Quando a conheci...

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— Papai, - gritou Ana Maria - seu telefone está tocando.

Me levantei da mesa onde estava trabalhando na edição de um vídeo no estúdio e fui até a sala onde meu celular estava carregando. Minha filha estava assistindo desenho animado e comendo a pipoca que eu tinha preparado para ela. Ela tinha 4 anos, mas às vezes parecia uma pré-adolescente.

— Alô... - atendi ao telefone.

— Por favor, gostaria de falar com Henrique Silva. - disse a voz do outro lado.

— Sim, sou eu mesmo.

— Oi Henrique, tudo bem? Eu sou a Carol, nos conhecemos no churrasco na casa do meu primo uns quinze dias atrás, se lembra de mim?

— Ah, me lembro sim! Oi Carol, tudo bem? - fiquei meio intrigado com a ligação dela.

— Bom... você deve estar se perguntando porque estou te ligando né? - perguntou ela rindo - Henrique, peguei seu telefone com meu primo.

— Ah entendi! - eu disse ainda não entendendo.

— Então Henrique, lembra que comentei com você que trabalho em uma agência de publicidade? Estamos com um projeto novo para uma campanha publicitária enorme e o seu perfil físico se encaixa no que o cliente está procurando para participar da campanha.

— Sei... - disse ainda meio intrigado.

— Gostaria de saber se você tem interesse em vir até aqui na agência amanhã para fazer um teste de fotogenia.

— Teste de fotogenia? - perguntei curioso.

— Sim, Henrique. É um teste onde você vai fazer algumas fotos e a equipe de arte junto com a diretora da conta e o cliente vão avaliar se você pode ou não fazer parte da campanha.

— Ah legal...

— Olha, não sei os detalhes do cachê ainda, mas sei que é um valor muito bom e quando vi o briefing da campanha com o perfil dos modelos que eles querem, você veio na minha cabeça no mesmo momento. Você tem grandes chances de ser aprovado, pois tem exatamente o perfil que eles procuram.

— Sério? Poxa que legal Carol, obrigado por pensar em mim.

— Imagina Henrique, e vou te falar em off aqui viu, a nossa diretora de contas já gostou muito do seu perfil quando te viu.

— Ué Carol, mas ela já me viu? - perguntei sem entender.

Carol riu:

— Viu sim, Henrique, eu mostrei os vídeos do seu canal na internet e achamos algumas fotos de suas redes sociais. Ela gostou bastante de você. Se a decisão fosse somente dela, você já estaria dentro.

Ao ouvir isto, fiquei empolgado. Não sabia nem se seria aprovado, mas a primeira coisa que me veio à cabeça era a reforma do estúdio, a compra de novos equipamentos para filmagens dos vídeos e quem sabe a entrada para um carro.

— Poxa Carol, eu te agradeço muito. Eu estarei aí sim, claro. Que horas?

— Ah, pode chegar por volta das 10 h e me procure.

— Certo Carol, muito obrigado!

Anotei o endereço da agência e me surpreendi. Tratava-se nada mais nada menos do que a Leoni Comunicações. Já tinha lido muito na internet sobre ela e conhecia muitas campanhas veiculadas por esta agência. O dono era muito conhecido no meio, Doutor Antonio Leoni. Fiquei empolgado com esta possibilidade, mas não queria colocar o carro na frente dos bois. Eu iria à agência no dia seguinte e torcendo para dar tudo certo.

Falei com minha mãe, no café da tarde na casa dela sobre esta oportunidade de trabalho e ela como sempre muito desconfiada.

— Filho, tome cuidado! Você se lembra daquela agência que você foi ano passado e eles queriam que você pagasse todo o material fotográfico para fazer parte do... como é o nome mesmo filho... me esqueci.

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⏰ Última atualização: May 21, 2023 ⏰

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