' 𝐙ONE | ChanMin/SeungChan

28 US'S D

Caos.

Essa era a palavra que melhor descrevia a cabeça de Seo Seungmin no momento.

Quem era "San"? Quem era "Jeong"? E porra, por que ele parecia tão próximo de Bangchan?!

De fato, o sentimento de emulação¹ havia surgido em seu coração.

"MAS POR QUÊ?!" - era o que Seungmin vinha se perguntando durante esses 3 dias que aqueles dois estavam ali.

E bem..não era só ele que se vinha se sentindo assim ultimamente.

— Nossa, onde conseguiu isso? Como usa? — Jeongin fazia as perguntas num tom animado e curioso.

— O antigo grupo no qual estávamos nos deram ela. Sabe, 'pra nos protegermos. — San respondeu docilmente.

— Ahhh, entendi! Se não for pedir muito...posso a segurar? Digo, ela parece ser leve e fácil de atirar. Ou estou enganado? — Os seus olhos brilhavam de curiosidade ao mesmo tempo que acompanhavam as mãos de San deslizarem com um pano sobre a parte branca do cabo. Ele estava limpando a arma que carregava consigo.

— Humm...descubra por conta própria! — Com um sorriso, lhe estendeu - travada - a Beretta M9.

O menino então não tardou em logo a pegar.

— Nossa, ela é bem mais pesada do que eu imaginava!

— Você acha? Hum. — Deu de ombros. — Quando eu peguei ela pela primeira vez também achava. O meu namorado teve que me ajudar a segurá-la corretamente ou caso contrário, eu iria sair atirando em tudo ao meu redor!

— Céus... Isso é sério?

— Hum! Seríssimo!

— Você deve ser um lunático...

Então os dois riram pela história engraçada.

— E San, quem é o seu namorado? O Jeong?

— Não! Ele...

— Hurum! — a figura escorada sobre a porta da cozinha pigarreou assustando-os. — Jeongin, eu preciso da sua ajuda.

— Ah, Hyunjin...a minha? Agora? Tsc... — o mais novo soou desapontado, logo entregando a arma nas mãos de San novamente. — Você é um estraga prazeres! — sussurrou enquanto passava pelo alto.

San notou o nervoso nítido na cara de Hwang. Travou a mandíbula, entendendo o que ali acontecia, mas então sorriu.

Na cozinha, Jeongin batia os pés ao andar, estava tão bravo quanto o outro atrás de si.

— Anda, diga logo! Isso é mesmo tão urgente? Pelo jeito que falou comigo eu...

Cessou as falas quando de repente sentiu ser carregado e posto sobre a bancada como uma criança de colo. Se assustou.

— O que 'tá fazendo, Hyunjin?!

— Eu quem te pergunto, o que VOCÊ estava fazendo com San, hum?

— Como? Eu só pedi 'pra ver a arma que ele carrega! Algum problema nisso? Eu fiquei apenas curioso, queria aprender a usar uma, sabe, caso o pior nos aconteça... Por isso eu estava com o San.

— Precisava ser com ele?

— Céus, e com quem mais seria?

— Eu! — esbravejou. — Eu, Lee Jeongin! Também sei usar uma arma, lembra?!

Jeongin suspirou, ele sabia que o Hwang, mais do que ninguém, dominava bem essa área, mas havia esquecido! Além disso, o alto nunca se propôs para o ajudar...

— Hyunjin...

— Hum?

— Está com ciúmes? De mim com o San? — indagou cruzando os braços na altura de seu peito.

— E se eu estiver? Sim, Lee Jeongin, eu estou com dor de cotovelo por te ver todo sorridente com outro!

O menino então riu. Ver Hyunjin tão vulnerável dessa forma em sua frente dava-lhe vontade de sorrir, principalmente por saber que estava enciumado consigo.

— Hum, me desculpa, Jinnie... — disse manhoso quando brincou ao puxar o braço do outro e iniciar leves massagens em seu cotovelo. — Desde quando dói? Devia ter me falado, sabia? Mas quer saber de uma coisa? — As mãos pequenas agora seguravam o rosto do Hwang. — San não me interessa nem um pouquinho, nem um tiquinho! Eu gosto de outra pessoa... — Jeongin se inclinou minimamente só para que deixasse um singelo selar na bochecha alheia. — Não tem porquê você sentir ciúmes, Jinnie.

Hyunjin queria sorrir com a fala do menor, mas ao mesmo tempo o seu ego martelava cada vez mais forte em sua mente. "Continue fazendo birra, continue fazendo birra!" - era o que as vozes diziam.

Mas confiava em Jeongin de olhos fechados. Se ele lhe dizia que era o único, então ele era o único!

Deixando os julgamentos de lado, sentir ciúmes é algo inevitável, não?! Mesmo que esse sentimento de emulação faça - quase - parte dos setes pecados capitais; mesmo que cada pessoa o expresse de forma diferente - às vezes nem o expressando! -, era IMPOSSÍVEL não sentir o seu sangue ferver quando via seu garoto tão perto de outra pessoa, essa pessoa que lhe era estranha.

Já do outro lado...

— Aonde estão indo? — Seungmin indagou ao notar certa movimentação: Bangchan e Jeong já saíam pela porta da sala.

Como num pulo, se levantou do sofá e tratou de logo os alcançar!

— Notei uma movimentação diferente no quarteirão de cima, então Jeong se ofereceu 'pra me ajudar na "patrulha" do condomínio. — Bangchan respondeu.

— Hum... Só vocês dois? — Coçou a cabeça. — Sabe...? Podem levar o Changbin também...

— Não podem me levar não! — a voz soou autoritária e quando todos olharam em sua direção, se depararam: Felix estava ao seu lado; ambos estavam sentados sobre os degraus da escada principal, de conversinhas e risadinhas paralelas; em um mundinho só deles!

Um fato? Queriam apagar essa cena de suas memórias o mais rápido que pudessem!

— Acho que ele está um pouquinho ocupado. — O loiro deu de ombros.

— Então eu vou junto!

O menino já se preparava para acompanhá-los, entretanto escutou um resmungo, um do qual sabia muito bem a quem pertencia.

— Não precisa, Seungmin. Nós iremos voltar antes do entardecer, fique aqui com San e os outros.

— Ah, sim...

Então Bangchan e Jeong dão as costas subindo as ruas tão desertas.

O Seo sentiu um bolo se formar em sua garganta; sentiu uma vontade vasta de chorar.

Já fazia um tempo desde a última vez que Bangchan o tocou...

Foi certo dizer que não gostava dele...?

Desde o dia do seu aniversário, as suas conversas eram baseadas sempre em "Está tudo bem?", "Bom dia!", "Como estava a comida?", "Boa noite!". Isso lhe custava pensamentos!

Ontem mesmo, Bangchan se sentou ao lado de Jeong no almoço, e de repente, a comida havia se tornado sem graça para Seungmin, o mesmo que sentia vontade de chorar não pelo repentino "afastamento", e sim porquê não sabia explicar o que vinha sentindo.

Era algo ruim?

Aquela "sensação ruim" que sentia ao olhar para Bangchan no início, estava presente outra vez?

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Emulação: Ação ou efeito de disputar a preferência de algo com alguém; sentimento que faz com que uma pessoa tente se igualar ou superar alguma coisa ou uma outra pessoa.