Cap 2

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Carolyna estava deitada entre o edredom enquanto um filme qualquer passava na televisão do quarto. Sua mãe já tinha voltado para o próprio apartamento, deixando a filha sozinha.

Esticando o corpo no colchão e resmungando,
Carol levantou da cama assim que ouviu o telefone da sala tocar. Atirou o tecido grosso para o lado e caminhou até lá. Era estranho o aparelho tocar naquela hora da noite.

— Senhorita Carolyna? - o porteiro perguntou.

— Oi. Sim, sou eu sim. Boa noite.

- Posso liberar a entrada da sua amiga Priscila Caliari? Ela está bem aqui, parada na frente da portaria.

Carolyna paralisou, apertando o telefone na orelha. Ela parou de ouvir no momento em que o nome de Priscila foi dito. O sangue que corria pelas suas veias chegou até seus ouvidos e precisou encostar no sofá para se manter em pé.
Ela estava ali. O que iria fazer?
Estava brava com ela, ninguém a ignorava como ela vinha fazendo.

— Pede para ele entrar, por favor. Obrigada! —disse em voz baixa e eufórica antes da ligação ficar muda.

Voltando o telefone para o gancho, Carolyna piscou sem acreditar no que havia acabado de acontecer.
Priscila estava na portaria do prédio e ela, como uma boba, autorizou a entrada dela depois de alguns dias sendo evitada. Era loucura, mas a curiosidade havia vencido e ela precisava ver até onde aquilo tudo chegaria.

Respirou devagar e correu até o quarto, passando as mãos nos cabelos assim que passou na frente do espelho do guarda-roupa.
Olhou para o pijama que vestia e gemeu.
Tinha que arrumar algo mais elegante para aquele momento, porém, só deu tempo de abrir uma das gavetas, uma batida na porta da sala a impediu de fazer qualquer movimento.

Merda. Merda.

Esfregando as mãos, Carol sentiu o coração bater contra o peito, implorando para sair, e seu estômago apertou. O ar não entrou em seus pulmões e ela precisou sentar na beirada da cama em busca de amparo.

— Carol ? - pri chamou, batendo novamente na madeira.

Segurando a respiração, Carolyna foi até a porta da sala e girou a chave, destrancando-a sem cerimônia.
Estava a menos de meio segundo para ver a mulher que andava comprometendo sua sanidade mental nos últimos meses. O que falaria e como reagiria na presença dele

Saudade de você -capriOnde histórias criam vida. Descubra agora