33| Meu vilão favorito

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    Louise estava a alguns metros de nós, eu estava com Lily em meu colo, a pequena parecia fascinada em tudo nesse lugar

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Louise estava a alguns metros de nós, eu estava com Lily em meu colo, a pequena parecia fascinada em tudo nesse lugar. Louise disse que tinha algo de muito importante para fazer no autódromo da Fórmula 1, mas como Lily queria sair em família todos concordamos em passar aqui primeiro antes de irmos fazer o passeio em família.

— Papai, estava pensando — Lily diz chamando a minha atenção — Será que eu posso correr um dia? — Dou um sorriso para ela.

  Beijo a sua cabeça.

— Claro que pode, você pode fazer o que quiser — Beijo a sua bochecha — Saiba que nada nesse mundo é proibido para você, Lily Volkov-Park, mesmo que digam ao contrário, você vai lá e faz mesmo assim. E se não, eu sempre vou estar lá. 

— Vai sempre me salvar quando precisar? — Dou um sorriso para ela.

— Eu estou criando você para ser uma mulher forte e independente, para que não precise de ninguém, mas sempre vou está lá para você, meu amor — Seus olhos azuis cristalinos se prendem nos meus — Lembre-se do que disse para mim, você não precisa de um príncipe para lhe salvar.

— Mas para o senhor eu abro uma exceção. — Diz alegre, seus olhos azuis brilham em minha direção.

  Respiro fundo, Lily não sabia que eu era um monstro, mas não para ela, já que pela minha filha eu destruiria o mundo se precisasse, Lily é a coisa mais preciosa do meu mundo, e nada nem ninguém nunca pode mudar esse fato.

  Então para ela, eu seja o príncipe, mas para o resto mundo, eu seja o vilão.

— Não sou um príncipe, querida — Minha resposta foi fria, ela poderia não entender agora, mas talvez um dia.

  Mas eu realmente espero que esse dia não chegue tão cedo, não queria destruir a forma como ela me via. Só de pensar na tristeza e decepção em seus olhos, algo em mim se quebra. Lily é a única que eu não aguentaria ver que eu decepcionei.

— O que você é então? — A pequena cruza os braços.

— Talvez um vilão — Respondo sem muita certeza de qual seria a sua reação.

   Ela juntou as sobrancelhas, ela não estava feliz com essa constatação.

— Mas, o senhor não é um vilão para mim — Declarou e um pequeno bico aparece em seus lábios.

  Assim eu espero que continue, sem que eu seja o seu vilão.

— Podemos mudar as histórias — Ela constata, e eu franzi meu cenho para ela — Em vez de ter um príncipe, podemos ter a filha do vilão que se salva sozinha. — Ela diz com inocência, e eu beijo sua cabeça.

  Dou risada de leve mas concordo com a cabeça.

— Eu amo você, papai. Nada pode mudar isso, seja você vilão ou não. — Lily anuncia, e eu abraço ela.

𝙰𝚕𝚕 𝙻𝙸𝙴Onde histórias criam vida. Descubra agora