Noites após noite, você costuma ser perturbado com sonhos estranhos, com um completo desconhecido. Você não consegue se lembrar de já ter visto aquele garoto em algum lugar, mas ele sempre voltara, noite após noite, apenas para conversar, te mimar e...
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Aquela era minha casa. O meu quarto. A minha cama.
Eu estava na cama aos beijos com um garoto, que aparentava ter minha idade. Ele estava por cima de meu corpo, movendo suas mãos por minha cintura, não se contendo em apertar essa região sensível para mim.
Meus braços estavam em volta de seus ombros e meus olhos se mantinham fechados enquanto seus lábios se apertavam nos meus, nossas línguas dançavam em perfeita sincronia explorando cada canto da boca um do outro. Se é que isso ainda fosse possível.
O contato foi quebrado quando senti o ar faltando em meus pulmões, ele se afastou e pude novamente ver seu rosto. Aquele mesmo sorriso calmo em seus lábios, sempre o mesmo sorriso. Os cabelos loiros balançavam levemente por conta do vendo que adentrava meu quarto pela janela, porém alguns de seus fios estavam grudados em sua testa pelo suor. E por fim sua característica mais marcante, seus belos olhos azuis celeste, pode ser uma característica não marcante para alguns, já que existe muitos com o mesmo tom no olho, porém o meu garoto possuí um diferencial, pois em seu olho direito contém uma estrela branca de seis pontas.
Céus, como é lindo. De longe ele é o garoto mais bonito que já vi e tive a chance de desfrutar, seus lábios são macios e seu beijo maravilhoso, além de sua pegada, que por Deus, é capaz de me levar a loucura em poucos segundos.
Assim que o loiro se afastou ele deitou ao meu lado e me puxou para que deitasse minha cabeça em seu peito, passando a fazer um leve carinho em meus fios, oque era capaz de me relaxar em segundos. Ele acariciava minha cintura com a mão disponível e sussurrava palavras de amor em meu ouvido.
Ele demonstrava me amar tanto, mas eu nem se quer sabia seu nome. E para mim o motivo era óbvio.
?? - Meu amor, como foi o seu dia hoje? - Ele pressionou os dedos em minha cintura, a fim de chamar minha atenção.
- Foi agradável eu diria, as aulas foram de toda a forma cansativas, mas produtivas. E eu acabei tendo uma desavença com um colega do trabalho... - Com meu dedo indicador passei a fazer desenhos imaginários em seu tronco.
Escutei a risada agradável de meu parceiro e senti o mesmo fazer um gesto de negação com a cabeça.
?? - Você é novo para ficar arrumando desavenças no local de trabalho, mas ficou tudo bem depois? Foi além de uma simples discussão? - Ele aparentava realmente estar preocupado com a possibilidade de ter acontecido algum tipo de agressão.
Eu neguei com a cabeça e levantei um pouco o rosto, olhando para seus olhos, esses que me prendiam de maneira inexplicável.
- Nossos agentes nos puxaram um para longe do outro antes que evoluísse para outro patamar. Mas eu queria bater nele! - Apertei os punhos revivendo a raiva que senti no momento.
