𝟬𝟬𝟭. 𝖢𝗈𝗇𝗍𝗂𝗇𝖾̂𝗇𝖼𝗂𝖺

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CAPÍTULO UM

" I CAN TO THE GO,
FIRST NOT BYE ON SEE OCEAN,
SHE NOW GET BACK INTO THE PAST,
LET IT BE. "

_ Blinding Lights _
The Weeknd.

_ Blinding Lights _The Weeknd

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19 de junho de 2017.
Nova York, Hotel Continental.

BELLATRIXIE KOSLOV

Encarei o teto do meu apartamento assim que cheguei em Nova York, depois de uma longa viagem para fazer uma visita aos arredores da minha antiga cidade na Flórida.

Era sempre bom revisitar velhas memórias, ainda mais quando elas eram de pura felicidade e alegria.

Porém, havia o lado ruim. Aquele em que eu me recusava a pensar sobre e que preferia viver como se nada daquilo tivesse existido.

Senti meu celular apitar em meu bolso ao passar pela porta. Retirei-o do mesmo e suspirei ao ver o nome de Santino escrito na tela.

Revirei os olhos e respirei pesado e profundamente antes de atender a ligação dele. Era sempre assim quando eu me intoncava em outro lugar que não fosse Nova York.

A minha cidade favorita e também mais barulhenta e animada que eu já vi. Além da óbvia ideia de poder fazer o que eu quiser sem o envolvimento da Polícia.

Eles tem uma básica noção de com quem podem ou não podem se meter. Se eu faço parte da família DeLatorra então é claro que é melhor eles não ficarem no meu caminho, ainda mais quando eu tenho um status para manter em continência.

Atendi a ligação em um piscar de olhos e estendi minha mão até os meus ouvidos enquanto segurava o celular.

── Olá, meu querido primo. ── deixei o meu tom de sarcasmo evidente.

Abanei os meus pés para tirar os meus saltos e eles permaneceram jogados no canto inferior da sala.

Me aproximei da bancada da cozinha para pegar uma taça cristalizada e depois o vinho na geladeira. Logo em seguida despejei o líquido gelado.

── Sabe que não gosto desse seu tom de voz comigo então repare-o imediatamente. ── rolei os olhos para o lado e bebi um gole da bebida.

── Se não gosta da minha voz então não devia ter me ligado. ── pendi minha cabeça ao celular e beberiquei novamente, já levantando minhas sombrancelhas em descrença. ── Se fosse inteligente o suficiente...── ouvi a sua tosse falsa do outro lado da linha e um sorriso ladino me escapou do rosto. ── Agora, pare de enrolar e diga logo o que quer comigo.

── É idiota ou se faz? ── me aproximei da janela do apartamento e afastei as cortinas para os dois lados enquanto espiava a rua pavimentada de gente.

── E que diferença isso vai fazer? ── questionei com uma suavidade e tranquilidade nítida. Ouvi-o suspirar outra vez e retargui o meu olhar para tudo a minha volta. ── Se não me disser o que quer, irei desligar na sua cara. Não tenho tempo pra ficar brincando de diálogo com você. ── movi o meu corpo até o sofá e me sentei aconchegavelmente. Meus dedos faziam círculos deliberadamente sobe a taça.

── Eu ouvi dizer que você voltou, e seus pais estão perguntando sobre quando irá comparecer na próxima reunião da máfia russa. ── gargalhei com a sua revelação.

Meus pais adotivos...preocupados? Isso sim que é uma fofoca de primeira qualidade. Era raro eles se importarem comigo quando estava quase morrendo no Afeganistão por conta das guerras constantes.

Desde quando que eu me tornei especial para eles a esse ponto? Nunca me ligaram e nem me perguntaram como eu estava, nem me mandaram cartas.

Eu estava disposta a me sacrificar durante vários anos ao lado daquela maldita família. Eles nem se importaram com a ideia de transformar uma criança em uma assassina de aluguel.

Me treinaram, mortificaram, torturaram e me ensinaram a ser uma mulher fria e impiedosa. Eles só pararam quando perceberam que haviam ido longe demais, e ai então, estavam satisfeitos com a sua mais bela criação diabólica.

Eu.

Bellatrixie Koslov. Aquela que nunca trocou o seu nome, nunca esqueceu suas raízes e nem suas origens, porém, abandonou a sua humanidade para ser a âncora de morte de pessoas amargas e infelizes com a vida.

Como se tudo se resumisse em matar gente inocente e sentir prazer em consumir a vida e alma das pessoas dentre muitos pactos de sangue.

Senti que poderia engasgar tomando vinho então apenas deixei a taça sobe a pequena mesinha de centro e ignorei aquela sensação de ódio profundo em meu peito.

Ter sentimentos e emoções não fazem parte do meu trabalho. Fazer parte dessa família e praticamente um trabalho diário em que eu devo agir conforme a vontade deles.

── O que eles querem comigo? ── deixei a minha insatisfação óbvia com aquelas palavras.

── Eles querem que você vá atrás de uma pessoa e faça-a pagar por uma promissória que tem comigo. ── um sorriso convencido despontou de meus lábios. ── Para ser mais  específico, este homem é mais conhecido como Baba Yaga. ── arregalei os olhos.

── Já pode parar de tentar ser engraçado. Isso não combina com você. ── ouvi sua risada maquiavélica através do meu aparelho e semicerrei os olhos enquanto fechava os punhos com força.

── Eu não tô tentando ser nada. ── hum, como de costume, pensei. ── Eu preciso que encontre John Wick e que fale com ele sobre os nossos planos com a coroa de minha irmã.

── Eu não tô afim de arranjar problemas com ninguém agora, Santino. ── alertei ── Me pedir para lidar com um dos seus contratantes, sendo ele, nada mais nada menos que Johnatan Wick é querer me meter em furacão cheio deles.

── Não importa. Até porque eu não tô pedindo, eu tô mandando você fazer. E você vai fazer. ── ele manejou o seu tom de voz em uma forma mais sombria. Senti um calafrio passear pelo meu corpo, mas não me deixei levar pela sua investida.

── Faça você. Não preciso de mais um fudido como a família D'Antonio querendo me controlar. ── explanei. ── Se Wick é seu problema então lide com ele sozinho. Eu não tenho nada a ver com isso. ── desliguei na cara dele antes que ele soltasse mais alguma merda para cima de mim.

Mas que droga ele tá tentando fazer? Querendo me condenar direto para a morte. Não tem outra explicação e nem motivo mais óbvio do que vingança.

Eu sei o que ele fez com a Helen, e do que depender das escolhas de  primo e de seus próximos passos... Ah, se ele sequer pensar em me colocar na frente de uma bala, ele vai ser morto antes de mim.

𝖲𝖴𝖱𝖵𝖨𝖵𝖮𝖱𝖲 ¹ ┆ 𝖩𝖮𝖧𝖭 𝖶𝖨𝖢𝖪 (𝖾𝗆 𝖻𝗋𝖾𝗏𝖾)Onde histórias criam vida. Descubra agora