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Acordei em um quarto totalmente escuro, e para piorar estou sentindo uma dor de cabeça absurda.

Me levantei procurando algo que pudesse iluminar aquela droga de lugar, um interruptor talvez?

Sem sucesso.

Consegui ouvir risos exagerados de uma longa distância, então é quase óbvio que eu deduzi que eram os filhos da puta.

A porta se abriu, e com ela veio uma claridade infernal, o tal Georg acendeu a luz (a qual eu não havia achado há minutos atrás porque estava completamente escuro) e logo me fitou na cama com uma cara do tipo: vai tomar no cu.

— Seu cabelo está horrível! – ele me olha com nojo.

— Ah, obrigada! – sorri com deboche e ele me olha com mais raiva – mas você trabalha em algum salão de beleza ou algo do tipo? Bem que eu percebi o seu jeito meio afeminado.

— Se você quiser eu posso mostrar o afeminado – disse tentando me seduzir.

" — Prefiro beijar o capeta!" – penso.

— Cara, o que vocês querem comigo? Me deixem ir embora!

— Ah, isso é com o Tom, não tenho certeza se ele vai deixar você ir embora tão cedo, até porque você sabe demais.

— Estou pouco me fodendo para a ganguezinha de vocês, se eu sei quem faz parte ou não, eu só quero ir embora! Merda.

O garoto me olhou e apenas riu, o que me deixou ainda mais irritada, aproveitei que a porta estava aberta e saí batendo perna, ignorando completamente o idiota que me seguia enquanto eu andava pelo corredor enorme e luxuoso.

Pude perceber que esse apartamento é muito maneiro.

"— Que merda, filhos da puta e rico." – penso.

Ao acabar o corredor eu me vi em uma sala de estar enorme, onde haviam dois babacas sentados falando merdas.

— EU QUERO IR EMBORA DESSA DROGA! – gritei parando na frente da televisão que eles estavam, os impedindo de assistir.

Avistei um troféu onde havia um bonequinho de hockey e joguei no chão com força, como crianças mimadas que não conseguem oque quer.

O garoto de olhos castanhos se levantou rapidamente como se fosse me matar.

— Sua vadia! Você é louca? – o outro garoto o segurava para eu não levar uns cascudos na cara – você quebrou o nosso troféu, esse troféu nós ganhamos no campeonato do ano passado contra os maiores times de hockey acadêmicos L.A! Você sabe o quanto o nosso time ralou para conseguir isso? – ele pergunta indignado.

Eu aprendi algo: nunca quebre troféus. Você vai ouvir coisas desinteressantes e ainda vai ter a chance de levar uns tapas na cara.

— Esse troféu aí? Importante? Olha o jeito que ele se despedaçou ao cair no chão, pelo amor de Deus, garanto que até as medalhinhas de honra ao mérito são melhores! No próximo ano me volte com algo menos vagabundo, beleza?

O ódio emanava nos olhos dele, o troféu realmente era importante, só percebi isso quando ele se desfez do amigo e me deu um tapa estralado no rosto, fazendo a minha cabeça fazer uma volta 360° perfeita.

Logo ele me jogou no sofá com força, senti meu corpo ficar dolorido por mais que o sofá fosse confortável, ele me jogou com tamanha brutalidade.

Fui dominada pelo medo, eu não tenho a quem pedir ajuda. Maldita hora que eu fui sair de casa, odeio minha vida.

— Você tem que saber quem manda e quem obedece – disse apontando dedo para minha cara, enquanto eu ainda estava no sofá jogada do mesmo jeito que ele deixou – pelo visto você não está sabendo do que somos capazes de fazer, está nos vendo como uma ganguezinha iniciante, porquê se não, você não estaria tão afiada como estava há minutos atrás... Não concordam comigo, Bill? Georg? – os dois apenas balançaram a cabeça como se eles estivessem mais ou menos recriminando a tal atitude do garoto de olhos castanhos, o qual eu ainda não sabia o nome.

— Pega leve, Gustav, é só uma garota e não alguém da facção inimiga – o Bill disse.

Até que ele era bonitinho.

— Voltem para o Canadá! – finalmente tomei coragem de falar – vocês pagam de macho, mas na verdade são tudo uns putos!

Agora sim eu estava brincando com fogo, agora eu morro.

— Putos? Te levo para um canto e te faço mudar de ideia rapidinho – Georg disse e eu faço cara de nojo.

— Deixa Georg, mal sabe ela que está brincando com a própria vida – Gustav tentou me colocar medo, mas acho que já era impossível de colocar medo em mim, então apenas revirei os olhos.

Todos olhamos para a porta quando a fechadura mecheu, eram 03:20 da madrugada, pelo que mostrava o rádio ligado que havia ali. Quem poderia ser? Droga... não podia piorar.

— E aí Tom, pensei que iria voltar só quando o sol raiasse, cara... o que aconteceu? Seu piruzinho não deu conta da vadia? – Bill disse, os outros patetas riram.

Eu apenas observava tudo, o Tom nem tinha colocado os olhos em mim, ainda.

— Logo você, Kaulitz... por essa eu não esperava! – Georg folgou.

— Calem a boca seus cuzões, a gatinha já está bem satisfeita. Depois deixo vocês ajoelharem para mim também,  mas agora o Tom aqui precisa de descanso... – Tom ainda não havia me visto atirada no sofá.

— Então... – cocei a garganta – agora que você chegou eu posso ir embora? – pergunto trazendo os olhos de todos para mim.

— Ah, você... acho que temos algo a resolver, não? – Tom disse totalmente sedutor vindo em minha direção, sentando-se ao meu lado naquele sofá.

Senti o seu forte (e maravilhoso) perfume invadir minhas narinas, e aquilo me deixou fora de mim.

— Você sabe que eu poderia te matar facilmente, né? – ele disse tranquilamente colocando um de seus braços ao meu redor.

— Não encosta em mim.

— Ui, as bravas são as melhores – zomba – não acha Georg?

— Lógico, e você sabe né parceiro, onde come um, come dois... – diz Georg com segundas intenções.

— Calem a boca, vocês não vão encostar nenhum dedo em mim! E Tom, se esse é o seu medo, eu não vou contar para ninguém quem são os membros dos The Canadians, vai continuar secreto! – falei e me levantei daquela droga de sofá.

— Claro que não vai, caso contrário, você morre! Simples.

— Mas já? Nem aproveitei – Tom fez sinal para os outros saírem, ficando apenas eu e ele naquela enorme sala.

Ele se aproximou colocando as mãos em minha cintura e logo uma havia uma distância mínima entre a gente, podia sentir a sua respiração e seu hálito enquanto ele sussurrava: "eu sei que você quer!"

— Me larga, Tom – puxei o ar que faltava em meus pulmões – eu não quero saber de você e muito menos dessa sua ganguezinha meia boca – o empurro.

A sua expressão mudou, agora ele me olhava com raiva, poderia levar outro tapa a qualquer momento.

🥀🔞

🔞 1149 palavras.

🥀 Segundo capítulo, o que acharam dele?

🔞 Ai gente, qodio do Tom, juro.

🥀 Acompanhem os próximos capítulos, beijinhos.

Possessive - Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora