34| Louca

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 Assim que eu estacionei o carro na garagem subterrânea do shopping, observei uma van atrás de mim, sem placa mas tinha algo que me chamou atenção, o pequeno falcão pendurado no retrovisor, olhei para o volante, peguei meu celular e joguei dentro ...

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Assim que eu estacionei o carro na garagem subterrânea do shopping, observei uma van atrás de mim, sem placa mas tinha algo que me chamou atenção, o pequeno falcão pendurado no retrovisor, olhei para o volante, peguei meu celular e joguei dentro da bolsa que estava no banco do passageiro.

  Abro a porta do carro e saio dele, antes que eu possa trancar ele de novo, uma mão põe um pano entre a minha boca e nariz, o cheiro era reconhecível, clorofórmio, respiro um pouco fundo e deixou que a minha mente se apagasse por alguns segundos.

  Não demora muito para que eu volte a ter consciência, tinha feito diversos treinamentos para tudo que vinhesse a conhecer comigo. Abro meus olhos vendo o capuz preto que jogaram por cima da minha cabeça, sinto que ainda estou em um carro em movimento.

  Minha cabeça doi, e eu aperto meus olhos, odiava esses encontros, sem falar no meu nariz que estava ardendo por causa da merda desse clorofórmio. Realmente uma equipe muito habilidosa para me sequestrar, em um estacionamento de shopping, uma ideia de gênio eu diria.

   Assim que a van para, eu sou puxada de dentro dela, minhas mãos estavam atadas com abraçadeiras de nylon, me lembraria que matar quem decidiu que me prender dessa forma era uma ótima ideia.

  A pessoa parou de me puxar, então o capuz é arrancado do meu rosto, me dando uma visão clara de onde eu estou, respiro fundo o cheiro de café e pólvora chega às minhas narinas, olho para as paredes brancas me lembrando de algumas coisas.

  Dou um sorriso cruel para o homem à minha frente, ele tira um canivete do bolso, então ele cortou o que prende as minhas mãos soltando elas,  puxo elas e volta para mim, passando a mão de leve onde estava preso.

  Meus pulsos estão vermelhos. Olho para o homem e em um único movimento rápido, eu pego o canivete das mãos dele, o homem arregala os olhos e me encara em choque e com certo medo.

— Me prendam de novo assim — Aproximo a faca da sua jugular — Que eu farei você sangrar até a morte, acredite, não é a forma mais prazerosa de morrer — O homem me encara de volta, ele parecia não saber se eu realmente faria isso ou não.

  Passo a faca pela sua garganta de leve, e ele engole em seco, com medo.

— Ela faria, acredite — Uma voz diz atrás de mim, jogo o canivete direto no batente de madeira da porta, onde ele se prende, me viro para trás vendo quem havia falado comigo.

  Eu já conhecia a voz.

— Que bom que chegou, espero que tenha apreciado a viagem — Carl diz, o homem de 1,80 e cabelos loiros me encarando — Já estava preocupado, achando que mudou de lado.

  Reviro os olhos.

  Carl não confiava em mim, não poderia dizer que dei motivos para ele confiar, pelo contrário, eu sempre fiz o que eu deveria, mas do jeito que eu queria, e bom, isso para o chefe da divisão era inaceitável.

𝙰𝚕𝚕 𝙻𝙸𝙴Onde histórias criam vida. Descubra agora