One Shot

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Naqueles segundos de riso solto, mãos dadas e olhos brilhantes, fez surgir o desejo de uma eternidade de momentos como aqueles. Sentia, que desde que tivesse Alessandra ao seu lado, seria capaz de lidar com qualquer desafio que surgisse à frente.

A mulher que sorria ao seu lado, enquanto parecia ter um olhar para o horizonte, nunca pareceu tão bela e encantadora quanto naquele momento, o ar chegava a fazer falta enquanto a contemplava, o corpo parecia inundado com amor e a necessidade de tocar.

Nunca havia sentido tão arrebatada pela paixão quanto naquele momento. Estar com a mulher de cabelos negros, e ter a oportunidade de dividir pequenos momentos com tamanho significado como aquele, andar de mãos dadas, com as luzes das estrelas e as ondas do mar molhando seus pés descalços que deixavam marcas na areia úmida, parecia um daqueles momentos mágicos que ocupariam por toda uma eternidade espaço em sua memória.

Saindo um pouco de sua bolha, Alessandra encontrou os olhos de sua parceira, que a olhava com tamanho encanto e intensidade, que o coração da mulher não poderia deixar de se acelerar ou impedir a pele das bochechas e colo de ganharem um tom rosado.

Era em momentos como aquele que surgia a liberdade de agirem como duas mulheres apaixonadas. Onde se eram trocados olhares mais demorados, surgia o frio na barriga, e o corpo começava a esquentar e o coração acelerava-se.

Colidindo seu ombro com o da namorada, Alessandra incentivou a mais nova para que voltassem a andar, sempre mantendo distância suficiente do mar para que a água gelada alcançasse os pés descalços.

Após mais alguns passos, e um diálogo de poucas palavras, escolheram um lugar para se sentarem na areia, e se acomodaram de maneira que a morena ficasse entre as pernas de sua companheira, e com as costas encostadas na frente do corpo dela. Os braços da mais nova envolviam com cuidado o corpo da outra mulher.

Naquela madrugada, era como se estivessem perdidas em um mundinho que era só delas. Que não possuía espaços para nada que não fosse uma, a outra.

Aquelas horas antes do amanhecer quando voltaram para o apartamento da mais nova, não surgiu a necessidade de palavras. Ao fechar a porta de entrada, as bocas se encontraram com delicadeza.

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