𝟬𝟬𝟯. 𝖱𝖾𝗎𝗇𝗂𝖺̃𝗈 𝖥𝖺𝗆𝗂𝗅𝗂𝖺𝗋

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CAPÍTULO TRÊS

" OH SHE'S SWEET BUT PSYCHO, I LITTLE PSYCHOL, I NOT SCREAMING, ON MY MY MY, MY MIND. OH SHE'S SWEET BUT PSYCHO, I LITTLE PSYCHO, I NOTHING SCREAMING, OH MY MY MY, MY MIND. "

_ Sweet But Psycho _
Ava Max

_ Sweet But Psycho _Ava Max

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21 de maio de 2017.

JOHNATAN WICK

Encarei o papel do endereço em minhas mãos. Sinto que deveria dar meia-volta e retornar para minha casa, mas acontece que os planos de Santino e sua insistência em me fazer mudar de ideia em relação a minha aposentaria não me deixam nem sequer pensar nessa hipótese.

Desde que minha esposa, Helen, faleceu, estou perdido em uma solidão que parece eterna. Apesar de já não me culpar e nem ficar me torturando com a morte dela, sinto falta de sua presença e do sentimento de amor.

Tá ai, algo que jurei para mim mesmo que nunca iria sentir de novo. Amor. Uma palavra com significado muito forte e derradeiro.

Por mais que eu saiba que essa não seria um desejo da parte dela, sei que será melhor se eu manter o meu coração longe dos de outra mulher.

Só estou aqui hoje com o pretexto de participar de uma das reuniões da máfia russa por conta do retorno de uma das filhas de Romeu DeLatorre.

Um grande amigo meu e que está vagamente associado ao Hotel Continental, além de ser um dos maiores investidores e interessado em meus serviços.

Sempre ofereci e dei o meu melhor nas minhas missões, mas a partir do dia em que me casei, deixei de lado a minha posição de assassino, matador e Baba Yaga.

Esqueci quem eu era em nome de fazer a minha esposa feliz, porém, não foi o que houve.

Santino acabou me visitando na noite passada apenas para me lembrar sobre o quanto eu devia minha lealdade para a Alta Cúpula. Ah, eles poderiam fazer da minha vida um verdadeiro inferno surreal.

A Alta Cúpula era considerada algo perigoso demais até para os mafiosos da Rússia. Não tem como enfrentá-los sem sair perdendo mediante a situação.

Eu estava aqui para me mostrar presente e disposto a voltar para o ramo dos Homicídios de aluguel, ainda que não seja uma tarefa fácil para quem passou bons anos se acostumando com uma rotina alegre e tranquila.

Fitei o papel em minhas mãos mais uma vez. Alameda 22, rua Baltazar, bairro Nightwing. Isso é praticamente uma senha, só que está em códigos.

Mas é óbvio que, quem passou metade da vida nas Forças Armadas ou em alguma área militar saberia desvendar isso.

Suspirei pesado e profundamente. Minhas mãos estavam pálidas e frias. Senti um arrepio calido em minhas costas, mas não identifiquei nenhum olhar dos passantes em minha volta.

Não era comum eu me sentir ser observado desta forma, então concerteza devem ser olhos ariscos e pretensiosos em minha direção. Talvez por uma janela de apartamento...

Procurei por algo do tipo, porém, fui impedido de continuar minhas tentativas quando senti alguns dedos de uma mão tocarem em meu ombro.

── John. Que bom que veio. ── saudou.

Ergui o olhar por cima do mesmo e encontrei as íris nubladas de Santino sobre mim. Ele tinha um sorriso maquiavélico ladino e costumeiro em seu rosto.

── Eu não tive muita escolha. ── retruquei. ── O convite era obrigatório, então eu não pude me negar.

Ignorei o seu olhar de cinismo, sarcasmo e descaramento. Não havia ninguém mais falso do que aquele homem que eu jurei que conhecia.

── Sinto muito meu amigo, mas não havia forma melhor de lhe trazer até aqui sem usar minhas artimanhas. ── ele comentou sarcasticamente.

Eu quis revirar os olhos, mas me segurei para não fazer isso, caso contrário iria sair de lá com um alvo nas costas e uma promissória cancelada em meu nome.

── Compreendo. ── ou pelo menos eu tive de fingir que entendia o motivo de ter que estar ali. Ele sorriu satisfeito e espiou as horas em seu relógio rolex.

Já não reconheço mais aquele que um dia me deu uma promissória para comprometer nossa lealdade e igualdade de ambos os lados.

Eu prometi a minha parte, mas eu sempre deixei claro que era um espírito livre e, que se eu quisesse sair, nada iria contra mim.

Santino concordou com aquele termo, mas hoje em dia, ainda na noite passada, ele foi na minha casa e meu um ultimato de evidente ameaça de vida.

Retirei suas mãos de meus ombros, ajeitei meu paletó e me virei para encará-lo de frente. Santino ficou ereto e com uma cara de poucos amigos, sendo que eu fui um deles.

Suspirei e soltei o ar pelos pulmões. Parecia que iria sufocar a qualquer momento. Ele no entanto, estava despreocupado com tudo ao seu redor e com o que poderia ocorrer.

Eu não ainda não sei sobre o que se trata o assunto, todavia, tenho que me manter no pódio e sempre muito atento a cada detalhe.

Essa situação não me cai bem e não tenho uma sensação boa sobre o que vem por ai em meio a essa reunião familiar.

Escuto o som de passos de salto alto femininos sobre o chão, mas não consigo ver de quem era, já que não tenho tempo para frear os meus olhos na direção deles.

Santino me leva para dentro e inicia uma conversa sobre um falso diálogo descontraído e confortável. Quem ele quer enganar?

Não sou tão desequilibrado da cabeça à ponto de não notar a gravidade do que está acontecendo.

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𝖲𝖴𝖱𝖵𝖨𝖵𝖮𝖱𝖲 ¹ ┆ 𝖩𝖮𝖧𝖭 𝖶𝖨𝖢𝖪 (𝖾𝗆 𝖻𝗋𝖾𝗏𝖾)Onde histórias criam vida. Descubra agora