Izuku Midoriya, o Mago Supremo.

CAPÍTULO 19 - Preparações

Sete dias antes do festival ...

Algum lugar da cidade de Chiba, 11:59pm.

Dois heróis novatos haviam acabado de derrotar um vilão responsável pelo desaparecimento de 10 crianças da região e estavam eufóricos com este feito. O vilão se encontrava cheio de hematomas pelo corpo, meio nocauteado e meio consciente, amarrado por uma corda de captura feita de um material resistente, em uma poça suja em cima de uma cobertura de um prédio abandonado de pelo menos 12 andares, em um bairro menos movimentado desta cidade. Os heróis comemoravam a sua grandiosa estréia tirando selfies mostrando o vilão imobilizado, enquanto eles faziam "poses de herói" e coisas do tipo, deixando o vilão mais do que frustado, pois já não bastava ter apanhado feito um condenado, agora estavam tirando foto dele na maior animação.

Vilão, com a voz rouca e cansada: Heróis desgraçados ... Se forem me levar pra delegacia então façam isso logo.

Um dos heróis se virou e disse em tom divertido: Ho ho ho, calma aí amigão. Você é o nosso primeiro "troféu", temos que tirar várias fotos para registrar o momento, fu fu fu.

O outro herói comentou, enquanto flexionava os bíceps estilo All Might: Exatamente, a nossa estréia foi fantástica, conseguimos pegar um peixe grande como você em nosso primeiro trabalho e agora as nossas redes sociais irão disparar hahahahaha. Sinceramente, acho que deveríamos agradecê-lo por isto! Agora diga "X".

O vilão revirou os olhos, enquanto uma série de flashs forçava seus olhos a fecharem. Ele estava fortemente amarrado, com o cabelo eriçado e a roupa levemente chamuscada por ter levado várias descargas elétricas de um dos heróis. A sua individualidade, chamada Silêncio, fazia com que qualquer pessoa em que ele tocasse com os dedos não conseguisse emitir qualquer som por até 72 horas, o tempo variando conforme a sua vontade e podendo ser utilizada em múltiplas pessoas ao mesmo tempo, incluindo a si mesmo. Tal poder era muito opressivo contra crianças doces e frágeis, mas uma completa piada contra qualquer herói, mesmo os mais incompetentes. Graças à isso e ao fato dele ter vacilado em sua tentativa de capturar a sua 11° vítima, ele acabou sendo encontrado e derrotado de forma patética por aquela dupla novata, que agora estavam se vangloriando como se tivessem descoberto a cura definitiva do câncer. O jeito era aguentar aquela situação humilhante e torcer para aqueles dois idiotas morressem. Se ele fosse solto algum dia, buscaria a vingança mais dolorosa e humilhante possível, e postaria o vídeo disso na internet. É, essa realmente seria uma doce vingança ... se algum dia ele saísse da cadeia, claro. Tendo em conta do seu crime de sequestrar uma dezena de crianças (para depois vendê-las à alguém), era óbvio que a sua pena não seria nada leve.

De repente, o vilão amargurado se lembrou de um detalhe super importante que os ditos "heróis" aparentemente haviam esquecido.

Vilão, em pensamentos: Esses dois preferem ficar tirando fotos do que perguntar pela localização das crianças? Que sujeitos estranhos... eles são realmente heróis?

Enquanto isto, os dois"heróis" tiraram mais 10 selfies no modo de fotos sequenciais enquanto faziam poses aleatórias estilo Jojo, e após isso foram na galeria para vê-las. Na pressa de tirar mais fotos, o herói com o celular deslizava a tela para o lado rapidamente, verificando superficialmente se essas 10 últimas capturas ao menos não saíram tremidas, caso contrário seria necessário mais uma sessão. As primeiras cinco fotos estavam satisfatórias, entretanto, a partir da sexta em diante havia algo estranho. Na sexta foto, uma figura escura havia aparecido bem ao longe, na quina da cobertura; na sétima, essa figura havia se movimentado alguns passos em direção à eles; na oitava, era possível ver que tal figura aparentava ser um homem com uma máscara de pano em formato de óculos na cara, com dois cachecóis bastante compridos no pescoço, um vermelho e outro branco, ambos encardidos e surrados; na nona, a figura estava razoavelmente mais próxima, segurando uma katana em cada uma das mãos.