Em busca dos seres místicos

Único

Donello é um rei egoísta, que governa o reino de zabatair, este rei não conseguiu se casar pois nenhuma mulher queria ficar ao lado de sua insanidade.

Seu passatempo preferido é colecionar seres místicos que moram aos arredores do seu reino e até mesmo no mar, sua vasta coleção vai desde Pequenas fadas a unicórnios de crina dourada.

Ninguém nunca o perguntou o que de fato ele queria com estes seres, pois o mesmo havia dito "aqueles que se opuserem a mim, terão suas cabeças penduradas na praça da cidade."

Certo dia, Donello decidiu reunir todos os pescadores do reino, os dando a ordem de capturar todas as sereias e tritões dos sete mares, para seu "aquário" inclusive, eram as últimas espécimes que estavam faltando em sua coleção.

Josué, um pescador de 30 anos de idade, pegou seu velho barco a remo, levou algumas coisas para comer e água para beber e se colocou em alto mar, remou por horas a fio atrás dos Tais seres metade humano, metade peixe, que até então são apenas lenda por ninguém tê-los visto.

O sol já estava quase se pondo, quando Josué decide descansar um pouco, ele ouviu alguns barulhos na água então decidiu olhar, viu rapidamente o que mais lhe chamou a atenção, um lindo par de olhos roxos claro na água.

—É uma sereia! Eu tenho certeza que é! —Um enorme sorriso surgiu em seu rosto e ele ficou em silêncio para que o ser voltasse a aparecer.

Josué esperou pacientemente, por muito tempo mesmo, tanto que assim que fechou os olhos para tirar um cochilo, ouviu algumas bolhas estourando no mar e logo voltou a ficar alerta, o ser que havia visto antes agora estava com sua metade humana para fora d'água e estava o encarando.

Ele não perdeu tempo, pegou sua rede o mais rápido que pode e capturou o que ele achou que era uma sereia.

—Peguei você! sereia feia, agora eu terei o que comer por um bom tempo —Josué estava cada vez mais contente por ter capturado "a sereia"

Ele olhou bem para o ser, colocou sua lamparina bem perto do rosto daquele ser, percebeu que não se tratava de uma sereia e sim de um tritão, mas que diferença fazia? para ele nenhuma.

Passou um tempo, o Tritão começou a fazer um barulho esquisito e seus olhos se encheram de água, Josué entendeu que aquilo era algo parecido com chorar, mas não sabia afirmar com certeza.

—Oh coisa medonha, para de choramingar, você consegue me entender? coisa horrorosa.

— horro… horrorosa? —O tritão repetiu o que ele disse.

— é o que você é, consegue entender o que eu estou falando? — ele ficou encarando o Tritão ainda segurando a lamparina.

—Um pouco —O Tritão inclinou um pouco a cabeça pois estava tentando entender o que estava acontecendo.

— Ótimo, onde tem mais de você? É melhor me dizer antes que eu corte você em dois.

—Eu me perdi, eu não sei, me solta dessa coisa eu preciso de água, eu não quero ficar aqui— ele voltou a fazer o barulho esquisito e juntamente do que seriam suas lágrimas.

— Se continuar com esse barulho irritante eu vou pegar essa adaga e limpar suas escamas e vai por mim, vai doer bastante — ele começou a remar de volta para a terra firme, porém iria levar horas até conseguir retornar.

—Não me machuque… eu, eu tenho poderes que ninguém tem! eu posso te dar o que você quiser!

— consegue fazer uma pilha de moedas de ouro aparecer na minha frente? Caso contrário cale a boca, preciso de concentração— Josué estava fazendo bastante força para remar, pois o barco agora estava bem mais pesado.