『𝓛𝓪𝓻, 𝓪𝓶𝓪𝓻𝓰𝓸 𝓵𝓪𝓻.』

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Boa leitura♡

#denguinhoscrueis

『••02••』

   Cauteloso e lentamente eu ia andando como se estivesse pisando em ovos, naquele chão brilhante da mansão  do meu pai que refletia minha linda imagem. Meus sapatos Gucci nas mãos para nenhum idiota me escutar entrando.

   Eu amo esse lugar, eu me sinto em casa. Claro, Paris é a minha casa.

   Sim, aquela mesma que você sonha em ir um dia na sua lua de mel. Mas provavelmente não tem dinheiro o suficiente, ou talvez não consiga passar nem pelo consulado, claro, as pessoas aqui possuem uma xenofobia incrível. Mas eu praticamente vivi aqui minha vida inteira, então eles estavam acostumados com a minha pessoa.

   Eu não sou francês, eu sou da América do Norte com nenhum orgulho. Deixando claro que eu não digo americano já que na geografia envolve todo continente americano, incluindo países subdesenvolvidos que não vou citar nomes – já basta ter nascido nos Estados Unidos.

   Se alguém me perguntar de onde eu sou, provavelmente vou enrolar muito para responder ou vou mentir.

   Eram 4 da manhã, e bom, eu estava chegando de uma noite no Mad minha boate preferida. Nem foi uma das melhores, porque eu estava de castigo por ter tido uma crise estérica no meio da reunião do meu pai com uns investidores. Fodam-se idiotas, eu não sigo regras.

   Eu precisava de água, toda aquela vodka me fez sentir literalmente seco. Álcool é uma merda, desidrata meu corpo e minha pele perfeita.

   Andei com cuidado para que nenhum criado me escutasse, pois a cozinha ficava numa distância considerável da porta de entrada.

   Não sei porque estava tão assustado, não me importava, só o fato de perder meu American Express - The Platinum Card por uma semana. Seria o pior de todos os pesadelos para um adolescente que vive em um mundo consumista.

   Eu tinha necessidades, por exemplo. Eu precisava de um lenço Hermes para ir a um almoço com meu pai na casa de não sei quem na próxima semana em Seul. E só meu AMEX poderia me proporcionar essa compra.

   Antes de entrar, olhei para trás para ver se alguém vinha, e nada. Quando voltei meu olhar para dentro da cozinha, dei de cara com alguém sentado sobre o balcão de mármore.

— Porra Jihyon! — Coloquei a mão sobre o peito, sentindo meu coração palpitar aceleradamente. — Assim você me mata antes do tempo.

— Não é tão fácil e gratificante assim, maninho. — Diz ela indiferente.

   Essa miserável escrota é a minha irmã. Nós nos evitamos, havia comunicação somente quando brigávamos ou para foder com a paciência do nosso querido papai.

   Eram raras as vezes em que nos juntavamos para alguma merda. Talvez para uma festa quando Kihyun – nosso pai – estava viajando com a mamãe. Ou talvez para pedir dinheiro ao mesmo.

   Mas ela era tão parecida comigo, e isso me irritava completamente.

   Na aparência, olhos castanhos, cabelos pretos longos e a pele tão branca quanto a minha. E claro, tão presunçosa quanto eu.

   Nós andávamos pelos mesmos locais, nós sabíamos o que acontecia com o outro, andávamos com o mesmo tipo de gente, nós sabíamos cada um dos nossos podres. E usávamos isso para acabar com a felicidade um do outro também.

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⏰ Última atualização: Jul 25, 2023 ⏰

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Cruel Intention - (Pjm-Jjk)Onde histórias criam vida. Descubra agora