primavera.

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durmo em meu leito primaveril
admiro meus olhos cor de anil
tão singulares e inexistentes quanto uma rosa dourada.
deito-me no meu jardim de espinhos,
ao brilho dos vaga-lumes, eu me desdobro.
reconheço meu esqueleto adornado de cravos que um dia já foram girassóis.
a chegada do outono nunca foi tão desejada,
a primavera demora como um cântico silencioso dos beija-flores.

     - t.

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