27- Wall Of Bricks

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Sadie Pov

Respirei fundo e fechei os olhos enquanto tentava pensar em uma explicação que não acabasse em mais um ataque homofóbico do Corey.

- ANDA, SADIE! - abri os olhos assustada com o grito. Millie desceu do meu colo e ficou de frente com Corey.

- Não grita com ela. - Millie falou com a voz embargada. Corey se aproximou dela até ficarem poucos centímetros de distância um do outro.

- E QUEM VOCÊ PENSA QUE É PARA ME DAR ORDENS? ATÉ AONDE EU SEI VOCÊ É SÓ UMA BÊBADA MEDÍOCRE QUE QUER FODER COM ESSA LÉSBICAZINHA DE MERDA. - empurrou Millie para trás e a mesmo quase caiu, mas eu a segurei. - VOCÊS DUAS ESTÃO NA MINHA CASA, VOCÊS DUAS TEM QUE RESPEITAR AS MINHAS REGRAS. - se aproximou. - EU NÃO QUERO MAIS SABER DE VOCÊ ANDANDO POR AÍ AGARRADA COM ESSA VADIAZINHA, ME ENTENDEU? - Millie ficou de cabeça baixa encarando o chão. Corey segurou seu queixo e fez ela o encarar. - VOCÊ ME ENTENDEU? - Millie permaneceu em silêncio. O ódio era visível nos olhos de Corey. Ele ergueu a mão e acertou um tapa no rosto de Millie, a mesmo começou a chorar de imediato. Meu coração se apertou com aquilo. - ME ENTENDEU AGORA, QUERIDA?

- S-sim.

- Ótimo. Vá dormir, eu preciso conversar com a Sadie.

- P-pai, não... - foi interrompida.

- ANDA, MILLIE, EU ESTOU MANDANDO. - ela secou suas lágrimas e começou a subir as escadas devagar para não cair. - A quanto tempo isso está rolando?

- E isso realmente importa? Você já acabou com seja lá o que a gente tinha. - dei uma pausa. - Bom, na verdade quem acabou foi ela, você só colocou mais uma camada de tijolo onde já havia uma parede. - cruzei os braços. - Eu só estava tentando ajudar.

- AJUDAR? VOCÊ ESTÁ DE BRINCADEIRA COMIGO? ACHA QUE EU SOU IDIOTA?

- Será que dá para parar de gritar? Além disso me irritar para caralho, a minha mãe está dormindo, e caso não se lembre, ela está grávida de um filho seu. Ela precisa descansar. - suspirei. - E na boa, não sei se você ouviu o que eu disse, mas há uma parede que me separa da Millie, então nem se eu quisesse, eu foderia com ela. Ela sempre me tratou e sempre vai me tratar como um lixo, e apesar de eu amar a sua filha, não me rebaixaria dessa forma.

- Ela te trata da maneira que você merece ser tratada. Você é nojenta, garota.

- Acho que a Millie já me disse isso, e quer saber de uma coisa? Doeu bem mais quando saiu da boca dela. Eu estou pouco me fodendo para você e para a sua opinião de merda.

- Se eu fosse você teria mais um pouco de respeito com o dono da casa.

- O problema é o seu teto sobre a minha cabeça? Não seja por isso, eu vou dar o fora daqui. - comecei a subir as escadas.

- O que vai fazer? - parei de subir e me virei para olha-lo.

- A minha vida não é mais da sua conta, Corey. - me virei de costas para ele. - Na verdade nunca foi. - voltei a subir.

Fui até o "meu" quarto e entrei no closet, peguei uma mala e comecei a jogar umas roupas dentro dela. Peguei a mala e saí do closet, coloquei a mesma em cima da cama e comecei a procurar meu passaporte. Depois de um breve procurar, finalmente o achei, estava junto com um cartão de crédito que meu pai havia me dado no meu aniversário. Seria útil. Coloquei o passaporte e o cartão dentro da mala e a fechei. Desci ela da cama e sai do quarto puxando a mesma. Pude ver Corey sentado no sofá com as mãos na cabeça quando desci das escadas.

- Eu preciso saber aonde você vai. - tirou suas mãos da cabeça e me encarou.

- Não, não precisa.

Cheerleader • Sillie Onde histórias criam vida. Descubra agora