Não é Culpa do Destino, e Sim Minha...

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Duas semanas depois. Isabella ainda não parou de os perseguir, mas apenas os incomodava com olhares e não com ações ou palavras. Len se distraia com seus treinos de basquete e vôlei, enquanto Saitho se distraia com livros e caminhadas nos bosques.

Mas isso estava assustando-os.

Sabe aquela sensação de quando você está sozinho, mas não se sente sozinho? Como se estivesse sendo observado de longe, sendo perseguido, isso incomoda.

Parecia que ela estava planejando algo.

E está.




O clima estava agradavelmente quente, como um banho morno que se toma quando se está no frio. Os dois amigos se encontram agora em uma praça perto da onde Saitho trabalha. É feriado, então decidiu chamar o outro para sair junto dele. O número de encontros que eles tiveram aumentaram assim como sua amizade. Não é mais como uma relação de aluno e professor, agora os dois tem uma relação de amigo e amigo.

— Len, o que está fazendo? — Saitho pergunta enquanto o olha de sombrancelha erguida.

— Não está vendo? Eu tô equilibrando esses livros! —  Diz animado. Len gosta de equilibrar coisas em sua cabeça, mas nunca consegue equilibrar seus próprios pensamentos.

— Isso vai dar merda. Não sei se você sabe, mas estamos no meio de uma praça! — Ele abre os braços para mostrar. Len deu de ombros e continuou equilibrando-os, mas de repente chega uma borboleta que o destraiu e acabou derrubando os livros que estavam em sua cabeça.

—  Ai não!!!! — Se abaixou e pegou os que haviam caído.

— Ei, olha. — Saitho aponta para a borboleta que havia derrubado os livros do outro. — Ela se parece com você. Ela é branca e azul, como seu cabelo e seus olhos. — Ele sorri. Len a observou e por um tempo sua mente concordou, mas...

— Eu nunca serei como ela... Ela é livre... diferente de mim... — Olhou pro chão e fingiu um sorriso. Saitho ficou parado por um tempo, suspirou e decidiu abraça-lo.

— Cara, nem vem com frases tristes agora, tá? Hoje é um feriado na sexta, cadê a alegria?? — Saitho se afasta e segura os ombros do amigo.

— Awn... que cena mais fofa! — Uma voz de homem ecoa pelo local, fazendo os dois se soltarem e olhar para a pessoa.

Ele havia cabelo branco, olhos verdes, pele bem clara, era albino.

— Pai....? PAI! — Len grita e pula em cima do mais velho, que quase cai.

— Uepa! Calma lá, você não tem mais 6 anos! — Abraçou fortemente o menor.

— Que saudade! Você esteve fora por 2 meses... — Len voltou pro chão lentamente e olhou pra o amigo. — Saitho, esse é meu pai. — Deu intensidade na palavra "meu", como se estivesse orgulhoso de te-lo.

— Prazer em conhece-lo. Eu sou hm... amigo e professor do seu filho.

— Ah, esse é o cara em que você me fala todo dia pelo aplicativo de mensagens? — O mais velho olhou maliciosamente para o mais novo, o mesmo corou um pouco.

— É-É ele mesmo. — Desvia o olhar.

— Aliás, filho. Eu quero conversar com você, a sós. — O homem olhou seriamente para o outro. Saitho então decidiu se separar e andar um pouquinho por aí.

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— Len... me desculpe falar sobre isso logo agora, mas... eu preciso ser rápido..

você é um acidente. —

Ao ouvir aquilo, parece que Len perdeu as palavras que aprendeu ao longo da vida, ficando em silêncio. Podia ver este mordendo minimamente o canto da boca. Eles ficaram em um silêncio constrangedor.

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⏰ Última atualização: Jun 25, 2023 ⏰

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