Vai casar comigo sim

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No outro dia Renan vai até o centro novamente, porém, agora ele foi para conversar com Ana.

- Olá Ana!- Renan disse animado

- Olá seu Renan, boa tarde.- Ana respondeu

- Ana eu gostaria de conversar com você sobre algo.- Renan disse olhando a mesa com os bolos

- O senhor vai querer mais bolo?- Ana perguntou franzindo a sombrancelha, aliás, ele já tinha levado 16 unidades no dia anterior, o que ele faria com tanta coisa?

- Não. Eu gostaria que você fosse ao meu encontro até a cafeteria, quando acabar seu horário de trabalho. Você fica aqui até que horas?- Renan questionou Ana

- Eu fico das 13:00 até 18:00. Ou quando acaba cedo os bolos, eu já vou direto para casa.- Ana Respondeu enquanto limpava uma bandeja de bolo que tinha em cima da mesma

Renan tirou o relógio de seu bolso, viu a hora, e olhou para o relógio que fica no meio da praça onde Ana trabalhava.

- São 17:45, já já você bate o seu ponto. Você poderá está no Lola Café às 18:00? Ou tem algum compromisso?- Renan perguntou para Ana

- Claro. Assim que o relógio soar às 18:00 eu irei ao seu encontro.- Ana respondeu

- Não falte.- Renan concluiu entrando em seu carro dirigindo para longe dali.

Ana ficou pensativa, o que um cara rico, queria com uma moça tão simples da cidade. Logo ele, que não era acostumado nem aparecer com o rosto na rua por causa de sua cicatriz, o que ele queria ?

O relógio soou às 18:00, Ana guardou rapidamente o último bolo que havia sobrado. Fechou a mesa, e pediu para uma moça que vendia ali do lado, ficar com a mesa, enquanto ela não voltava.

Então, ela foi até o Lola Café (ponto onde as pessoas costumam à se encontrar na cidade), sentou-se na mesa de frente Renan,  e esperou ele dá atenção para ela.

- Ana! Tô vendo que você não falta com sua palavra. Que bom que veio.- Renan disse para Ana

- Claro, o senhor vindo até mim pessoalmente, querendo falar algo, deve ser muito importante o que tem para me dizer, certo?- Ana perguntou, ela estava muito séria, a preocupação do que Renan queria com ela estava doendo os nervos.

- Que foi? Você está muito estressada. Garçom! Traga um copo de suco de maracujá para está jovem.- Renan disse olhando para Ana com um jeito sarcástico

- Não precisa. Só diga o que o senhor quer.- Ana Respondeu

- Ana...Ana, Ana...- Renan dizia segurando um filha que tinha em suas mãos - Nome de origem : Ana Laura belo nome! Idade: 19, bem novinha, órfã dos pais e da avó...dona de um cachorro, casinha de madeira... Pequena plantação, e crianção de animais!- Renan disse lendo o papel

- Como você sabe tudo isso?!- Ana perguntou alterada se levantando da cadeira

- Sente-se. Ainda não terminei.- Renan ordenou

- Não estou entendo.- Ana falou olhando para o papel e para Renan

- Você vai entender. Acho que você me conhece, conhece minha história, conhece minha fazenda, conhece tudo, aliás, as fofocas correm rápido nesse fim de mundo...- Renan disse fechando o papel e guardando em seu bolso

- Sim, seu tudo sobre você. Impossível não saber.- Ana respondeu olhando para Renan assutada

- Deve saber também que eu estou solteiro à algum tempo. Que fui abandonado depois do meu acidente, e é claro, que sou dono praticamente da cidade...- Renan dizia bem lentamente alisando o pano da mesa com suas duas mãos

- Da pra você ir direto ao ponto?- Ana perguntou alterada

- Só quem se altera aqui sou eu. Baixe o tom.- Renan repreendeu Ana - Você também deve saber que é uma jovem muito bonita. Cheia de vida, esbanjando saúde.- Renan dizia quando foi mais uma vez interrompido por Ana

- Já sei onde você quer chegar, e NÃO.- Ana disse batendo com a palma de sua mão à mesa

- Onde eu quero chegar?- Renan perguntou em tom irônico para Ana

- Você quer que eu seja sua namorada, noiva esposa ou sei lá o quê, e também nem me interessa. E a resposta é não, eu não quero!- Ana disse se levantando da mesa e pegando sua bolsa, porém, o empregado de Renan pegou nos ombros de Ana, e à fez sentar na cadeira novamente

- Você também sabe, que quando eu decido uma coisa, é aquilo, e acabou. E eu já decidi. Você será minha esposa.- Renan disse segurando Ana pelo pulso

- Me solte, ou eu vou gritar!- Ana disse tentando se soltar das mãos de Renan

- Vai gritar pra quem? Eu sou o dono de tudo aqui. Se alguém me desobedecer, essa pessoa some.- Renan disse segurando mais forte os pulsos de Ana

- Não quero ser mais um capricho de um homem arrogante como você, me solte!- Ana gritou

Todos em volta olharam para mesa onde eles estavam, e Ana se sentiu envergonhada, e sentou-se novamente à mesa, Renan soltou uma risada irônica mais uma vez.

- Acho que você ainda não entendeu, que EU MANDO NESSA PORRA TODA.- Renan disse puxando Ana pelos braços à deixando mais perto de seu rosto - Você vai casar comigo sim. E sua opnião não é válida para mim.- Renan disse zangado

- Eu já disse que não, você é dono de tudo aqui, menos de mim!- Ana gritou apontando o dedo no rosto de Renan

- Você sabe que sim. Onde você trabalha, aquele espaço da calçadão fica em frente ao meu material de construção, as comidas que você compra pra interar nos seus bolinhos, ou para alimentar seus animais, são comprados no supermercado em que EU forneço as coisas. As roupas que você usa, são feitas à mão,por apenas mais uma de minhas várias empregadas espalhadas por aí. Eu vou fazer da sua vida um inferno, se repetir esse "não" novamente.- Renan gritou para Ana

- Você é um monstro, sabia?- Ana perguntou para Renan com um olhar de nojo para ele

- Me repugnar, não te fará uma "vítima" minha à menos. Arrume suas coisas, amanhã você irá para fazenda comigo.
E não adianta tentar fugir. Eu te encontrarei.- Disse Renan soltando o braço de Ana com força sobre a mesa, e indo embora dali.

Todos ficaram olhando para ela. Ana foi até onde ela vendia seu bolos na calçada, pegou a mesa que tinha deixado com a outra senhora, e foi embora para sua casa.

Chegando lá, Ana abriu a porta, viu seu cachorrinho dormindo em cima do mini sofá que ficava na sala. Ela fechou a porta, sentou-se na mesa da cozinha, e ficou olhando para o redor da casa. Onde ela já havia sido muito feliz com sua avó, ela lembrou dos bolos que sua avó à ensinou fazer,lembrou de quando seu cachorro chegou  naquela simples casa por baixo de chuva, lembrou do primeiro leite que ela tinha colido da vaca, lembrou de quando sua avó e ela ficaram escolhendo o nome pra galinha...e Ana lacrimejou.

"Sempre quis uma vida melhor, mas agora que irei sair daqui, vejo que vou sentir falta da minha vidinha simples, que tanto reclamei para vovó que precisávamos sair." Ana pensava enquanto olhava um quadro com a foto dela, e de sua avó.
"Aqui foi minha primeira casa, aqui eu fui acolhida por vovó, e muito feliz." Seu pensamento dizia.

Ana arrumou suas coisas,
Esperando para o outro dia, onde conheceria seu novo lar.
Ela doou sua vaca para sua vizinha, e levou a galinha e o cachorro com ela para a fazenda. Ela amava muito os dois, a vaca já estava velha, não se garantiria em uma viagem de 1:40 da cidade até à fazenda, certamente morreria.

Então ela deitou-se em sua cama, fechou os olhos e dormiu.
Faltava apenas o novo dia chegar.

Um casamento arranjadoOnde histórias criam vida. Descubra agora