Cap 3

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Estalando os dedos, Priscila aproximou o rosto na madeira ao ouvir a tranca sendo desfeita.
Naquele momento, ela queria virar as costas e fugir daquele sentimento de apreensão que permeava dentro de si.

Tentou contar até dez mentalmente quando a porta foi aberta e a luz que vinha da sala iluminou o corredor. Seus olhos estavam no chão, não tinha coragem de encarar Larissa, que acabava de surgir à sua frente.

— Pois não, Priscila Caliari? — Carol disse, cruzando os braços. — O que quer?

Engolindo seco, pri sentiu o coração martelar no peito e suas mãos tremeram ao ouvir a voz da mulher. Porra, como estava com saudade.

Soltando a respiração, subiu os olhos até encarar Carolyna. Ela usava um conjunto de pijama da cor rosa, seus cabelos caiam sobre os ombros e uma expressão de raiva reinava em seu rosto.
Ela sabia muito bem o que aquilo significava, tinha demorado tempo demais para se encontrarem. Merda de insegurança.

- O que eu quero? - Priscila perguntou baixinho, olhando dentro dos olhos de Carol.

— Quero você!

— Mas você demorou demais — Carolyna disse, virando as costas e caminhando para sala. —Tu ter me evitado muda tudo.

Priscila entrou no apartamento, fechando a porta atrás de si.

Carol estava acabando de dar-lhe um fora?

— Foi mal. Eu não sabia se seria bem recebida.

— Desde quando eu não fui adorável com você, Priscila? Eu já não disse aquela vez que realmente gostava de você? - A mulher se jogou no sofá.

— Mas...

—Venha aqui, sente-se, precisamos conversar.- Ela bateu na almofada, ainda um tanto
brava.

Sentindo a ansiedade subir, Pri sentou no sofá, sentindo o tecido macio afundar o seu corpo. Virou o rosto na direção de Carol e esperou ela começar. Seus pensamentos estavam disparados e sua boca seca.

As duas ficaram em silêncio e Priscila levantou uma sobrancelha, esperando pelos gritos e pelos xingamentos. Tombou a cabeça para o lado e fez bico, tudo sobre o olhar da Carolyna.
Carol apertou os lábios e desviou os olhos para as paredes. Aquilo era a tentativa de um sorriso? A esperança tomou conta de Priscila.

Ela moveu o corpo entre as almofadas, chegando mais perto de Carol. Levantou uma das mãos e levou-a até o queixo da mulher, puxando-o com delicadeza, obrigando seus olhos a se encontrarem.

— Você está muito brava? — pri perguntou.
— Não me quer mais? Desculpa mesmo por ter sumido. A insegurança é uma filha da puta.

Carolyna tirou a mão dela do seu queixo, se livrando do toque, e cruzou os braços.

— O que você estava fazendo esse tempo todo? Estava com outra?

Priscila gargalhou. Lyna fofis havia assumido o controle. Ela estava se segurando esse tempo todo?

— O que você acha? - perguntou

— Estou falando sério, Prica! Responde-me.

Ali estava o apelido que tanto amava.

— Eu estava trabalhando para tentar me distrair. E não, eu não tenho outra, só tenho olhos para você. É tão difícil de acreditar?

— Mas e a Luiza?

Priscila riu de novo, agora jogando a cabeça para cima.

— Não existe nenhuma Luiza!

- Ah. Sério mesmo? - Carolyna aproximou-se e beliscou o lado direito da cintura da pri com força.

Priscila sorriu, passando a mão onde havia ganhado o beliscão antes de puxar Carol para perto de si.

— Mas vamos partir para o que interessa.
Quando vamos tirar o tempo de atraso? — Pri perguntou, beijando o pescoço de Carol enquanto ela derretia, totalmente entregue.

— Pode ser agora?

- Então quarto nos chama!

Rindo do desespero de Priscila, Carolyna levantou do sofá e a puxou pela mão. A noite para elas estava só começando.

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⏰ Última atualização: Jun 02, 2023 ⏰

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