Os pensamentos de Lúcia.

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Durante todo o caminho até o Palácio, Diana não ousou olhar para Lúcia. Não só por medo de suas reprovações, mas também porque ela estava imersa em seus pensamentos. Ela não entendia por que o imperador queria vê-la novamente.

Será que vai agir muito rápido ?

Eu não deveria ter encontrado Lúcia tão rápido ?

Eu deveria tê-lo feito esperar ?

Quem poderia imaginar que ele havia enviado tantos soldados atrás dela.

Enquanto Diana imaginava o pior cenário, Lúcia continuou olhando para a filha.

Sara era uma menina diante de seus olhos. Ela tinha 15 anos, mas qualquer um que a comparasse com alguém de sua idade poderia jurar que ela não tinha mais de 12 anos. Ela ainda não havia menstruado.

Enquanto suspirava, ela não sabia se deveria agradecer por sua filha ter começado tarde ou se preocupar com esse fato.

Lúcia consolou-se com o pensamento de que, pelo jeito de Sara, pelo seu corpo e personalidade, não seria atraente para o futuro imperador.

Mas e se ele voltar sua atenção para Michael ?

Quando ela olhava para o filho, ela mesma conseguia reconhecer por que as pessoas se sentiam hipnotizadas por ele.

Ele tinha uma personalidade humilde, era alegre sem chegar aos extremos de ser muito extrovertido, era reservado, mas não o suficiente para ser chamado de tímido. Pode não ser muito masculino aos olhos dos outros, mas era um homem sem culpa.

Como o pai estava ausente de casa, Michael ajudou a mãe do nascer ao pôr do sol. Para ela e sua filha Sara, Michael era o homem perfeito.

Sonhava em vê-lo casado e com vários filhos lindos.

(Sakura : Eu tô torcendo para eles terem muitos filhos kkkkkk.)

Mas, só de pensar que a atenção do próximo imperador poderia mudar de Sara para Michael, também não a deixava em paz.

Não, isso não pode ser. Ela negou mecanicamente em seus pensamentos.

Dominic era conhecido em todo o Império como um amante inveterado.

Em vários eventos sociais, ele rejeitou abertamente a homossexualidade.

E sua história com os escravos, era amplamente conhecida em todo o Império. Embora hoje fosse mais um mito, ninguém se atreveu a refutar que realmente não havia acontecido.

Depois de várias horas, foi Michael quem quebrou o silêncio na carruagem.

"Mãe, por que deveríamos ir ao Palácio ?"

"Michael ..."

Lúcia, que se recusou a responder, mordeu lentamente os lábios e pousou o olhar nas palmas das mãos.

"Mãe." Sara disse.

"Não sei." Lúcia respondeu por insistência de ambos.

Diana, que também virou a cabeça com a pergunta, ficou surpresa quando Lúcia olhou em seus olhos. Ela entendeu muito bem o que aquele olhar significava.

Ela não queria que ela falasse.

Para Diana, o silêncio de Lúcia era estúpido, ela considerava que a melhor solução era prepará-los para o que estava por vir.

Qual é o sentido de viver em uma mentira por alguns dias ?

No final da viagem, terão de dizer adeus.

Não era melhor ir preparando eles ?

Dizer o último adeus.

Os pensamentos de Diana eram cínicos. Mas ao mesmo tempo muito real. Tanto para ela, que havia mentido para o imperador, quanto para Sara, o destino já havia sido escolhido.

Pensando nisso, uma lágrima rolou por sua bochecha.

Pobre de mim !

Suspirei.

Lúcia, que nunca viu a irmã chorar, não pôde simpatizar com sua perda.

Ela queria acreditar que ainda havia uma saída.

"E se sim, eu me ofereço como concubina ?" Esse pensamento de repente passou por sua cabeça.

Não precisava ser Sara.

Deve ser apenas uma mulher da família Paterson.

O pensamento fez seu coração bater de emoção.

Achei que de fato uma mulher experiente seria melhor do que uma menina.

Farei isso !

Depois de encontrar uma saída para a situação, exorto Michael e Sara a dormir. Ainda faltavam 2 viagens, então eles tiveram que descansar.

"Não se preocupem, descansem. Veremos o que o imperador quer."

Ambos assentiram e, de braços dados, adormeceram.

Depois do que foi dito, Diana virou a cabeça contra a janela e fingiu dormir.

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