A noite beirava ao inicio do seu fim, no quarto, Isaac começava a se mexer devagar na cama, chamando pelo nome de Ivan, mas antes mesmo de conseguir abrir seus olhos depois de muito tempo desacordado, Elliot se afastava rapidamente.
[Isaac] - É você mesmo Ivan?
—A porta do quarto se fecha em um piscar de olhos, já não havia mais ninguém no quarto, além do príncipe, ainda inconsciente, sem saber exatamente quem viu.
—No corredor do castelo, Elliot se viu desesperado, sussurrando para si mesmo:
[Elliot] - Não é possível, na hora que iria beija-lo, isso só pode ser maldição, inferno!
—No fim do corredor a luz de um lampião podia se ver se aproximando.
[Catiza] - Quem está ai? É você Kratos?
—Antes mesmo que Catiza pudesse velo, Elliot virou a caminho das escadas, descendo rumo ao mais longe possível.
[Catiza] - Devem ser roedores, acho que a idade já está me fazendo ver coisas.
—Catiza deu meia volta, se questionando do que realmente tinha visto.
⁂
—A noite fria se estendia, e na Taberna o rei já passava da sua quinta garrafa de vinho.
[Luna] - Aqui está, mas preciso avisa-lo que essa é a última importada de Florenza, só nos restou agora vinhos produzidos aqui.
[Vender] - Chame o Castor.
—Luna saiu em busca de Castor, ele então veio o mais depressa possível.
[Vender] - Senta ai, já não tem mais ninguém na taberna, é hora de tomar o último vinho comigo.
[Castor] - É claro meu caro rei.
[Vender] - Já te contei a história dessa cicatriz no meu rosto?
[Castor] - O urso pardo, na expedição em busca de madeira bruta.
[Vender] - E essa do meu joelho?
[Castor] - Treinamento para soldado, quando tentou se alistar antes de fazer dezoito anos, fingindo ser maior de idade, caiu de joelho em cima de um amontoado de pedras, essa eu mesmo presenciei.
[Vender] - A Castor, com você não tem graça, parece que me conhece mais do que eu mesmo.
[Castor] - Tem uma história, que você nunca se quer mencionou, mas eu já percebi esse arranhão nas suas costas.
—Uma onda de raiva sucumbe a cabeça do rei, fazendo o bater a garrafa com força na mesa, gritando então ele expressa:
[Vender] - Isso não é história pra sair espalhando por ai, jamais te contaria isso.
—Vendo a situação de longe Luna chega correndo em desespero segurando a mão de Vender que estava apoiada a garrafa.
[Luna] - Vamos fechar, peço que se retire por gentileza.
[Vender] - Eu vou embora mesmo, esse lugar aqui, não serve nem para tomar um vinho em paz.
—O rei se levanta indo até a saída, sem nem olhar para atrás.
[Luna] - Como sempre, a história se repete, bebe, e faz esse show.
[Castor] - Cresceu quase que ao meu lado, vi ele passar por todas essa histórias absurdas, e me trata assim, quando assumiu aquela coroa, o poder subiu a cabeça, mas deixa ele Luna, um dia ainda vai precisar de mim, e não sei se terei uma mão para estende-lo, de novo.
[Luna] - Mas qual foi o motivo de tal reação dessa vez?
[Castor] - Essa maldita cicatriz nas costas, vi todas as que ele tem espalhadas pelo corpo, mas essa, tem muito mistério ai Luna, todo esse afastamento do rei desde que assumiu o trono quer dizer alguma coisa, não sou muito de acreditar em lendas, mas já vi coisas que nem meus olhos acreditaram.
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REINADO DE ESCURIDÃO
FantasyNo reino de Alisten o grande dia dos pretendentes chegou, a busca pelo par perfeito dos trigêmeos Isaac, Aisha e Liandry se inicia no intuito de expandir as terras e continuar o reinado de Vender e Atane, seres de todo continente podem se candidatar...