Capítulo 12

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  Descobri que S/n é o tipo de pessoa que quando bebe começa falar a verdade das coisas, contar os segredos mais obscuros de si mesma:

- O que você quer me contar S/n?

- Eu quero pedir desculpas primeiramente, não quero que você fique brava comigo!

- Porque tudo isso? Não estou entendendo!

- Eu fiz algo horrível, eu estou por trás de todo o nosso sequestro, eu fiz tudo isso para ficar com você! E consegui não é?

- Eu não estou acreditando. Se você tinha conseguido, acabou de perder! Como você foi capaz de fazer tudo isso? Ainda tem cicatrizes nas suas costas porque apanhou!

Ela estava com o olho pesado e um sorriso cínico estampado em seu rosto, com a taça na mão direita e pernas cruzadas:

- Eu fiz isso para ter você ao meu lado, como agora eu tenho. Eu deixei me baterem para parecer real!

- Não, não estamos mais juntas, o que tínhamos acabou, você é uma maluca!

Ela desmanchou seu sorriso cínico e largou a taça em uma mesa ao seu lado, levantou-se e veio em minha direção, segurou minha cintura com as suas mãos e olhou nos meus olhos:

- Me desculpe por isso, tem todo o direito de querer me matar enquanto durmo... mas precisa de mim para ir embora daqui!

Deixou um beijo em minha testa e foi para o quarto se apoiando nos móveis por estar bêbada e eu fui para o meu quarto, tomei um banho enquanto escorria algumas lágrimas em meu rosto junto da água, eu fiquei arrasada porque confiei nela nesse tempo que ficamos aqui, me entreguei à ela e me permiti sentir algo, e senti, mas o tempo que durou foi bom, 3 dias que ficamos aqui pude esquecer da vida lá fora por alguns momentos que tive ao lado dela, mas estava na hora de voltar à minha rotina e superar o que tivemos! Me vesti e fui deitar, pensando no que iria fazer e como iria embora, eu nem sabia onde estávamos.
  Estou arrasada, pensei que podia confiar nela e ficarmos juntas, eu sentia algo por ela e não é como se fosse se apagar de um dia para o outro.
  Me levantei eu fui até o quarto dela bati na porta e escutei a sua voz abafada e quase sã:

- Entra!

Abri a porta e fiquei parada ali mesmo, S/n estava sentada no chão abraçando as suas pernas, ela havia chorado, estava com os olhos vermelhos:

- Não está com raiva de mim?

- Ainda pergunta?

- Me desculpe. Amanhã te levo para casa!

- Quer que eu vá?

Ela se levantou e ficou no lugar, olhou para mim com os olhos cheio de lágrimas:

- Não sei se vai querer ficar aqui sabendo disso!

- Tem razão, não vou ficar aqui, mas não farei nenhum B.O, porque me deixou escolher entre ir ou ficar aqui e eu recordo de escolher ficar!

Ela tirou os sapatos e se deitou na cama:

- Se não se importar irei dormir, estou com uma dor de cabeça insuportável e se quiser pode se deitar aqui também!

- Obrigada pelo convite, mas não vou me deitar com você, sei bem o que quer!

S/n deu uma risada alta:

- Não quero nada... você quer?

- Não, muito obrigada, irei dormir!

Saí do seu quarto e fui em direção ao meu e adormeci. Sei que não preciso ter medo dela, mas talvez um pouco de cautela.

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