Shadow | VegasPete

FOUR| the night

Hello! Att para começar a semana bem! O capítulo não está longo mas contém bastante informação!

Espero que gostem!

Khun Tankhun pressiona os ombros de Pete para baixo e insiste que ele se sente no sofá. Pol e Arm estão do outro lado, compartilhando um cobertor enquanto o início de mais uma produção coreana roda na televisão. Pete olha para eles e depois inclina o pescoço para cima, olhando para Tankhun com sua melhor expressão de dor.

"O que?" Questiona Tankhun, olhando de volta como se tivesse uma estrela-do-mar em seu rosto. "Por que você está me olhando assim, Pete?"

Pete quase empurra o lábio para fora.

"Eu preciso treinar, Khun." Responde com calma. "Khun Kinn precisa de mim."

Tankhun abana a mão, estalando a língua, e depois joga de volta ao redor do pescoço uma parte do echarpe colorida que havia caído para frente.

"Besteira" Diz ele. "Você é meu, Pete, não do meu irmão. Ele tem muitos outros guardas."

"Eu sei, mas..." Recomeça Pete. Ele sente o aperto dolorido da mentira se apegar em seu peito, e por um instante ele deseja ficar. "Eu tenho que ir, Khun."

Tankhun se senta ao seu lado, virando de costas para Arm e para Pol, se inclinando gentilmente para pegar suas mãos. Ele faz um carinho suave nas costas das mãos de Pete, e depois abre um sorriso sincero.

"Se você me prometer que vamos assistir Alquimia das Almas juntos, eu te deixo ir."

Pete rapidamente agarra as mãos dele com mais força.

"Eu prometo!"

O sorriso de Khun Tankhun desaparece devagar, embora sua expressão permaneça relaxada.

"Está bem." Murmura ele, desgostoso. "Você pode ir. Eu sei que você prefere meu irmão à mim, mesmo."

Pete não segura o sorriso quando Khun Tankhun começa a fazer bico, meio emburrado no sofá. Arm passa o braço ao redor dos ombros dele, afagando seu braço.

"Não seja assim, Khun." Diz o outro guarda-costas. "Todos nós amamos mais você."

Durante o treino, Porsche acerta suas costelas duas vezes, o que é mais do que ele geralmente consegue, uma vez que sua defesa é muito melhor que o ataque. Pete vence a primeira rodada prendendo-o contra o chão e forçando Porsche a desistir, batendo duas vezes contra o braço que está atravessado em seu pescoço, impedindo-o de respirar. Na segunda, ele vence empurrando Porsche para a beirada do tatâmi e sacando sua arma para ele antes que o outro pudesse pensar em erguer as mãos.

"Você não joga limpo." Reclama seu amigo durante a ducha, espirrando um pouco de água contra o rosto de Pete.

Ele está suado, seu cabelo relativamente úmido e a camisa grudada no tronco, ainda sim o guarda-costas prefere tomar banho no dormitório, onde a água é mais quente e ele pode se limpar melhor.

A verdade é que, mesmo Porsche tendo alguma experiência em lutas de rua, Pete esteve em cima de um ringue desde os doze anos, em uma fase rebelde onde as palavras carinhosas de vovó não serviam mais para consolar o abandono, aprendendo alguns estilos de luta com um homem mais velho da ilha. E depois disso ele lutou profissionalmente dos quinze aos dezoito anos, quando adquiriu algum senso de responsabilidade, tentando trazer mais dinheiro para casa, antes de P'Chan assistir uma de suas lutas e decidir que ele era bom demais para continuar apanhando e batendo por tão pouco.

Pete era jovem, decidido e sabia aproveitar as oportunidades. Ele trocou a luta profissional, ainda que fosse considerado um novato, por um emprego com salário muito maior do que imaginou que poderia conseguir e a estabilidade que eles precisavam para continuar vivendo bem. Sua vó esteve desgostosa por alguns meses assim que Pete partiu para cidade grande, mas ela abriu o maior sorriso do mundo para ele assim que o viu outra vez algum tempo depois. Ela acariciou suas bochechas e elogiou o quão saudável e bonito ele estava.