"A flor de cerejeira significa beleza, feminilidade, amor, felicidade, renovação e esperança. Depois de florescer, a flor de cerejeira dura no máximo 3 dias e, por isso, também simboliza a importância de desfrutar cada momento da vida."
Era um sábado de manhã, Luísa estava no auge dos seus 5 meses de gestação, na área da piscina da 242. Era setembro, um dia estava agradável, um dia estava frio e no outro estava um calor de quase 30° graus. Mas ela amava, principalmente ver o processo das flores de florescer. Hoje era um dia daqueles agradáveis. Sentada em um banco próximo à piscina, ela aproveitava o sol que emitia um calorzinho gostoso naquela manhã.
De olhos fechados, Luísa passava a mão de leve na sua grande barriga e cantava baixinho uma música para a sua filha ou filho, já que ainda não tinham revelado o sexo do bebê."What you don't tell no one, you can tell me
Little ghost, tall, tan like milk and honey
You're very brave and very free
Ipush you high, cherry blossom
On your sycamore tree
What you don't tell no one, you can tell me"Era uma canção doce e ela sabia que o bebê gostava, porque sempre que cantava ela o sentia se mexer, e assim que parava de cantar, ela sentia também. Como se pedisse para continuar.
Tão envolta naquele momento maternal, ela acabou nem percebendo o momento em que seu marido chegou ali. Com um beijo suave nos lábios da esposa ele anunciou sua chegada. Ela sorriu em vê-lo ali, de surpresa.
- Pensei que você já tinha ido pra empresa. - Disse Luísa, com um sorriso doce que Otto tanto amava.
- Eu fui, mas o Sérgio disse estava tudo mais tranquilo do que nunca, a parceria com a Luc4tec foi um sucesso, muito bem recebida pela mídia. Os contratos já foram assinados e não tem muito o que ver lá hoje. Aí eu vim pra casa te fazer companhia. - Ele coloca uma mecha de cabelo dela atrás da orelha com delicadeza e beija sua testa.
- Humm, entendi... e você está parado aí nos olhando há quanto tempo? - Ela pergunta, segurando sua mão e o guiando para sentar ao seu lado no banco.
- Uns 5 minutos... talvez 15... - Ele faz uma expressão como se estivesse confuso, brincando.
Luísa acha graça e Otto também sorri.
- Você sabe que eu poderia passar horas admirando vocês dois. - Ele coloca sua mão na barriga dela, e ela coloca sua mão sobre a dele.
- Otto... - Ela diz em um tom mais sério de interrogação, mas nada preocupante. - Eu nunca te perguntei isso, mas o que você prefere? -
- Como assim? - Ele a questiona, confuso com a pergunta.
- É que eu tava pensando... das últimas vezes que fizemos o ultrassom não deu pra saber com certeza o sexo do bebê, e aceitamos não invadir a privacidade dele ou dela. - Ela faz uma pausa pra rir, lembrando de Poliana na volta do consultório dizendo que o bebê ainda não estava pronto pra se revelar e eles deveriam respeitar a privacidade dele. - Mas o que você gostaria que fosse? - Por mais que conhecesse Otto como ninguém, Luísa temia que ele não ficasse tão feliz caso fosse uma menina, já que foi difícil seu histórico com as outras duas filhas. E também se sentia insegura em parte porque seu ex marido era um pouco obcecado com a ideia de ter um filho menino, e talvez todo homem quisesse isso.
Otto sorriu levemente e olhou diretamente nos olhos dela, mantendo ainda sua mão sobre a barriga.
- Luísa... - Ele chamou firme e calmamente, e ela retribuiu o olhar profundo. - Eu juro que eu não quero mais nada além de uma criança saudável e amável, como eu sei que vai sair daí. Eu te amo, amo o nosso casamento e a nossa família, e independente do gênero, eu com certeza vou cuidar e amar nosso bebê com todo o meu ser. Nosso filho ou filha é o resultado do nosso amor, e nada pode ser melhor do que isso. Não tenho preferência, entendeu?! -
- Tá bom. Obrigada por isso. - Ela disse com os olhos marejados, já querendo chorar com a pequena declaração.
- Você não tem que agradecer, esse é o mínimo. E também não precisa chorar, meu amor. - Ele a abraça, envolvendo-a pelas costas com um braço e passando a mão no seu cabelo com a outra mão, como era de costume fazer.
- Você sabe que os hormônios da gravidez me deixam sensível. - Otto tenta se controlar, mas acaba rindo.
- Não ri de mim. - Ela dá uma batidinha de leve nas costas dele, quase rindo também.
- Desculpa, mas eu acho uma graça. -Eles ficam um tempo abraçados, até que Otto
se afasta um pouco e a olha nos olhos.
- Aquela música que você tava cantando é linda. Aliás, você canta muito bem. - Ele diz.
- Eu não acho, mas obrigada. O bebê gosta, então acho que vou ter que continuar. - ela sorri - E a música é muito bonita mesmo. Significa encorajamento a uma criança, a flor de cerejeira serve de metáfora para o potencial que a criança poderia encontrar ao correr riscos e ser corajosa. A canção oferece conforto e garantia de que à medida que a criança descobre e experimenta mais do mundo, alguém estará sempre ao seu lado em momentos de necessidade. - Otto fica emocionado.
- E eu espero que esse alguém sejamos nós. - Ele fala.
Eles trocam um sorriso e em seguida dão um longo beijo, é algo que eles costumam fazer todas as manhãs desde o dia que Luísa contou que estava grávida. O toque na barriga, conversar sobre o futuro, o beijo longo.
E depois logo foram para dentro de casa curtir a paz do final de semana, já que Poliana passou a noite na casa de Kessya e Glória foi passar o dia com a neta, Celeste.
Estavam confiantes de que juntos seriam pais maravilhosos, e aprenderiam a lidar com todas as fases difíceis que o filho(a) pudesse apresentar.
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Cherry Blossom- LuOtto
FanfictionLuísa e Otto vivem em um casamento perfeito. Depois de todas as dificuldades que passaram na vida, finalmente a felicidade foi alcançada. Luísa anunciou a gravidez recentemente, para a alegria de toda família. Uma gestação quase nunca é fácil, mas p...