encarando a 1° morte

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Eu estava trabalhando no turno da noite no Cannor's, uma pizzaria da minha cidade que só tem lá, cidade pequena sempre tem essas lanchonetes que alguém decidiu criar pra ganhar algum dinheiro... Era um lugar legal, então acho bom contar a história da minha última noite trabalhando lá.

Apesar de não ter muita coisa, tinha uma segurança, uma câmera para cada local, menos no banheiro, a cozinha não era muito grande, só tinha uma mesa de ferro, umas panelas, uma geladeira e um fogão, mas era o suficiente para um cozinheiro, para o meu antigo chefe Cannor... O salão do restaurante era grande o suficiente para uns 10 grupos, com aquelas mesas presas a parede, com aqueles acentos que parecem mais sofás, o chão tinha um piso xadrez e as paredes eram brancas e por fim, tinha uma pequena sala de descanso com uma mesa de metal e uma geladeira, mas o Cannor permitia que a gente Levasse algumas coisas pra lá, pra podermos curtir os nossos intervalos.

Depois que o restaurante fechou, eu e mais três pessoas tivemos que ficar até mais tarde para limpar o restaurante, minhas companhias eram a Betty, uma mulher de 55 anos loira com cabelo cacheados, que já tinha algumas rugas mas ainda parecia um pouco nova, Henri, um garoto de 17 anos ruivo, que estava fazendo estágio, e por fim, Cannor, dono e cozinheiro do lugar, que tinha seus 47 anos, ele era careca e estava um pouco a cima do peso, ele tinha uma barba curta e meio grisalha, o uniforme do restaurante era uma camisa branca com um bolso e gola vermelhos e uma calça preta, todos usavam isso, menos Cannor, que usava uma calça marrom, uma camisa cinza e um avental.

A Betty estava na sala de descanso depois de ser a garçonete do restaurante, o Cannor estava limpando a cozinha e o Henri estava limpando o salão comigo... Estava tudo bem, até que a Luz caiu.

Henri: O merda.

Cannor: Oh Betty, pode ver o que aconteceu?

Betty: Ok.

Se passou alguns minutos e não tivemos notícias da Betty, e não ouvimos nada.

Henri: Eu preciso ir no banheiro.

Eu: Ok, mas não demora, não dá pra limpar as mesas que tiveram crianças sozinho.

Henri: Hehe, verdade.

O Henri foi no banheiro e não voltou... Um tempo se passou e eu comecei a ouvir umas vozes vindo da cozinha, eu reconheci a voz do Cannor, mas tinha outra voz lá... Uma voz masculina, eu achei muito estranho, então fui em direção a cozinha.

??: Você sabe o que fez...

Cannor: Por favor... Não faz isso, eu não queria...

??: Não ouse mentir pra mim!

Cannor: Não, por favor, Ah!!!

Eu ouvi um barulho de pancada, então eu finalmente entrei na cozinha... Cannor estava sendo segurado pela gola e estava sendo espancado no rosto, estava cheio de hematomas e cortes, o rosto estava quase todo coberto de sangue, e seu olho esquerdo foi furado... Quem estava o espancando era um garoto, com mais ou menos a idade do Henri, cabelo castanho, um moletom preto, calça preta e luvas pretas com lâminas, seu pescoço estava tampado por um tecido preto, e ele usava uma máscara preta com olhos brancos que emitiam um olhar de raiva, e tinham duas faixar brancas que passavam pelos olhos e se cruzavam na testa da máscara formando um X, e no meio do X tinha o número um em algarismo romano.

Acho que no susto eu derrubei alguma coisa, porque o mascarado olhou para mim...

??: Merda.

Ele soltou o Cannor que caiu no chão.

Cannor: a... A...

Cannor estava balbuciando algo no chão, o Mascarado olhou para ele e deu um soco no meio do pescoço do Cannor, e então ele se virou para mim, e começou a ir na minha direção, eu no susto peguei uma panela e quando ele chegou muito perto de mim, eu bati a panela da cabeça dele.

??: AH!!!!

Eu bati de novo e de novo, e ele caiu no chão, mais ainda estava consciente, eu corri pelo restaurante, eu fui até a sala de descanso e... Eu vi a Betty caída no chão, com um corte profundo na garganta, eu não consegui acreditar naquilo, até que eu ouvi o Mascarado levantando, eu decidi correr pro banheiro, eu me escondi lá, eu ouvi ele começando a andar.

??: Onde... Você... Tá...

Eu ouvi ele andando, ele estava longe de mim... Na hora do terror, eu vi a porta de um dos cubículos aberto... Nesse momento eu comecei a pensar em uma coisa... E se o assassino fosse o Henri? Eu comecei a me aproximar do cubículo... O Henri era o mais provável de ser o assassino mas... Por quê? O assassino parecia ter a mesma idade do Henri, mas o Henri não parecia ter motivos... Quando eu finalmente olhei dentro do cubículo, não tinha mais suspeitas...

O mascarado não era o Henri, porquê Henri estava na minha frente... Sorrindo, um sorriso forçado e puxado por ganchos, ganchos nas pontas de duas cordas, cada corda tinha um gancho em cada ponta, e os ganchos que não estavam puxando a boca do Henri estavam presos nas paredes do cubículo, seu pescoço estava cortado, e seu olhos... Tinham lâminas enfiadas nos olhos... Eu queria muito tirar aquele garoto de lá, mas eu ia ser descoberto se fizesse isso, então eu fiquei parado por um tempo...

Um tempo se passou e eu finalmente decidi sair daquele banheiro, eu tentei andar devagar para não ser ouvido, mas... Acabei escorregando no piso molhado e acabei caindo, quando me levantei... Eu vi o Mascarado, mas ele estava com uma máscara diferente, os olhos da máscara não mostraram mais raiva, na verdade, agora mostrava um desânimo e as faixas que antes eram brancas estavam laranjas...

??: Você viu tudo né? É... Pode ir, a gente só queria o Cannor, mas o pessoal se animou um pouco.

Eu fiquei em silêncio.

??: Vai.

Eu corri pra fora e chamei a polícia... Mas... Eu acho que estou do lado do mascarado agora... A polícia fez uma investigação e acabou descobrindo que Cannor era estranhamente racista, ele matou alguns negros, e a carne que tinha nas pizzas?
Pois é... É aquela velha história dos pãezinhos de carne.

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