• Michelle
- Pode entrar... - digo vendo Bill adentrar o quarto
- Você está a quase dois dias sem sair do quarto, Chelle! - Diz sentando ao meu lado
- Eu sei, Bibill... - digo enfiando o rosto no travesseiro
- Eu estou preocupado e o Tom também! - Diz passando a mão em minhas costas, me tranquilizando, ou pelo menos tentando
- Preocupado?! Ele está cagando para mim! Se ele ligasse não teria beijado aquela garota na minha frente, Bill, NA MINHA FRENTE! - digo o encarando com os olhos com água, prestes a escorrer
- Chelle, tenta ser compreensiva...Ele ficou com raiva e sem reação depois de ver o David te beijando. Ele gosta muito de você e se não gostasse, te garanto que ele não teria feito nada por ciúmes igual ele fez lá! Eu sei que a culpa não foi sua e ele também sabe, só que o Tom é praticamente um crianção apaixonado... - diz com seu sorriso sincero
- A gente nunca avança na relação...Só ficamos algumas vezes e nada além disso! Além do mais, a gente não conversa quando tem algum problema e só fica nessa de brigou, ficou, brigou, ficou. - digo revirando os olhos, vendo o garoto dar uma risada
- Vocês parecem até um filme! - diz me arrancando um sorriso - Olha, logo logo vocês se resolvem. O Tom não consegue ficar longe de você. - diz me dando um beijinho na bochecha e saindo do quarto
Eu não queria admitir, mas eu também não consigo ficar longe do Tom...Ele foi a pessoa que me apoiou no começo de tudo, junto da Julie. Mesmo ele me enchendo o saco, brigando comigo, me irritando pra caralho e sendo um chato, eu gosto ele. Eu não sei se vai ser apenas um amorzinho adolescente ou não, mas eu quero aproveitar o que tiver para desfrutar dessa relação...
Eu finalmente decidi sair desse quarto.
- Apareceu, Margarida! - Georg diz e os meninos olham para mim, surpresos
- Finalmente! - diz Gustav com um sorriso no rosto
Ao virar meu rosto para Tom, eu via o garoto com um pequeno sorriso de canto, quase que imperceptível. Eu o encarei um pouco e logo soltei um sorriso ladino, fazendo o mesmo ficar vermelho, coisa não muito comum.
Depois de jantar, nós nos reunimos na sala para assistir um filme de terror novo que Bill estava louco para assistir.
Eu sentava no chão abaixo do sofá, junto de Gustav. Bill ficava no sofá com Georg no canto do sofá e Bill logo colocava o filme.- TOM! VEM ASSISTIR O FILME! - Bill gritava, e o garoto aparecia na sala
- Que filme é? - o garoto pergunta, sentando ao lado de Georg
- Aquele novo que eu queria assistir! —
- O negócio do demônio lá? - diz olhando para a televisão
- Esse mesmo! - diz dando risada
- Vamos assistir ou não?! - Gustav pergunta, impaciente, enquanto enfiava uma mão cheia de pipoca na boca
Logo, Bill dava play no filme, prendendo toda a nossa atenção. No começo do filme estava tudo certo. Eu estava gostando muito e aproveitando, até que a parte totalmente brutal começou. Um cara louco começou a perseguir um casal em um chalé abandonado e toda hora que alguém ia salvá-los, o cara matava eles! Eu comecei a me tremer de medo, sem nem conseguir controlar. Eu não sei como o Tom conseguiu rir do filme! Parecia mais louco que o próprio cara do filme!
- Como você consegue rir com isso?! - pergunto me direcionando á Tom
- É só um filme, gatinha. - diz com uma risadinha
- O cara cortou o pescoço da garota! Será que você viu mesmo?! - digo com os olhos arregalados, em choque com a cena
- Calma, está com medo? - Tom diz descendo do sofá e se sentando ao meu lado, me abraçando de lado
- Até parece... - digo revirando os olhos, com o garoto sorrindo ao meu lado
- Silêncio, meu casal! - Bill diz atento ao filme, enquanto eu e Tom nos olhávamos e logo voltávamos o olhar para a TV
- Ei... - Tom diz baixo
- Hum? - pergunto sem retirar o olhar da televisão
- Sobre aquela noite na casa do Thomas, eu sei que você não queria...Me desculpa por ter feito aquilo... - diz se separando de mim, com uma feição triste no rosto
- Tudo bem, Tom. - digo deslizando minha mão até a sua, e trazendo até meu colo, acariciando-a
- Sério? Me perdoa mesmo? - pergunta olhando para mim
- Sim, eu te perdoo. - digo sorrindo de canto enquanto volto meu olhar para o filme
O garoto logo me puxava para perto e com sua mão esquerda acariciando meu rosto, ele colava nossos lábios, me dando um beijo.
Ao decorrer do filme, nós ficamos agarrados, sem se soltar nem por um segundo. Quando eu fico com ele esqueço todos os problemas, até os que eu diria que sejam "impossíveis" de esquecer.
Ao terminar o filme, eu me levantei, dei boa noite para os garotos e me dirigi até o quarto. Quando eu estava prestes a deitar, alguém abriu a porta.
- É, Chelle? - a voz de Tom me chama
- Oi... - digo me sentando na cama
- Eu...Eu queria saber se eu...posso...
- Pode, Tom. Vem logo! - digo dando uma risada do garoto, que estava sem jeito e envergonhado, arrumando seus dreads com o dedo
- Beleza! - diz correndo até a cama, sorridente
Ele deitava ao meu lado e me puxava até seu colo, me surpreendendo.
- O que é isso? - pergunto em seu colo, enquanto o garoto apenas sorria
- Eu estava com saudades de você... - diz colocando suas mãos em minha cintura, a apertando
- Ah é? - digo me mexendo sutilmente em seu colo, fazendo o garoto observar o meu corpo
- Uhum... - diz com seu sorriso ladino, apertando minha cintura e descendo suas mãos até a minha bunda
- E porque eu deveria acreditar no que você fala? - apoio minhas mãos em seu abdômen, fazendo o mesmo se contrair
- E porque não deveria? - olha para os meus olhos
- Posso te listar mil motivos. - digo olhando para os lados
- Porque não deixa esse preconceito comigo de lado e aproveita tudo que eu posso te dar? - diz apoiando sua mão em minha nuca e a trazendo até perto de seu rosto
- Posso pensar no assunto. - digo chegando ainda mais perto, quase o beijando
Eu não menti e realmente posso deixar esses pensamentos intrusivos de lado um pouco e aproveitar... talvez eu deva fazer isso...
- Que tal pensar agora no assunto? - fala no meu ouvido, fazendo-me arrepiar por completo
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Eu e eles para sempre ~ 𝐓𝐎𝐌 𝐊𝐀𝐔𝐋𝐈𝐓𝐙
FanficMichelle Carson é uma garota de 16 anos metade americana, metade brasileira. Ela e sua melhor amiga Julie tinham uma promessa desde os 12 anos: "Quando fizermos 16 anos, teremos que ter namorados!" E assim foi feito. A grande procura pelo namorado p...