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   Desço do seu colo e pego na sua mão, levo ele até um corredor. Ele vem me seguindo e quando eu finalmente paro e olho para ele, ele da um sorriso.

   Ele vem se aproxima e coloco as mãos no seu peito impedindo o mesmo de chegar mais perto.

   — tom... — digo num sussurro. — precisamos conversar

   Ele não diz nada apenas olha nos meus olhos, fico hipnotizada. Seus olhos chega brilhavam, e aquelas luzes coloridas refletiam direto no seu rosto, e seus olhos... Aqueles olhos...

   E então finalmente ele concorda com a cabeça, sorrio de lado por sua resposta.

   — senta — digo.

   O mesmo olha para os lados á procura de um banco ou qualquer outra coisa que desse para se sentar, mas isso tudo era inútil, já que não tinha nada confortável para ele se sentar, apenas o chão.

   Vou me sentando no chão e ele me encara por alguns segundos, e logo entende o que eu queria dizer. Ele revira os olhos e me acompanha, sentando-se no chão.

   — tom — falo chamando a atenção dele — olha, se você quiser alguma coisa a mais comigo, preciso conhecer você melhor, não só o mulherengo que você é, e sim a pessoa que realmente é. Eu não quero conhecer o tom que todas as fãs conhecem, eu quero conhecer O Tom, aquele que é com o irmão, com a família. Se você quiser alguma coisa comigo tem que me mostra você realmente, assim como eu quero que você conheça A Lili,  não a Lilian. Quero que você me conheça de verdade, não oque eu mostro ser.

   Ele recupera o fôlego e abre a boca para dizer algo mas logo ele fecha a mesma novamente.

   — não precisa me dizer coisas que não se sente confortável. — falo colocando a mão no ombro dele.

   — sabe porque eu sou assim ? — ele pergunta e eu nego com a cabeça — quando eu e Bill criamos a banda, Bill era muito criticado por usar roupas femininas, quando íamos para a escola Bill sofria muito, chegou até a não ir para a escola por conta do bullying que sofria. Não sei quantas vezes já entrei em briga apenas para defender o Bill, até que quando estava tudo certo, ninguém mais brigava com Bill, ou fazia comentários maldosos, foi a minha vez... — ele abaixou a cabeça — eu sempre usei roupas largas não por conta do meu corpo, e sim porque eu me sentia confortável. Mas as pessoas não entendiam isso, e quando eu andava na rua me sentindo confortável, as pessoas iam para o outro lado da rua, com medo! Medo de mim ser um louco, eu fiquei muito, muito mal com isso. E cheguei a entra em depressão, ficava no quarto anoite enquanto todos dormiam eu ficava com os pensamentos a mil, com pensamentos do tipo, será que eu mereço tudo isso? Será que eu mereço um irmão tão bom comigo ? Porque será que eu ainda estou aqui ? E muitos outros... — seus olhos começaram a marejar — ficava no quarto sozinho com meus pensamentos negativos, no escuro, pedindo para deus me tirar dessa dor insuportável. Até que um dia Bill descobriu, e me ajudou, me ajudou como ninguém jamais conseguiria, mesmo sendo profissional para aquela área. Bill foi meu anjo da guarda, aquele que sempre esteve comigo, e logo depois os meninos também descobriram e me ajudaram também. Sou muito grato a todos eles. Mas depois que tudo acabou, eu ainda tinha esses pensamentos malucos. Até que um dia quando a banda ja estava "famosa" eu tive uma crise de Pânico no meio do corredor de uma boate, uma menina me "achou" e me ajudou, e foi aí que eu tive os pensamentos de, que se eu estivesse com alguma menina eu iria me distrair e esses pensamentos iriam ir embora da minha vida. E foi assim que eu fiquei famoso por ser mulherengo. Mas eu não penso mais assim, esse pensamento foi embora, e agora e as meninas que se jogam aos meus pés. No começo era bom, porque podia ficar com qualquer garota que eu quisesse, mas agora... Me sinto vazio, como se tudo o que já vivi não importasse mais. Não sei explicar. E sim, eu quero alguma com voce minha querida Lili Court. — ele levantou a cabeça e me olhou com os olhos brilhando — com você eu esqueci tudo o que já me aconteceu, com você eu sou eu mesmo, com você, completa todo aquele vazio que me continha, só você conseguiu fazer isso, é parece estranho, pra ser bem realista, e bem estranho, como nós conhecemos, como nós tornamos isso que somos hoje. Toda essa história e bem estranha, mas, eu não ligo, gosto desse jeito estranho que nós temos.

   Sorri com sua história, e fiquei muito feliz dele ter me contado isso.

   — minha vez — digo com um sorriso. — há um tempo atrás, eu conheci um menino, ele era da minha escola, tinha cabelos loiros, olhos claros... Enfim, ele se aproximou de mim de repente e foi estranho. Até que um dia houve uma festa na casa de uma colega minha, e eu fui. E lá estava ele, eu bebi pra caralho — solto um riso lembrando do dia — tipo muito mesmo, então pra ele foi fácil isso, era só ele me pegar e qualquer coisa que acontecer, culpa da bebida. Enfim, ficamos, e no outro dia TODO MUNDO sabia do ocorrido da festa, eu me sentia... Triste, mas confusão, não sabia que era ele que tinha contado ou se alguém tinha visto, só sei que eu e ele continuamos a nos pegar. Não tiamos nada, mas viviam nos pegando — lembro que é a mesma coisa de mim e tom, não temos nada mas vivemos nos pegando — e aí no dia que eu estava voltando pra casa eu vi... — meus olhos começaram a lacrimejando — eu vi ele com outra garota na frente da minha casa! Enquanto ele mostrava o dedo do meio pra minha janela, achando que eu estava ali, eu ira estar mas cheguei atrasada, eu fiquei muito puta e... Fui embora, não dormi em casa, dormi na casa de uma amiga minha. E no outro dia quando eu estava voltando pra casa vi ele denovo, só que agora ele estava com a cabeça baixo, com uma latinha de cerveja na mão, sentado na minha calçada. Eu tentei passar reto sem olhar pra cara dele, mas ele me viu, e falou que estava com saudades de mim e tals, e fiquei com raiva e falei tudo o que veio na mente, te tudo da noite passada, aí ele colocou a culpa na bebida. E eu ? Acreditei, pode me chamar de trouxa eu sei, mas eu tinha dependência emocional dele. E naquele momento ele me deu um beijo e eu esqueci de tudo, tudo o que já tinha acontecido. Mas não foi apenas uma vez, foi várias e sempre era culpa da bebida, sempre! Eu dia cheguei em casa e meus pais disseram que tinha dois amigos meu me esperando no quarto. Achei estranho mas fui lá, chegando vi ele e a tina, minha melhor amiga da época. Os dois estavam se pegando como se não estivesse me vendo, como se eu fosse nada. Briguei com todo eles e falei tudo o que tinha me incomodando, e ele falou uma coisa que lembro até hoje — falo levantando a cabeça e olhando nos olhos de tom — "Não chora não amor, só te trair porque os porras que você ficava nunca te traiu, e tão eu traio, pra voce parar de ser trouxa" e depois continuou o que fazia. Foi na escrivaninha do meu quarto peguei uma tesoura e cortei mais da metade do cabelo da tina.

   Respiro fundo só de lembra de tudo que já me aconteceu.

   — e o dele também, depois eu expulsei eles da minha casa. Passou um tempo e ele saiu da escola por ser muito humilhado, e eu logo em seguida por não aguentar os comentários maldosos das pessoas, e me lembro de quando nos mudamos pra essa cidade eu tive uma crise de Pânico, como se meus órgãos estivessem prendendo meu pulmão, o ar não saia, e depois eu tive duas, três, cinco, sete crises horríveis. E a cada crise que eu passava piorava. Mas hoje eu estou melhor graças a Hana, eu conheci ela na escola e ela me ajudou.

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⏰ Última atualização: May 29, 2023 ⏰

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 𝐌𝐎𝐑𝐄 𝐓𝐇𝐀𝐍 𝐅𝐑𝐈𝐄𝐍𝐃𝐒 | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora