como mudar a vida e desejos de um vilão

capítulo 6

Eu tinha duas escolhas, dizer a verdade para o futuro psicopata em minha frente ou inventar um futuro para ele, no fim escolhi a primeira opção só que tirando o fato de ter visto uma quarta janela, a quarta janela sumiu tão rápido quanto apareceu, muitas dúvidas surgiram em minha cabeça. Fiz uma nota mental para perguntar tudo aquilo ao meu bisavô quando tivesse a chance.

" Então meu filho, a coisa é o seguinte... Vi pelo seu futuro que você é alguém que cobiça poder e almeja se livrar do que os bruxos julgam ser "impuros", certo?"

" Eu não sou seu filho"

Fico impressionada que a única coisa que pareceu incomodá-lo em tudo isso foi o fato de eu tê-lo chamado de filho.

" Isso é só uma mania de falar"

Respondi esperando ele falar algo sobre as outras coisas que eu disse, o sonserino concordou com a cabeça me olhando com expectativa ansioso para que eu confirmasse que tudo isso estava em seu futuro.

"Bem, se você chama de poder ficar careca e sem nariz então meus parabéns seu futuro corresponde as suas expectativas"

Sorri ao perceber que seu rosto bonito ficou desfigurado pela raiva, sua mão foi até a cintura aonde se encontrava sua varinha.

" Acalme-se, vou te dar umas dicas pra que as coisas não terminem assim"

Me sentei ao seu lado mal me importando com sua raiva que parecia estar em outro patamar.

"Primeiro de tudo, não faça horcruxis procure as relíquias da morte e vai obter a imortalidade que deseja, segundo procure Amanda Macnayr Pois ela parece estar envolvida com seu futuro e acho que é só isso"

Comecei a balançar a cabeça concordando com tudo o que dizia

"como você sabe sobre as horcruxis? além disso eu já criei duas não tem como eu voltar atrás"

Sua voz saiu fria sem nenhum traço da voz bonita e cordial que ele sempre usava, a pergunta me fez ficar apreensiva só que tentei não demonstrar, meu bisavô me disse que quando um futuro é incerto aparecem palavras chave em baixo das janelas e na do Tom existia a palavra horcruxis, não precisou de muito tempo para ligar os pontos.

"Então sugiro que pare de cria-las e procure pelas relíquias, acredite eu sei do que estou falando.... se você continuar fazendo elas estará só criando uma maneira de te matar aos poucos"

Acrescentei após ver que ele estava com uma cara séria, talvez ele estivesse  pensando porque eu me importava? A confirmação disso veio logo em seguida.

"Porque você se importa? Qualquer um no seu lugar não estaria tão tranquilo "

Verdade se fosse outra pessoa nesse exato segundo estaria na melhor das hipóteses ou o atacando ou fugindo.

"Primeiro porque seria um desperdício de beleza você ficar feio daquele jeito e segundo mesmo que você quisesse jamais me machucaria"

Me levantei e me posicionei em sua frente, o sonserino levantou uma sombrancelha pelo meu comportamento.

" Vamos lá jogue um Crucios em mim ou quem sabe um imperius e se você for muito ousado um avada"

Vi seu semblante ficar sério e sua atenção estar presa em sua cintura.

"Do que você tem medo? Você já matou duas pessoas para fazer as horcruxis, e com certeza você está bravo comigo por te irritar, porque hesitar tanto? É o que você quer fazer não é? É acho que você não......"

Tem coragem completei mentalmente após sentir um Crucio passar pelo meu corpo e ser absorvido pelo mesmo, não sei se fico feliz ou surpresa por ele realmente ter me atacado mas o que eu esperava de um psicopata?
Ele abaixou o braço ao lado do corpo percebendo que seu feitiço não havia surtido efeito nenhum.

"Eu te disse, você não pode me machucar e nem as pessoas que eu escolher proteger"

Ele segurou o queixo com o dedo indicador e médio como se seu cérebro estivesse trabalhando a todo vapor, suspirei cansada de esperar uma reação do mesmo, fui até ele e repousei minha mão em seu ombro esquerdo.

"Não se preocupe, te ajudarei a se aproximar de Amanda para que assim você pare de me incomodar e siga o caminho que tiver de seguir"

Não ouço uma resposta e me viro saindo apressadamente do corredor sentindo meu coração bater freneticamente em meus ouvidos, que merda e se ele não desistir de me perseguir e a quarta janela se concretizar? Não seja boba jamais ficaríamos com um louco? Pensei sendo mais racional e ignorando o resto.
                                        ***
A mesa estava cheia de fartura com um grande frango em minha frente e vários doces incríveis junto com algumas saladas e uma comida estranha verde, vidrada na variedade de comida disposta ao meu redor não percebi quando Dippet colocou o banquinho no meio do salão e pegou o chapéu seletor o acordando de seu sono.
Septimus me cutucou no ombro e apontou com a cabeça um garoto pequeno e acanhado que entrava no salão parecendo desconfortável com a atenção sobre si, olhei mais de perto a cabeleira loira e a pele leitosa me lembrando no mesmo instante de uma das crianças trouxas que eram minhas amigas.

"Vitor"

Falei seu nome baixinho só que minha voz reverberou pelo ambiente que estava quieto dês da chegada inusitada da pequena figura, o garoto ficou alarmado e olhou para todos os rostos no salão procurando quem o havia chamado, assim que nossos olhos se cruzaram ele correu até mim e me abraçou envolvendo seus braços em meu pescoço, sem se importar com as pessoas ao nosso redor.
Todos começaram a cochichar e sem saber muito como reagir coloquei minha mão sobre seu braço dando leves batidinhas para que ele me soltasse.

"Senti sua falta, pensei que nunca mais ia te ver"

Sua voz saiu animada e seu semblante antes tímido estava tomado por um sorriso bonito e largo, senti os olhos de meus dois amigos grifinorios sobre mim e me certifiquei de não prestar atenção as pessoas no salão

Oi pessoal, espero que vocês estejam gostando da história.