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Maria Clara

João estava pela manhã de um lindo domingo ouvindo sua música no último volume, aquilo não era amor pela arte e sim amor pela perturbação e paz mundial

-- não faça eu quebrar essa porta e te enfiar a porrada -- eu já estava irritada, ninguém merece acordar cedo em um domingo.

-- isso eu duvido -- João gritou e isso fez eu ficar com um ódio tão grande que dei um chute tão forte naquela porta que quando foi aberta nem ele acreditou -- você é maluca garota?

-- você ainda não viu nem a metade -- ele revira os olhos alisando sua porta -- cara você tem algum sério problema? O que é que passa nessa merda de cabeça, tu viu a hora? -- disse já revoltada mas tentando manter o sono

-- antes de qualquer coisa queridinha, vá arrumar essa tua juba de leão que eu nem consigo te achar assim -- João diz cruzando os braços e me olhando com deboche, bufei com ódio e mandei o dedo do meio

-- vai a merda seu otario! -- bati a porta do meu quarto e me joguei na cama. Odiava o fato dele fazer isso de propósito.

Ao passar alguns minutos daquela barulheira insana meu pai resolveu intervir, finalmente, e parar aquele caos só assim conseguindo pegar no sono novamente.

{...}

-- CLARINHA -- levanto no susto com minha irmã mais nova, Alana quebrando a porta e vou correndo abrir

-- garota você tá doida? Me deu maior susto -- falo sentindo meu coração acelerado

-- minha filha já é de tarde e precisamos sair um pouco -- ela disse empolgada e eu dei as costas deixando a porta aberta e me joguei na cama

Ela tinha uma péssima mania de me acordar, aí eu estrangulo alguém e ainda saiu como errada

-- não faça essa crueldade comigo, amanhã voltamos a estudar e só tenho hoje para aproveitar minha linda caminha -- digo abraçando e beijando minha cama e ela rir se jogando encima de mim

-- O pessoal tá voltando das férias queria rever meus amigos e só posso com você -- Alana diz fazendo biquinho

-- vai ver geral amanhã, vai ser a mesma cara de sempre -- falo me sentando de frente a mesma.

Povo feio e ainda sou obrigada a ver no meu lindo fim de semana? Tô fora

-- tu sabe que não é a mesma coisa -- Alana olha para o chão, soltei um gemido de cansaço mas no final eu concordei.

Ela sempre me convence

Essa peste

-- coisa chata!! Vai se arrumar que eu já vou - ela levantou toda empolgada e saiu correndo mas voltou como se esquecesse de avisar algo

-- afinal, o Rodrigo já voltou de viagem e já esta aqui em casa -- alana diz rindo e eu fingir passar uma faca no meu pescoço ao ouvir o nome do melhor amigo do meu irmão insuportável -- seja legal com o Digo, ele é muito gente boa.

-- estamos falando da mesma pessoa? -- falo sem ânimo ela sorrir e sai andando


Rodrigo era a definição da implicância e da babaquice, o conheço desde que me conheço por gente e posso dizer com total autonomia

Aqueles olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora