O casaco de Couro

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Despertei de um sono profundo pela madrugada,meus livros estavam sob a mesa,a lareira estava acesa,meu corpo completamente despido em cima da cama,estava deitada de bruços e um casaco de couro me aquecia.

_- O que diabos aconteceu?

Ergo um pouco a cabeça para alcançar alguns comprimentos do quarto.

_- Este perfume

Puxo o ar e sento-me na cama.

_- Ele esteve aqui ou eu enlouqueci? Não me recordo de tê-lo visto aqui dentro.

Bagunço os cabelos com uma estranha dúvida.

_- Recordo-me de ir até o riacho e ele me entregar seu casaco mas longe disso...foi apenas um empréstimo. Aí Sara...ai minha santinha.

Me cubro com o casaco que ainda tinha nele seu cheiro e sento no chão escorando-me na cama e pego meu caderno e uma caneta.

             •Alguns traços teus•

  •As mãos dele são brancas e suas veias são visivelmente notáveis,seus cabelos negros e curtos,seu rosto afilado e seu nariz pontiagudo.

•Os poucos traços dele estão me fazendo sair da linha e querer saber mais,será que devo? Ou devo apenas esquece-lo?

•E sua voz? Aaaa aquela voz suave mas soa em um tom autoritário e firme,ele parece ser seguro de si mesmo quando não possui nada em mãos.

•Eu queria toca-lo,me pergunto se seu corpo é tão quente quanto seu casaco e se suas mãos são tão firmes quanto o som de sua voz... Oq há? Você se esconde pq? Tens um segredo? Embora eu saiba que nunca irá ler este diário eu te pergunto essas coisas em segredo pq me falta coragem para te perguntar pessoalmente,mas isso seria quase impossível,eu só te observo de minha janela e você não me deu a chance de vê-lo no riacho.

•Somente ele viu meu corpo..eu sei que viu, não é justo..eu vi ele através da janela por trás das cortinas enquanto elas balançavam com o vento.

Meu corpo está começando reagir aos meus pensamentos e imaginações,isso não é algo bom...sinto meu estômago esfriar e minhas mãos estão suando frio que quase não consigo manter uma linha reta..oh céus..Sara este homem está deixando você louca.
      
                •Traços que nunca serão vistos de perto.   Uma escrita por Sara Mongoy•

Termino de escrever e levanto-me do chão e olho pela janela,a luz de seu quarto não estava acesa mas as cortinas balançavam com o vento da noite, ouço um barulho em minha porta e olho para baixo mas não vejo nada.

_-Minha nossa..que arrepio.

Me questiono em espanto enquanto olho para baixo novamente.

_- Aí santinha, será que tranquei a porta?

salto da janela para dentro do quarto e o laço do casaco se abre.

_- Acho melhor verificar ou não irei dormir hoje.

Abro a porta do quarto e desço as escadas,acendo as luzes do corredor e me assusto.

_- Quem é você? Oq quer?

Pergunto assustada e pego a primeira coisa que me vem na frente.

_∆ Parece que sempre que topar comigo vai perguntar quem sou.

_- Pq entra na casa de alguém assim? Pode ser considerado um ladrão sabia.

Falo enquanto o observo,ele estava com aquela luva,o chapéu que me impedia de ver seu rosto e sem o casaco

Falo enquanto o observo,ele estava com aquela luva,o chapéu que me impedia de ver seu rosto e sem o casaco

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_∆ Eu só vim buscar meu casaco e entrei pq a porta estava aberta.

_-Ai santinha.

Solto o livro que havia pego e fecho o casaco que estava aberto a horas

_∆ Parece que nossos encontros serão sempre com você despida assim..parece que gostou de usá-lo.

Aponto para o casaco enquanto ela o fecha.

_∆ Eu já vi tudo não entendo pq do desespero.

_- Não viu nada...eu vou trocar de roupa e já trago seu casaco..mas antes me responda..pq está sempre de luvas?

_∆ Tenha uma cicatriz nas mãos.. não queira saber demais,traga meu casaco antes que eu o arranque de seu corpo.

_- Não teria essa coragem.

_∆ Não me desafie mocinha,eu posso ser uma ameaça pra você.

_- Pode?

Me viro e entro no quarto novamente,tiro o casaco e o deixo cair no chão,baixo para pegar e quando levanto a cabeça vejo seu sapato,vou levantando devagar e me afastando.

_- Acho que tinha razão..saia do meu quarto por favor ou irei gritar.

_∆ Ninguém irá ouvi-la

Dou alguns passos em sua direção e mantenho a cabeça baixa..continuo a andar até a mesma sentar na cama.

_∆ Cubra-se.

Vou até o guarda roupa e pego um roupão e jogo em cima dela e depois fico de costas para ela no quarto.

_-Vai ficar de guarda? Tô me sentindo uma prisioneira.

Pego um vestido o coloco e fico de pé na frente do espelho.

_∆ Branco combina com seu tom de pele.

Tiro uma das luvas e passo a mão em sua costa nua depois coloco a luva,pego casaco na cama e me retiro batendo a porta do quarto.

Tiro uma das luvas e passo a mão em sua costa nua depois coloco a luva,pego casaco na cama e me retiro batendo a porta do quarto

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_- Suas mãos...

Falo ao sentir inesperadamente seu toque quente em minha costa e logo ouço a porta,me viro e ele já não estava lá,corro para janela e o vejo entrar em seu apartamento.

_- Como pode fugir assim? Oq está havendo? Aí Sara Aí santinha.

       

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