13. Entrelace

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Notas Iniciais

Nunca demorei tanto para escrever um capítulo em toda minha vida fanfiqueira. Desculpa pela ausência, meus anjos. 

Felizmente, tenho notícias boas: Estou me recuperando dos ouvidos, fiz tudo o que eu precisava da faculdade e, caso eu não pegue recuperação, estou com mais tempo livre para escrever!

E, por fim, temos duas artes no fim deste capítulo! <3 

Boa leitura!!

***

Somewhere up there (Em algum lugar lá em cima)

You lost yourself in your pain (Você se perdeu na sua própria dor)

You dream of the end (Você sonha com o fim)

To start all over again (Para começar tudo de novo)

Don't jump – Tokio Hotel


Tai'Ren estava especialmente ansioso e não conseguia disfarçar o semblante tenso, o que fez Aneya entrelaçar os dedos nos seus, tentando dissipar um pouco da euforia. O gesto chamou a atenção dos olhos cinzentos, que lhe lançou um olhar carinhoso de agradecimento.

Kaya havia acendido uma fogueira no meio de um dos círculos de pedra e eles se sentaram em torno do fogo, colocando os velhos instrumentos musicais abandonados sobre uma das rochas. Eiji se manteve relativamente próximo de Aneya para ter certeza de que a mulher na'vi não pularia em seu pescoço a qualquer momento.

A guerreira, por sua vez, encarava o fogo, girando lentamente os pequenos brinquedos de madeira em seus dedos, como se estivesse ganhando coragem para prosseguir. Despertando do transe momentâneo, ela suspirou ao notar os três pares de olhos curiosos sobre si.

— Este lugar era onde minha família cantava louvores à Eywa desde muito antes de eu nascer. – Ela gesticulou, apontando para os arredores, onde apenas os círculos de rocha jaziam vazio e os instrumentos abandonados. - Na realidade, o clã Anurai é tão antigo, que até mesmo o primeiro Toruk Makto contou com a ajuda de um dos nossos para domar a Grande Sombra. Nós chamamos essa história de Grande Sono, um dia posso contá-la a vocês. As crianças adoravam.

Ela sorriu e Tai'Ren sentiu uma onda de compaixão por perceber que aquela era a primeira vez que via Kaya realizar tal ato. Aneya conteve a curiosidade para perguntar da história e permaneceu calado para que ela continuasse. De canto, os olhos azuis também ficavam especialmente espertos em Eiji, sabendo que o garoto poderia se meter em apuros falando demais.

— De qualquer forma, aqui era onde nos divertíamos, conversávamos e comemorávamos o nascimento de um novo membro da família. E lá dentro da caverna, está o nosso solo sagrado, onde repousa a Árvore das Almas e o grande protetor da nossa família, o amuleto thanator.

— Vocês esculpiram aquilo? – Tai'Ren não conseguiu se conter.

— O grande totem foi forjado há muitas eras. – Explicou Kaya, sem se importar com a interrupção. – Foi necessário o esforço de todos os artesãos do clã pra cria-lo e nós o protegemos desde então. É nosso item mais valioso. Ele carrega toda a história e o esforço dos meus antepassados e dos nossos irmãos thanatores. Nossa casa é onde nosso amuleto está. Por isso, o protejo com a minha vida. O Povo do Céu tentou muitas vezes, mas nunca conseguiram chegar neste lugar.

— Por que vocês admiram tanto o thanator? – Foi a vez de Aneya perguntar, com as orelhas relativamente inquietas de curiosidade.

— Eles são os maiores caçadores do nosso mundo. São fortes, corajosos e gostam de sentir a terra sob seus pés. – Ela passou os dedos na grama relativamente alta. – Ao mesmo tempo, são repletos de amor e cuidam dos seus filhos com toda sua energia. Desde o início das planícies, dividimos o mesmo lar e aprendemos a lê-los, a respeitá-los e a amá-los. É como se, depois de tanto tempo, dividíssemos a mesma essência.

Always Somewhere (Aonung x Neteyam)Onde histórias criam vida. Descubra agora