então Pete mantém seus olhos principalmente sobre ele durante alguns bons minutos. Ele está longe para ouvir, com o burburinho de outras vozes preenchendo o salão, mas a conversa parece inofensiva e leve, pelo modo que o rapaz está sorrindo e concordando enquanto Tankhun gesticula e fala.

Porsche está do outro lado, sem uniforme, sendo apresentado aos homens e mulheres dos círculos mais baixos do submundo como parceiro de Khun Kinn, uma mão possessiva nas costas dele a outra no bolso da calça. Ele está bonito e arrumado, o cabelo perfeitamente no lugar e o terno preto feito sob medida em seu corpo esguio, mas os olhos de gato de Porsche procuram a todo momento por algo familiar, e ele sempre sorri quando encontra os olhos de Pete.

Não é diferente dessa vez, quando Pete olha para ele, Porsche demora apenas alguns instantes para olhar em volta enquanto Khun Kinn conversa com os convidados e então ele abre um sorriso nervoso quando o vê, acenando sutilmente com a cabeça.

"Você devia prestar atenção por onde anda." Comenta uma voz masculina cheia de sotaque, o braço esbarrando rudemente em seu ombro.

Quando Pete olha para frente, meio desnorteado pelo empurrão repentino, ele se depara com um rosto desconhecido, embora muito atraente. Há uma tatuagem meio tribal cobrindo metade do lado direito, se estendendo da bochecha até a orelha, e os olhos castanhos afinados cheios de uma intensidade perigosa. O homem inclina o pescoço para o lado e lambe os lábios, exibindo o piercing na ponta da língua vermelha.

"Eu sinto muito, senhor" Diz Pete a ele, respeitosamente curvando a cabeça para baixo. "Eu não o vi."

"Você não me viu?" Questiona o homem com o mesmo sotaque pesado, num tom mais irônico. Ele está todo vestido de um vermelho púrpura, e o blazer aberto na parte da frente exibindo uma parte de seu torso livre de roupas, em contraste com a pele pálida. O cabelo liso está ajustado para trás com gel, apenas uma única mecha rebelde caindo em cima da testa. "Como uma coisinha insignificante como você pode não ter me visto?"

Pete abre a boca para se desculpar outra vez, porque ele realmente não viu, mas uma mão firme e quente pousa em seu ombro antes que ele possa dizer algo.

"Ele não te viu, Hakuri" Responde Vegas em seu lugar, os dedos firmes pressionando o ombro de Pete. Ele olha para o lado, com o coração de repente estourando dentro do peito, e reconhece o brilho prateado do anel de sinete no dedo indicador dele. O cheiro fresco do perfume de Vegas atinge direto em seu rosto, e Pete tem que prender a respiração antes que suas pernas comecem a tremer. "Então talvez você seja a coisinha insignificante."