Prólogo

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Primeiro acreditamos que nossos pais são nossos heróis, ninguém precisa dizer isso para gente, só olhamos para eles e vimos que eles estão ali para nos proteger, nada pode tocar na gente quando eles estão por perto, mas o que devemos fazer quando ...

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Primeiro acreditamos que nossos pais são nossos heróis, ninguém precisa dizer isso para gente, só olhamos para eles e vimos que eles estão ali para nos proteger, nada pode tocar na gente quando eles estão por perto, mas o que devemos fazer quando são eles que nos machucam? A quem devemos recorrer?

A verdade é que não podemos recorrer a ninguém.

Tem feridas que ficam guardadas dentro da gente, feridas que ninguém consegue ver e não precisamos de alguém apenas para ouvir nossos lamentos, tudo que precisamos é de alguém que nos aceite como somos, sem julgamentos, sem preconceitos e principalmente sem esperar nada em troca, mas a cada dia que passa esse tipo de gente vai desaparecendo, e se você não se esforçar para encontrar acabará ficando sem, porque o tempo voa e a as pessoas também.

Athena soube disso quando tinha 9 anos.

Ela olhou o seu reflexo no espelho do camarim mais um comercial que ela faria naquela semana, estava cansada e já fazia 15 dias que não ia para escola, mas sua vida era assim, seu trabalho era esse e ela até gostava um pouco. Desde que se entendia por gente, ela lembrava de está nessa vida, sua mãe a levava para todos os lados dizendo que a filha era uma estrela, apenas pelo fato dela ter feito um misero comercial com apenas três meses, e foi dessa forma que Athena fez sua fama,

— Athena, por que ainda não está pronta? — A voz de sua mãe tirou a garota de seus pensamentos e olhou rapidamente para trás. – Quer mesmo ferrar com as gravações?

Alessa Stark era tudo que as mulheres queriam ser, rica, poderosa e mãe da maior estrela do século 21, mas tudo aquilo era apenas a fachada perfeita para a mulher que ela era de verdade por trás das câmeras. Se aproximando da filha segurou o rosto dela encarando os olhos azuis da filha seriamente, ela odiava quando Athena não lhe respondia, e odiava ainda mais quando ela não fazia o que era mandando.

— Quantas vezes eu já lhe disse que tem que está pontualmente no set de gravação?

— Eu só vim passar um gloss, mamãe. – Responde calmamente abaixando os olhos.

— Se não foi passado é porque você não devia usar. – Bufou irritada soltando o queixo da menina e começando a puxar seu braço. – Se você fazer eu perder esse contrato, pode ter certeza de que ficará uma semana sem ir para aula.

— Mas mãe, as provas...

— Você quer mesmo me responder, Athena Stark? – Ela engole em seco com o tom de voz da mãe e nega rapidamente com a cabeça. – Ótimo, vamos.

Enquanto uma era forçada a fazer sempre o que os seus pais queriam, os outros eram deixados livres para tomarem suas próprias decisões mesmo sendo bem jovens, a família Targaryen-Strong tinha um jeito diferente de educar os filhos, para Rhaenyra e Harwin Strong, a forma de educação mais eficiente para seus filhos era o diálogo, mas mesmo eles sempre se mostrando sempre prestativos com os filhos, sempre ficava algo a desejar e esse algo era o sentimento de que eles nunca eram suficientes, mesmo seus pais nunca tenham feito nada para criar essa ideia neles.

Era almoço em família, todos estavam ali presente, enquanto as crianças brincavam entre si enquanto os adultos conversavam, seus pais estavam tão entretidos conversando que não perceberam que um pequeno grupo sentou atrás do sofá para pregar uma peça neles, mas quem acaba sendo surpreendidos são eles.

— Quando vocês acham que Jacaerys estará pronto para assumir seus estudos na St. Jules? – O menino citado, Jacaerys Strong, o filho mais velho de Rhaenyra, franziu a testa quando avô tocou em seu nome. – Ele tem que começar a ser preparado para assumir a empresa da família.

— Jace ainda é novo demais, pai.

— Seu pai está certo, Nyra. Jacaerys já tem 11 anos, temos que começar a pensar na educação dele. – A voz de seu pai deixou ele mais surpreso ainda. – Ele é um Strong, não pode deixar os estudos de lado.

— Isso eu sei, mas ele gosta tanto de arte.

— De artista já temos Lucerys. – Alicent, a segunda esposa do avô dos garotos, entra na conversa. – Mesmo que sua pratica não seja perfeita, é boa o suficiente para um menino de 9 anos, podemos mandar ele para academia de artes quando chegar a hora e então ele buscará sua perfeição.

Lucerys engoliu em seco quando ouviu aquilo, eles sempre diziam que ele tocava bem, mas na verdade sua pratica não era perfeita, ele respirou fundo fechando os olhos com força.

— Isso é verdade, ele pode procurar melhorar sua pratica no piano. — Viserys Targaryen completa e Rhaenyra concorda com o pai. — Jace estará bem na St. Jules, Aegon já estuda lá e Aemond irá nessa primavera, será bom para ambos.

Nenhum dos citados queria que aquilo acontecesse, mas mesmo que eles fizessem birra ou até mesmo implorasse para os pais, nada iria mudar, afinal, não era os filhos que decidiam, eram seus pais, e por eles serem os seus heróis, as crianças acreditavam que tudo que eles faziam eram para lhe proteger, mas os pais pode até lhe proteger do mundo, mas quem vai lhe proteger de seus próprios pais?

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