Capítulo 10

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* POV: Catherine *

Eu gosto de aventuras mas não sei se estou pronta para me aventurar em um relacionamento, e com uma pessoa que conheci em meio à um sequestro. Mas confesso que não esperava sentir algo por ela e até mesmo deixar que me tocasse daquela maneira ontem, eu não poderia esconder meus sentimentos:

- Eu acho uma boa idéia, mas as vezes sou um pouco complicada e egocêntrica!

- Fico feliz com sua resposta... e também sou um pouco egocêntrica.

Ela se levantou e deu a volta na mesa ficando atrás de mim, se inclinou e deixou um beijo em minha bochecha saindo logo em seguida:

- Vou lavar as louças do café e poderemos relaxar!

- Eu seco.

Enquanto fazíamos isso ficamos em completo silêncio, mas um silêncio confortável e prazeroso. Agora que estávamos mais íntimas e em um ambiente confortável entre nós, eu e ela poderíamos conversar sobre os sequestradores e teorizar porque queriam a gente:

- Você acha que consegue conversar sobre o sequestro?

- Acho que consigo.

Fomos até o sofá, S/n se sentou e eu me sentei ao seu lado apoiando minha cabeça em seu ombro e ela colocou sua mão direita sobre a minha coxa:

- Você acha que teve algum motivo específico para terem feito isso?

- Acredito que sim, mas eu fui levada para não contar nada a ninguém, eles queriam só você!

Ela estava mais séria que o normal e um pouco nervosa, eu não queria pressiona-la mas precisávamos discutir sobre isso:

- Será que eles queriam dinheiro ou era algo relacionado ao Michael? Ele não se envolvia com pessoas boas o tempo todo!

- Acho que não fizeram isso para atingir Michael, talvez quisessem dinheiro ou algo que só você proporcionaria a quem quer que fosse : a fama.

Concordo em partes, se quisessem atingir Michael teriam saqueado a casa e ido atrás dele e não de mim:

- Você ou seu pai são próximos de Michael? Sabem se ele se envolvia com pessoas muito ruins?

- Meu pai e ele são bem próximos, ele me contou uma vez que Michael participou de uma reunião sobre tráfico de pessoas, mas ele não negociou nada com ninguém!

Se isso realmente for verdade, o pai de S/n poderia estar mentindo para ela e dizendo que ele não negociou nada, afinal ela não estava junto. Eu poderia ter sido "vendida" :

- Você sabe que isso pode ser mentira? Se eles são tão próximos irão defender um ao outro!

- Provavelmente é, mas não tenho como provar nada!

De repente escutamos um carro chegar e a campainha tocar, S/n foi atender e me mandou ficar ali. Quando ela abriu a porta um homem entrou parecendo um furacão raivoso, gritando e insultando ela de várias maneiras:

- Você é maluca ou finge? Idiota, porque você está com ela aqui?

Ele apontou seu dedo para mim e olhou na minha direção, então pude reconhecer, era o pai S/n que havia nos encontrado.

- O que você queria que eu fizesse? Que eu a deixasse lá e fugisse sozinha? Você nem sabe direito o que aconteceu!

- Não, eu não sei e nem ligo, mas Michael está desesperado atrás dela e ela está aqui, presa com você!

- Eu não estou prendendo ela, apenas a trouxe aqui porque é mais seguro que lá!

- Não importa, está na hora de voltar!

Ele disse se aproximando de mim e segurou em meu braço me puxando para sairmos, S/n o impediu de sair, empurrou ele contra a porta e puxou a arma que o homem tinha presa na cinta:

- Você entra na minha casa achando que manda em tudo e todos e acha que eu irei aceitar tudo? É claro que não! Não é sua vida que está em risco. E não será nem eu e nem você que irá decidir se ela fica aqui ou não!

Ela estava com a arma apontada para a cabeça do homem que estava assustado, me aproximei cautelosamente e disse:

- Irei ficar aqui mais alguns dias, depois decido o que farei!

- Ouviu papai? Ótimo, foi bom te ver também!

Ela disse abaixando a arma e se afastando do homem que saiu sem falar mais nada.

Amor Mafioso!Onde histórias criam vida. Descubra agora