Tenho que ser forte.

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Depois da porrada que eu levei, não conseguia me mover, então fiquei ali deita analisando o céu. Minutos depois começou a chover e escutei passos, provavelmente deve ser o pessoal.

OEEE, S/N! CADÊ VOCÊ? – luffy gritou

Queria responder, porém minha voz estava falha não havia como falar uma sequer palavra.

Luffy... – apenas saiu um sussurro de minha boca, merda, eu tava tão fudida assim? Não pode ser.

S/n? – luffy aparentou ter escutado, então mexeu a cabeça como se estivesse me procurando.

S/N! O que aconteceu? Por que você tá assim? – ele parecia desesperado, ódio transparecia em seus olhos. – responde!

Ei luffy, tá gritando por que? - nami completou-    s/n?! Que merda é essa?

Após isso, o resto do bando apareceu para ver o que estava ocorrendo, todos pareciam desesperados, menos zoro. Era de esperar, mas no fundo ele estava aflito.

Rápido chopper! Leva ela! – Sanji exclamou

Nesse meio tempo, só conseguia ver o rosto de desespero do capitão. Não queria deixar ninguém preocupado, se tivesse sido uma surra "normal", eu teria me levantado e botado uns curativos e fingindo que nada aconteceu.

Mas infelizmente não foi o caso.

Atualmente eu estava numa maca, meu rosto e corpo enfaixados, corpo trêmulo, voz embargada e entre outros.

C...chopper? – falei mas parecia mais um sussurro

S/n! Como você se sente? Dormiu por uns 3 dias. –

Que?! Sério? Meu deus... Me sinto normal, só não sinto meu corpo. – respondo

Entendo, mas o que aconteceu para você ficar assim? – falou preocupado

Sabia que uma hora ou outra eu iria ter que contar, apesar de estar morrendo de preguiça.

Terminei de relatar o acontecido e chopper parecia incrédulo, acho que foi sorte minha ter ficado viva.

S/n... Eu tenho que falar pro pessoal agora! Eu já volto. – falou e rapidamente se retirou da sala

Eu não poderia impedir de fazer isso, não esbocei reação, eu ultimamente só sentia preguiça de tudo. Para falar a verdade eu nem ia contar sobre isso, mas, chopper "estragou" isso.

Entendo a preocupação, porém não sinto a vontade de lutar contra ou rebater isso, entende? Eu sei que entende.

Esqueci de contar, mas meu cabelo cresceu nesses últimos meses, estou satisfeita com isso!

Tinha uma janela ali e fiquei sentada de frente pra ela, observando o mar, mas essa minha paz acabou quando alguém arrombou a porta.

Me viro lentamente e dou de cara com luffy.

Luffy? O que tá fazendo aqui? - rebati

Onde ele tá? – pergunto sério.

Ele quem? Do que você tá falando? – respondo

S/n. Onde o barba negra está? –

Eu não sei luffy, não vá atrás dele. – respondo

Como você não quer que eu vá atrás dele?! Olha como ele te deixou! Eu não vou deixar barato. – exclama

Eu não ligo! Ele não é digno de sua atenção, deixa esse merda de lado. Você não consegue entender isso? – falo em um tom alto

Não, não consigo! Porque eu deveria deixar ele sair ileso depois disso? Eu quero te proteg- –

BASTA! NÃO ME IMPORTA SE VOCÊ QUER ISSO, MAS EU NÃO QUERO QUE NINGUÉM MAIS TOQUE NESSE ASSUNTO, PORRA LUFFY! VOCÊ NÃO ENTENDE? – essas palavras podem ter sido nada demais, mas foi quase uma facada no peito.

Me deixa em paz, eu que tô trazendo conflitos pra vocês. Seria melhor se eu morresse ou até mesmo sair da tripulação, isso é um problema entre eu e ele. – quando terminei de falar, cai em lágrimas.

Doía falar isso, mas era um fato, eu não queria trazer desgraça por uma consequência minha. Será que ele consegue entender isso?

Não. – ele fala

Hm? –

Não vou deixar você morrer ou sair do bando. Enquanto eu estiver vivo, se você realmente quiser isso, vá e faça. Eu não me importo. – respondeu

Esse foi BOOM pra eu cair em lágrimas, eu parecia um criancinha quando a mãe falava na volta a gente compra.

Mas eu não admito uma companheira minha falar que quer morrer, fala que quer viver agora! – exclamou

Eu... Eu... Luffy.. – só conseguia gaguejar

Fala. –

Eu quero morrer. –

Isso saiu da minha boca sem meu consentimento, era verdade, mas ao mesmo tempo não.

Após ter dito isso, luffy simplesmente arregala os olhos e parecia atordoado, eu também coloquei a mão na boca como se tivesse visto um fantasma.

Percebi ele dando passos pra trás, ele parecia assustado, com raiva, tristeza? Um mix de sentimentos adentrar o chapéu de palha.

Meus olhos estavam molhados, porém não o suficiente pra chorar.

Antes que ele pudesse sair da sala, eu passei correndo por ele sem se importar com o resto do mundo.

Fui até o meu quarto e me joguei na cama e afundei minha cara no travesseiro, depois dessa, como ficaria minha relação com ele? Com o bando? Que merda eu fiz.

Eu fiquei ali por mais ou menos meia hora, só chorando, pensando, me cobrando e quase me automutilando.

Eu tenho que ser forte.

Bateram na minha porta, não sabia quem era, então só deixei que entrasse.

S/n? – era sanji.

Sim? –

Luffy nos contou do acontecido, a senhorita tem certeza disso mesmo? –

Olha sanji, eu não sei. Amo todos vocês e principalmente o luffy, mas ultimamente eu tenho trago problemas, preocupação a mim e a vocês. E eu não quero isso. – respondi

S/n swan, você não deveria se importar com isso! Nós somos companheiros, isso não pode abalar uma amizade. Luffy e os outros gostam muito de você, pode ter certeza. – disse pegando na minha coxa, mas não era com malícia, sanji não seria capaz disso.

Eu não sei... Eu só... – nem eu mais sabia o que dizer, talvez eu tenha estragado tudo.



Urra djabo s/n tá depressiva
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Talvez, foi melhor assim. (Mugiwara No Luffy)Onde histórias criam vida. Descubra agora