Capítulo II.

10 2 0
                                    

Anabel voltou para casa após o encontro aterrorizante no castelo, sentindo uma mistura de excitação e apreensão pelo que estava por vir. Ela abriu lentamente a porta.

— Ana, eu havia dito para não chegar tão tarde. — Anabel olhou assustada para a tia, sabia que estava encrencada.

— Ah. — ela olhou ao redor, estava nervosa, sua tia percebeu. — Eu estou viva, ao menos.

Ela correu, ainda no andar de cima, a mesma ouviu os resmungos que sua tia dava, então, após adentrar o quarto, ela tinha apenas uma palavra para descrever aquela situação: paz.

Ela se deitou em sua cama, mas a imagem de Teodora e suas palavras ecoavam em sua mente. Seu coração batia acelerado enquanto ela lutava para processar tudo o que havia acontecido.

No dia seguinte, Anabel acordou com o sol filtrando pela janela do seu quarto. Ela se levantou, sentindo-se inquieta e ansiosa para compartilhar sua descoberta com alguém. Rapidamente tomou um banho, e se alimentou, decidiu ir para a faculdade e contar a sua colega de classe, Sophia, sobre o livro proibido que havia encontrado no castelo.

Ao chegar na faculdade, encontrou Sophia sentada em um banco próximo ao prédio principal. Anabel se aproximou dela com um sorriso ansioso no rosto.

— Sofia, você não vai acreditar no que eu descobri! — disse Anabel, tentando controlar sua empolgação.

Sofia olhou para ela com um olhar cético.

— O que você encontrou dessa vez, Anabel? É mais uma das suas histórias fantásticas?

Anabel respirou fundo, compreendendo a reação de Sophia. Suas visões e experiências sempre foram difíceis de explicar para os outros. No entanto, dessa vez, ela estava determinada a mostrar a verdade.

— Não, dessa vez é real. Eu encontrei um livro antigo no castelo abandonado perto do lago. Ele contém segredos que podem mudar tudo o que sabemos — explicou Anabel, com seus olhos brilhando de entusiasmo.

Sophia riu e olhou para ela por um momento, antes de suspirar e se levantar. Anabel sempre foi assim, desde muito nova, sempre com contos e fantasias que ela dizia de pé juntos ter presenciado. Não era à toa que elas cursavam juntas.

— Tudo bem, vamos até lá então. Se você realmente encontrou algo importante, quero ver com meus próprios olhos.

Sophia era uma grande e especial amiga de Ana, desde pequena as duas brincavam juntas, faziam tudo praticamente. Ela era isolada, e não conhecia a cidade direito. A cidade onde Sophia e sua tia viviam sempre foi o sonho de Anabel para ingressar na sua vida acadêmica, ela parecia ter uma ligação forte com o local, estar lá era incrível, principalmente agora que ela moraria por um tempo.

Juntas, elas caminharam até o tal castelo. No entanto, ao chegarem lá, encontraram apenas a floresta coberta de musgo e plantas que se entrelaçavam por lá. O lugar estava silencioso e vazio, sem qualquer sinal de vida.

Sophia olhou para Anabel, confusa.

— Onde está o tal livro? Isso parece apenas uma parte da floresta abandonada, não tem nada de misterioso aqui. —

Anabel sentiu uma pontada de dúvida e desapontamento. Ela estava certa de que o castelo em ruínas estava lá. Será que tudo tinha sido apenas fruto de sua imaginação? Novamente?...

Enquanto elas saíam do local e caminhavam pela floresta que as cercavam, um silêncio opressivo pairava no ar. O chilrear dos pássaros desapareceu, e o vento parecia ter cessado. Anabel sentia-se desconfortável, como se estivesse sendo observada.

De repente, sombras começaram a se formar entre as árvores ao redor de Anabel, sua amiga já não estava mais lá. Elas dançavam e se contorciam, ganhando forma e revelando rostos.

Echoes of FateOnde histórias criam vida. Descubra agora