Capítulo 25

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Terminei meu banho e coloquei uma roupa confortável, peguei um pouco de Whisky e sentei na varanda do meu quarto, olhando os pássaros voando no céu. Fiquei ali por um tempo pensando e decidi tentar falar com Catherine. Sai do meu quarto e desci as escadas amarrando meus cabelos em um coque, meu pai estava arrumado e preparado para sair de casa:

- Onde o senhor está indo?

Ele se virou de frente de para mim arrumando a sua gravata do terno:

- Preciso resolver alguns assuntos importantes e ficarei em um hotel essa noite, voltarei amanhã pela tarde. Fique bem!

Ele se aproximou me deu um abraço e deixou um beijo em minha testa:

- Está bem pai, se cuida!

Ele saiu de casa e eu me sentei no sofá, o que eu faço? Chamo ela para sair ou convido para vir aqui? Resolver assuntos por telefone é um pouco complicado. Escutei o carro saindo da garagem então peguei meu celular e liguei para ela:

- Alô, quem é?

Só agora lembrei que a primeira vez que liguei pra ela foi pelo telefone da boate:

- É a S/n!

- Olá S/n, a minha está tomando banho agora!

- Está bem eu ligo depois, obrigada Carys!

- Espere um momento, o que quer falar com a minha mãe?

Ela falou em um tom provocativo me fazendo rir um pouco da pergunta:

- Porque você está rindo S/n?

- Achei engraçado a maneira que falou. Eu queria tentar resolver as coisas com a sua mãe, da última vez que nos vimos não conseguimos conversar direito.

- Entendo, você estava bêbada não é?

- Como sabe? Pensei que você estivesse dormindo a hora que liguei para ela, era madrugada.

- Eu acordei com o telefone, perguntei a minha mãe o que havia acontecido e ela me contou.

- Certo, não beba garota!

- Está bem, minha mãe saiu do banheiro vou passar pra ela o telefone, tchau S/n!

- Tchau Carys.

Ela passou o telefone para Catherine e eu me deitei de barriga pra cima no sofá, de forma confortável e relaxada:

- Olá S/n, está melhor?

- Olá Catherine, estou melhor e você está bem?

- Que bom, eu estou bem também!

- Ótimo, você está ocupada agora?

- Não estou, porque?

Eu me senti rapidamente no sofá, por algum motivo fiquei feliz e tensa ao mesmo tempo com a resposta:

- Eu queria conversar com você sobre essa madrugada, se quiser podemos sair pra algum lugar ou você pode vir aqui em casa.

- Eu acredito que se tivéssemos privacidade seria melhor, se não tiver problemas eu vou aí na sua casa.

- Sim, não tem problema nenhum, pode vir.

Antes de desligar passei o meu endereço pra ela, coloquei uma roupa mais formal e pedi pizza pra nós. Esperei quinze minutos e a campainha tocou, fui até a porta e abri, era Catherine, o tempo parecia ter parado enquanto eu admirava ela em minha frente:

- Wow... entra e fica a vontade, as pizzas já devem estar chegando.

- O seu pai vai jantar com a gente?

- Não, ele saiu pra resolver algumas coisas. Vamos pra sala de estar?

Ela assentiu com a cabeça e me seguiu até a sala, Catherine se sentou ao meu lado no sofá: 

- Quer algo pra beber? Um vinho ou Whisky?

- Vinho por favor!

Me levantei indo até a adega pegar um vinho, mas eu estava pensando em como começar o assunto, não tinha ideia de como iniciar essa conversa com ela. Quando voltei com o vinho escutei a campainha tocar:

- Deve ser o entregador, eu já volto.

Avisei a mulher e fui atender a porta, peguei a pizza e paguei o entregador. Voltei para sala, coloquei a caixa sobre a mesa de centro e começamos comer enquanto bebiamos em silêncio, mas que logo foi quebrado por mim:

- Bom, eu te chamei aqui pra conversarmos sobre essa madrugada, porque meu tio não deixava eu e nem você falar em momento algum.

- Ele parecia preocupado com o que você iria falar, talvez porque não estivesse sóbria.

- É... você sabe bem que se eu beber demais, eu falo demais.

Nós duas rimos e Catherine se encostou no sofá com a taça de vinho na mão:

- Acredito que o pior já passou S/n.

- Eu queria acreditar nisso, mas é meio complicado sabe?

- Definitivamente eu não sei, porque o seu pai já sabe o que aconteceu e está do nosso lado, e olha que nós temíamos dele ser contra.

- Mesmo que ele fosse contra eu poderia sair daqui. Mas a máfia é complicada, sem contar essas brigas por territórios, drogas e várias outras coisas que eu não sei ainda. Quero dizer que corremos perigo por causa disso, e não há nada que possamos fazer.

- Perigo sempre corremos, até mesmo na minha profissão que é basicamente só atuar, ando com seguranças por causa de alguns paparazzis que são loucos.

- Compreendo, mas o que eu fiz foi loucura também.

Catherine pegou a taça da minha mão e deixou sobre a mesa junto com a dela, sentando mais próxima de mim:

- Foi loucura? Foi, mas mesmo assim você não fez mal para mim e me deu a opção de sair da "prisão domiciliar".

- Eu jamais faria mal a você, só não quero que corra perigo por minha causa novamente.

- Estou disposta a entrar na linha de fogo por você.

Eu não conseguia mais me segurar, estávamos muito próximas uma da outra e eu precisava sentir novamente o toque dos seus lábios nos meus, coloquei minha mão na sua cintura e aproximei o meu rosto do seu acabando com a distância que restava, ela colocou uma de suas mãos na minha mandíbula tendo o controle do beijo. Um beijo com gosto de vinho e saudades ao mesmo tempo, puxei Catherine para o meu colo igual ao nosso primeiro beijo, ela colocou seus braços em meus ombros e eu agarrei mais ainda a cintura da bela mulher em cima de mim, logo a falta de ar se fez presente e finalizamos o beijo com alguns selinhos. Afastei o meu rosto do dela e a olhei, eu estava com um sorriso bobo no rosto e deslumbrada com o que tinha acabado de acontecer:

- Eu te amo Catherine, eu quero casar com você e ir embora dessa cidade e adotar três gatinhos pra cuidar.

- Eu também te amo S/n, e sim podemos nos casar, ir embora e adotar quantos gatinhos quiser. Mas uma pergunta, você já recuperou a sua memória ou nem perdeu ela?

- É... eu não perdi, quis afastar você de mim para não te prejudicar de nenhuma forma.

- Você não irá me prejudicar de nenhuma forma.

Ela me deu um selinho demorado, e desceu do meu colo se sentando ao meu lado novamente:

- Seu pai vai voltar que horas? Porque eu preciso voltar ao hotel.

- Relaxa, ele vai dormir fora, se quiser pode dormir aqui hoje.

- Mas e a Carys?

- Verdade, faça o que achar melhor para vocês duas.

- Ok, eu irei avisá-la que dormirei aqui.

- Está bem, vou organizar essas coisas, fique a vontade.

Me levantei com um sorriso enorme no rosto, estou muito feliz que conseguimos nos resolver.

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