3 - UM POUCO DE VINHO

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      Com uma grande lua no já instaurada no céu, Lavin e Jovi se dirigiam sigilosamente a lateral do castelo, esse que é totalmente cercado por muros altos, então, longe da vista dos guardas chegam perto de um grande arbusto, cercado por rosas espinhentas, bloqueando totalmente a passagem que Jovi havia planejado.

[Jovi] - Eu não estou acreditando nisso, quem plantou essas rosas em volta do muro, eu juro pra você que eu sempre entrava por aqui.

[Lavin] - Mas isso faz muito tempo não é? Você mesmo disse que tem passe livre, e o tempo passa, inclusive essa ideia de plantar rosas espinhentas já vem de muitos lugares, é uma tentativa de afastar possíveis invasores, tipo nós.

[Jovi] - Mas eu preciso dar um jeito de entrar aqui, nem que eu tenha que me cortar inteiro nesses espinhos.

[Lavin] - Isso só vai nos dar dor de cabeça e muitos arranhões, olha aqui pra mim.

—Lavin segura no rosto de Jovi o fazendo olhar diretamente em seus olhos.

[Lavin] - Isso aqui é o castelo, e é com certeza o melhor lugar onde o príncipe poderia estar para receber todo o suporte e ajuda, devem ter empregados muito competentes que devem ser de sua confiança também, não vamos fazer nada no impulso, precisamos de calma, voltaremos e depois de se informar a gente pensa no que fazer, seu amigo está em ótimas mãos, pode confiar.

—Os olhos de Jovi começam a lacrimejar, e ele então abraça o Lavin com muita força, enquanto apoia sua cabeça sobre o peito dele.

[Lavin] - Agora vamos, não esquece que tem compromissos com seu pai, a tal carga de vinhos já deve estar chegando pra descarregar.

—Jovi fica preso ao abraço quente de Lavin por alguns segundos, e então os dois seguem no frio da noite até a taberna.


—No castelo, no quarto das princesas, muitas especulações ansiosas era questionadas entre as gêmeas.

[Liandry] - Quem diria, Elfos, em Alisten, nunca imaginaria.

[Aisha] - Não tinha como imaginar que ainda haviam Elfos pelas proximidades do reino, praticamente presas a esse lugar, quando não eram passeios vigiados por vários guardas, era o Isaac importunando.

[Liandry] - Isaac sempre teve esse jeitinho dele, carinhoso, porém cheio de personalidade e sarcasmo, ontem mesmo, eu não conseguia parar de rir com os deboches dele com os pretendentes.

[Aisha] - Se bem que quando aquele rapaz dos cabelos enrolados entrou, ele ativou um espírito dentro de si que eu nunca tinha visto, no meio de tanto deboche me pareceu muito real.

[Liandry] - Eu mesma achei que era um showzinho dele, daqueles dramas que ele sempre faz pra chamar atenção, mas quando chegaram perto, até eu vibrei com a sintonia, pena que né, ele passou mal.

[Aisha] - Passou mal, e caiu no colo do amado, parece um conto de fadas, só faltou o beijo pra ressuscita-lo.

[Liandry] - É, mas ele não é a branca de neve não, ele tá lá mal, mas tá muito bem vivo, logo ele melhora.

[Aisha] - Não vejo a hora, quero muito conhecer melhor o Kathan logo.

[Liandry] - Tô achando que nem precisa conhecer, do jeito que tratou ele, achei que aconteceria o pedido de casamento ali mesmo no salão.

[Aisha] - Ele perdeu a oportunidade porque eu aceitaria.

[Liandry] - Só você mesmo em Aisha, só não vai dar uma daquelas de amor a primeira vista, dizem que os bastidores da vida de casado não são as maravilhas não, cuidado pra não se apaixonar cedo demais.

REINADO DE ESCURIDÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora